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CAPITULO X

ORDEM UNIDA

 

1 FINALIDADE

 

A eficiência e valor militar de uma tropa, corresponde ao somatório dos seus valores individuais, quando se concretiza em completa '' conjugação de esforços. Por isso se torna indispensável dotar todos os militares com uma sólida confiança mútua e nos chefes, imbuí-los de um alto espírito de cooperação e de um sentimento austero e arreigado dos deveres de obediência às ordens recebidas.

A Ordem Unida favorece a obtenção deste resultado.

- Destina-se este Regulamento a indicar, para esta Instrução, quais as formações e movimentos básicos para todas as Armas e Serviços.

 

2 DEFINIÇÕES

 

1- Formações - São as diferentes disposições que as forças podem tomar.

Em Ordem Unida, consideram-se essencialmente duas formações: a coluna e a linha.

2- Coluna - É a formação em que os elementos constitutivos da força se dispõem uns à retaguarda dos outros, com a mesma frente, cobrindo-se apropriadamente e guardando entre si, distâncias regulamentares.

- Coluna por um: é a coluna composta de homens colocados uns atrás dos outros. Conforme o número destas colunas, dispostas lado a lado, for de 2, 3, etc-, assim se dirá coluna por dois, três, etc.

3- Linha - É a formação em que os elementos constitutivos da força se dispõem uns ao lado dos outros, com a mesma frente, devidamente alinhados e a intervalos regulamentares.

- Diz-se que a formação em linha está a uma fileira quando é constituída por homens dispostos ao lado uns dos outros, a intervalos regulamentares, está a 2, 3, etc., fileiras, quando estas se dispõem à retaguarda umas das outras, a distâncias regulamentares.

Na linha em mais de uma fileira, ou em coluna os homens dispostos à retaguarda uns dos outros constituem uma fila, chamando-se chefe de fila ao homem da frente e cerra-fila ao da retaguarda.

4- Distância - É o espaço que separa dois elementos, medido no sentido da profundidade: Conta-se entre as costas (ou face posterior da mochila) dos homens da frente e o peito dos homens imediatamente à retaguarda.

A distância entre fileiras é de cerca de 0,70m.

5- Intervalo - É o espaço que separa dois elementos, medido no sentido da frente. O intervalo regulamentar entre os homens conta-se de cotovelo a cotovelo, e é de 0,15m.

6- Frente - A frente de uma formação pode significar apenas o lado para onde estão voltados os seus elementos, ou medir a extensão entre os seus extremos direito e esquerdo (flancos).

7- Profundidade - A profundidade de uma formação mede-se pela extensão que vai do elemento mais à frente (testa), ao elemento mais à retaguarda (cauda), medido perpendicularmente à frente.

8 - Flanco direito (esquerdo) de uma formação - Pode significar ou o extremo direito (esquerdo) dessa formação, considerada a sua própria frente, ou o espaço indeterminado que se estende para qualquer dos seus lados.

9 - Flanco guia - É o flanco tomado por base para alinhamentos ou coberturas.

10 - Flanco reverso - É o oposto ao Flanco guia.

11- Guia - É o homem situado no flanco guia, o qual regula a marcha, o alinhamento e cobertura de toda a formação.

12 - Alinhar uma formação - É a operação que tem por fim levar os elementos da formação a disporem-se rigorosamente ao lado dos dos outros, segundo a mesma linha recta e voltados para a mesma frente.

13 - Cobrir uma formação - É a operação que tem por fim levar os elementos da formação a disporem-se rigorosamente à retaguarda uns dos outros por forma que, vistos da frente, se confundam num só elemento.

14 - Cerrar - Significa reduzir as distâncias ou intervalos, entre os elementos da formação.

15 - Abrir - Significa aumentaras distâncias ou intervalos entre os elementos da formação.

16 - Escola - É o agrupamento de homens formado com vista ao melhor aproveitamento da instrução.

