diplomacia
POR UMA DIPLOMACIA EUROPEIA
POR UMA DIPLOMACIA EUROPEIA
Não se conseguiu até agora um cessar fogo no conflito entre Israel e o Hezbollah. É no entanto previsivel que nos próximos dias o consumo de munições dos dois lados contribua para atenuar as hostilidades. É neste terreno qua a Europa pode ganhar junto dos paises árabes algum prestígio que lhe permita, amanhâ, integrar uma força de interposição no terreno e, desde já, influencia-los no sentido de não permitirem o trânsito de armamento para o Hezbollah.
Em conflitos anteriores, Israel dependeu, inteiramente, do envio de munições pelos Estados Unidos, em aviões, alguns dos quais fizeram escala nos Açores, exactamente a meia distância entre os EU e Israel.
A Europa não pode pretender ter uma atitude moral neste conflito e, simultâneamente, permitir este trânsito. Esta questão é um teste à sua coesão e à sua capacidade para ter uma diplomacia. Portugal deve estar muito atento a este assunto e sobre ele conciliar préviamente a sua diplomacia com a da UE.
Mas há, também, no imediato, no plano humano, uma diplomacia que deve traduzir o sentir de um país.. Devemos ser o país europeu que se sente mais próximo dos árabes e de Israel. Portugal deve fazer todos os esforços para que se consiga um cessar-fogo imediato, que interrompa o sofrimento das populações do Líbano e de Israel. Se se conseguir uma trégua durante uma 6ª Feira, um Sábado e um Domingo, nos dias feriados das três religiões em presença, os benefícios dos dias de Paz serão tão grandes que será depois chocante e dificil recomeçar a guerra. (29 de Julho de 2006)
António Brotas