17- Marchas - São os movimentos que as tropas executam para se dirigirem de um local para outro.

18 - Conversão - É o movimento circular em torno de um ponto, como centro, executado por uma força para mudar de frente.

19 - Evoluções - São os movimentos executados na passagem de uma para outra formação.

 

3 COMANDO E MEIOS DE COMANDO

 

20 - As ordens em que se traduz o exercício de comando podem ser dadas por forma:

- que a tropa subordinada fique imediata e simultaneamente em condições de executar as acções correspondentes (comando directo);

- que só os chefes imediatamente subordinados fiquem no conhecimento dos seus termos (comando indirecto); o que não interessa a este Regulamento.

Em comando directo-aplicável unicamente nas unidades elementares e pequenas unidades.- a ordem transmite-se por meio de vozes e de sinais de comando; em comando indirecto - utilizável em todos os escalões - expressa-se verbalmente ou por escrito.

 

Comando directo

 

Vozes e sinais de comando

 

21 - A voz é o meio de comando mais natural, rápido, e que menos se presta a equívocos.

- As vozes, além de proporcionais ao efectivo da força, ao espaço por ela ocupado e aos ruídos que tendem a abafá-las, devem ser distintamente articuladas, claras, e dadas em tom animado e decidido.

As vozes ou sinais de comando compreendem :

(a) - Voz ou sinal de advertência - É uma indicação à força de que deve estar atenta às vozes ou sinais que vão seguir-se. Traduz-se, no comando à voz, proferindo expressões como "atenção", "escola" ou a designação da força a que se dirige. Pode também utilizar-se o apito, clarim ou corneta.

b)- Voz ou sinal preparatório - É a indicação do movimento ou evolução que vai executar-se. Obtém-se: à voz, pronunciando claramente o que se pretende; com clarim ou corneta, executando o toque respectivo.

c) - Voz ou sinal de execução - E a determinação do início do movimento ou evolução, a qual deve ser recebida simultaneamente por todos os executantes. Para isso, a voz ou sinal de apito, clarim ou corneta, deve ser breve e suficientemente forte.

d) - Em certos casos os comandos subordinados repetem as vozes proferidas pelos comandos de que dependem, ou alteram-nas em harmonia com o movimento ou atitudes que devem determinar à subunidade que comandam.

- O apito aproveita-se como meio de comando directo, substituindo as vozes de advertência e execução, em virtude da natureza do seu som poder não só ser ouvido a maiores distâncias do que a voz, mas também por sobressair mais nitidamente do que aquela.

 

4 MÉTODO E PROCESSOS DE INSTRUÇÃO

 

22- Uma instrução individual cuidada e a base de toda a instrução militar. A má ou deficiente instrução faz-se sentir em todo o tempo de serviço. Deve, consequentemente, ser ministrada com rigor e minuciosamente e sempre em harmonia com a progressão e princípios estabelecidos neste regulamento.

23- O instrutor ensinará cada movimento individual, executando-o, ou mandando executar por um auxiliar, primeiramente uma ou mais vezes, e permitindo depois que os homens o repitam por si sós, durante algum tempo, independentemente de comando, sem que uns esperem pelos outros, não deixando, contudo, de corrigir os erros cometidos. Só depois de o executarem sem hesitação, é que passará a comandá-los à voz, decompondo-o por tempos para, só na fase final, passar a uma execução seguida.

Para remediar qualquer engano, ou quando da incorrecta execução dum movimento, poderá haver necessidade de considerar sem efeito a voz dada. Nestes casos, o comandante dará a voz: "Primeira forma". Convém contudo não abusar de tal processo.

Nota - As vozes de comando devem ser dadas a uma distância dos executantes sensivelmente igual à frente que ocupam.

24- Os movimentos serão enérgicos e decompostos em tempos. Nos movimentos sem arma, os tempos correspondem à cadência ordinária. Nos movimentos com arma, os tempos correspondem ao batimento com o pé esquerdo, segundo o ritmo da marcha.

De princípio, o instrutor designará os tempos em voz alta, segundo o seu número de ordem: um, dois, três, etc., podendo servir-se do apito, ou ordenar que os próprios homens contem os tempos em voz alta.

Para regularizar o ritmo dos movimentos, convirá executá-los ao som da caixa de guerra e reunindo as escolas numa só.

25- Quando a escola executar bem os movimentos, decompostos segundo a regra do número anterior, o instrutor fará cessar a contagem em voz alta, mandando que todo o movimento seja executado a seguir à voz de execução, sendo os tempos cadenciados pela forma prescrita e mantendo-se a suspensão de movimentos entre cada dois tempos sucessivos.

26- O homem, por si mesmo, ouvida a rectificação do instrutor e sem que este lhe toque, salvo casos excepcionais, corrigirá os erros que haja cometido.

O instrutor utilizará, como principal meio de ensino, uma exemplificação em absoluto correcta.

Todas as explicações orais, que não sejam perÏeitamente concisas e nítidas são inúteis, senão nocivas.

27- Procurar-se-á que os homens adquiram uma atitude garbosa, mantendo a cabeça levantada e executar os movimentos com desembaraço.

28 Debaixo de forma não é permitido falar, salvo nas marchas à vontade, quando seja recebida a necessária autorização.

 

5 INSTRUÇÃO SEM ARMA

 

29- A escola de instrução deve formar sempre em uma fileira.

Cada homem entra na fileira em posição de sentido à esquerda do último homem que estiver formado, o qual toma a posição de sentido e curva o braço esquerdo conforme se indica a seguir. Tomam em seguida e independentemente de voz a posição de descansar e seguidamente a de à vontade.

Os homens na fileira, com os ombros e calcanhares na linha dos seus camaradas, conservam entre si um intervalo de 0,15m, para o que, curvando o braço esquerdo, assentam a chave da mão sobre o quadril, com o dedo polegar à retaguarda e os restantes dedos bem unidos à frente, a mão no prolongamento do antebraço e o cotovelo na linha do corpo, de forma a sentirem no braço direito uma leve pressão do cotovelo do camarada vizinho.

Podem constituir-se pelotões de instrução pela reunião de 2 ou 3 escolas colocadas à retaguarda umas das outras; a distância entre as fileiras é de 0,70m contados das costas dos homens de uma fileira ao peito dos da fileira imediatamente à retaguarda.

Os cerra-filas cobrem os seus respectivos chefes de fila, devendo os primeiros cerra-filas da 2ª e 3ª fileiras levantar e baixar em seguida o braço esquerdo, independentemente de voz, para ficarem àquela distância. Completam-se as filas a partir da direita e, no caso de faltarem um ou dois homens, as filas incompletas serão respectivamente a penúltima ou a penúltima e ante-penúltima da fileira do meio.

A constituição dos pelotões de instrução só é permitida para deslocamentos, treinos de marcha e exercícios e para o ensino de determinados movimentos (perfilar, abrir fileiras, manejo de fogo para salvas).

A posição inicial para todos os deslocamentos, quando os homens não se encontram a marcar passo, é a de sentido, a qual deverá ser mantida com toda a correcção e apenas durante o tempo absolutamente indispensável.

 

DAS POSIÇÕES

 

Sentido

 

30- Nesta posição, o homem tem os calcanhares na mesma linha e unidos, as pontas dos pés voltadas para fora e afastadas, aproximadamente, dum intervalo de um pé, as pernas estendidas, o ventre recolhido, o tronco bem aprumado sobre os quadris, ombros recuados e naturalmente descaídos, o peito avançado, os braços pendentes sem que os cotovelos se unam ao corpo nem se arqueiem com afectação, as mãos abertas com as palmas voltadas para as coxas e os dedos unidos, ficando o indicador encostado à costura das calças, a cabeça direita, queixo recuado e a vista fixada bem sobre a frente.

 

Descansar

 

31- Desloca-se o pé esquerdo cerca de 0,30m para a esquerda (contados entre os calcanhares) e cruzam-se as mãos na frente do corpo, ficando a mão direita sobre a esquerda e os dedos polegares cruzados, de modo que o da mão direita fique entre a palma e o polegar da mão esquerda, e o peso do corpo igualmente distribuído pelas duas pernas.

Nesta posição os homens mantêm-se atentos e firmes, até receberem a voz de:

 

À Vontade

 

32- Nesta posição os homens têm liberdade de movimentos, sem contudo deslocarem o pé direito, que conservam firme, para não perderem o alinhamento, liberdade que cessa logo que lhes seja dada a voz de:

 

Firme

 

33- A esta voz, os homens, da posição de "à vontade", que à voz de advertência haviam cruzado as mãos, esticam os braços energicamente, levantam a cabeça, tomando a posição indicada no nº 31, mas sem rigidez.

34- Para passar da posição de firme à de sentido, a esta voz, com uma ligeira elevação dos calcanhares, une-se vivamente o calcanhar esquerdo ao direito, sem arrastar o pé, de forma a ouvir-se o batimento do calcanhar, ao mesmo tempo que se levam os braços ao lado, tomando a posição do n°30.

 

Destroçar

 

35- A esta voz, os homens executam um batimento forte com o pé esquerdo e saem da forma, não podendo, porém, ultrapassar os limites previamente indicados pelo instrutor.

Nota - A voz de destroçar pode ser dada a pé firme, em marcha ou quando os instruendos estejam a marcar passo.

 

FORMATURAS

 

As formaturas são as formas como o Corpo de Enfermagem se apresentam e respeitam as Normas e formas da hierarquia da Delegação.

Para o Serviço de Ambulância.

a) Os Enfermeiros integrarão a formatura de entrada na posição de maior relevo, pela direita embora seja o Chefe de Equipa a dar as ordens.

 

 

Ex:

E C S S S S S

CE

Os Enfermeiros pertencentes a Coordenação ficam de fora da formatura e não obedecem as Ordens do Chefe de Equipa colocando-se a sua direita na posição lateral. Nesta situação o Chefe de Equipa deveria pedir ao mais Graduado para mandar destroçar respeitando desta forma o seu juramento de respeito pela Hierarquia da Instituição.

Ex:

C S S S S S S

E

C.E.

b) Nas Cerimónias Privadas o Corpo de Enfermagem é comandado pelo Enfermeiro Coordenador Adjunto e apresentado ao Coordenador. A apresentação respeita as alturas e no sentido da direita para a esquerda.

Ex:

EEEEEEEE

EEEEEEEE

ECA

ECR

c) Nas Cerimónias Públicas poderemos optar por duas formas;

Se ficar definido que o Corpo de Enfermagem fica no meio da Coluna de Socorro a apresentação do Grupo é da responsabilidade do Adjunto que apresenta ao Coordenador que chefia a formatura.

Ex:

SSSSSSSSSS   EEEEEEEEEE   SSSSSSSSSS

SSSSSSSSSS   EEEEEEEEEE   SSSSSSSSSS

SSSSSSSSSS   EEEEEEEEEE   SSSSSSSSSS

S                       ES                      S

 

C

Direcção

 

Se ficar ao lado da Coluna de Socorro responde ás ordens do Coordenador do Corpo.

Ex:

EEEEEEEEEE    SSSSSSSSSS    SSSSSSSSSS

EEEEEEEEEE    SSSSSSSSSS    SSSSSSSSSS

EEEEEEEEEE    SSSSSSSSSS    SSSSSSSSSS

ES                       S                        S

CCS

Direcção

 

NORMAS E PROCEDIMENTOS DO C.E.