SOMOS DIGITAIS
SOMOS DIGITAIS
O programa #SomosDigitais reúne um conjunto de ações e projetos realizados na Rede Municipal de Ensino de Joinville para garantir que as escolas, professores e, principalmente, os alunos tenham acesso ao máximo de recursos e experiências para que possam fazer uso efetivo da tecnologia na educação.
O objetivo do programa é que estas ações permitam que os professores utilizem práticas inovadoras nas aulas, que potencializam o processo de ensino e aprendizagem para atender às atuais necessidades das crianças e jovens que nasceram no novo milênio e nunca viveram em um mundo sem tecnologia.
Pouco antes da pandemia da Covid-19, as escolas municipais de Joinville contavam com diversos projetos de internet na rede: internet do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) limitada à sala de informática com acesso somente dos alunos; internet para professores paga pela Associação de Pais e Professores (APP); internet via satélite; e internet fornecida pela Prefeitura de Joinville. Porém, nenhuma das opções tinha qualidade, velocidade e disponibilidade tanto para aluno, quanto para os professores.
Os alunos utilizavam computadores desktops multiterminais dentro das salas informatizadas, em duplas ou trios, já que o número de equipamentos dificilmente atendia a uma turma inteira para uso individual. Também estavam disponíveis kits de tablets, usados conforme agendamento prévio, para trabalhar com os alunos, porém o uso era somente offline. Outro recurso presente nas escolas eram os computadores interativos com lousa digital, do MEC/FNDE, mas como eram poucos equipamentos, acabavam sendo usados conforme agendamento e/ou rodízio entre as turmas.
Os clubes de robótica estavam iniciando, bem como a transformação das salas de informática em espaços makers. E a formação de professores no ramo tecnológico estava engatinhando, com cursos na área maker e programação.
Com a pandemia da Covid-19, essas lacunas existentes na infraestrutura tecnológica das escolas joinvilenses e brasileiras foram expostas de forma contundente. A falta de acesso à internet de qualidade e de equipamentos adequados para professores e alunos tornou evidente a urgência de uma política pública que promovesse a digitalização da educação. A Lei nº 14.180, que institui a Política de Inovação Educação Conectada, surge nesse contexto como um marco legal importante, alinhado com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A BNCC, por sua vez, reconhece a importância da cultura digital para o desenvolvimento integral dos estudantes, incentivando o uso de tecnologias para a resolução de problemas, a produção de conhecimento e a comunicação. A Lei 14.180/21 complementa essa perspectiva ao estabelecer diretrizes para a universalização do acesso à internet nas escolas e à aquisição de equipamentos tecnológicos, visando garantir que os estudantes tenham as ferramentas necessárias para desenvolver as competências digitais previstas na BNCC.
No entanto, a implementação dessa proposta exige a formação continuada de professores, capacitando-os a utilizar as ferramentas digitais de forma consciente e responsável. É fundamental que os educadores compreendam as potencialidades e os limites das tecnologias, a fim de integrá-las de maneira significativa às suas práticas pedagógicas.
Além da formação docente, outro desafio é a renovação constante dos equipamentos tecnológicos nas escolas. O mercado educacional está em constante evolução, com o surgimento de novas ferramentas e recursos digitais. É preciso garantir que as escolas sejam equipadas com dispositivos modernos e compatíveis com as demandas da educação contemporânea. A aquisição de equipamentos, no entanto, deve ser acompanhada de um planejamento estratégico que contemple a manutenção e a atualização dos sistemas, evitando a obsolescência tecnológica.
Em suma, a construção de uma educação de qualidade no século XXI passa necessariamente pela integração das tecnologias digitais. No entanto, é preciso superar os desafios relacionados à infraestrutura, à formação de professores e à aquisição de equipamentos. Ao investir na digitalização das escolas, o município promove a inclusão digital, a inovação pedagógica e a formação de cidadãos mais preparados para o futuro.
O programa #SomosDigitais visa englobar todas as ações responsáveis por transformar a educação por meio da tecnologia, tornando-a mais eficaz, interativa, dinâmica e inclusiva, por meio da transformação de espaços, práticas docentes e consequentemente na formação de alunos mais preparados para os desafios do século XXI.
A partir dessa premissa, o #SomosDigitais tem como objetivo disponibilizar a infraestrutura necessária para uso da tecnologia na escola, bem como recursos tecnológicos para facilitar o trabalho do professor e melhorar a experiência do aluno no processo de ensino e aprendizagem.
Também busca preparar o professor para mediar a aprendizagem com o uso de tecnologias e metodologias, transformando a prática pedagógica para obter melhorias no aprendizado dos alunos.
O programa ainda desenvolve competências digitais dos alunos para que possam compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma qualificada e ética na vida pessoal e coletiva.
Para implantar o programa #SomosDigitais, levou-se em consideração o que já estava sendo desenvolvido e implantado na Rede Municipal de Ensino, tanto em termos de equipamentos, quanto de formações com base em três eixos: espaços transformados, práticas transformadas e alunos transformados.
A partir disso, elencaram-se novas necessidades para que a rede pudesse se adequar à Lei nº 14.180 e dar subsídios para que os três eixos pudessem ser desenvolvidos articulados às competências e habilidades da BNCC.
ESPAÇOS TRANSFORMADOS
Por muito tempo, as escolas contavam somente com a internet oferecida pelo Proinfo (Programa Nacional de Tecnologia Educacional), sofrendo muito com a velocidade do sinal ofertado, pois não era mais suficiente para a tecnologia utilizada na escola com os alunos. Além disso, essa conexão estava geralmente limitada à sala de informática, criando obstáculos para a disseminação do uso de tecnologias no dia a dia dos professores dos alunos, dentro da sala de aula.
Então, para proporcionar um ambiente com melhor qualidade e para se adequar à Lei nº 14.180, foi criada uma nova infraestrutura de rede de internet, cabeada, mas já com a oferta de uma internet de alta velocidade. Posteriormente, firmou-se um contrato com o CIASC (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina) e o wifi foi instalado em todas as 165 unidades escolares, proporcionando sinal de internet de alta velocidade em todos os ambientes escolares (salas de aula, laboratórios, sala dos professores etc.) para toda a Rede Municipal de Ensino.
As salas de informática, antes com computadores desktop e multi-terminais dispostos enfileirados e/ou um ao lado do outro, transformaram-se em Laboratórios Makers (Lab.Maker), com móveis que permitem uma disposição versátil, adaptável à metodologia a ser utilizada pelo professor. Além disso, os computadores de mesa foram substituídos por notebooks, permitindo maior mobilidade no espaço. Os Lab.Makers ganharam kits de robótica e impressoras 3D, além de armários e bancadas no estilo industrial, articulando e inspirando a ideia do “faça você mesmo”.
Paralelamente à estruturação da rede wifi, foram adquiridos 17.500 chromebooks (em substituição aos antigos tablets) e 370 gabinetes de recarga, para que os alunos pudessem acessar a internet da sua própria sala de aula e, mais de 4.410 notebooks para uso dos professores.
Os tradicionais computadores interativos (projetor multimídia oferecido pelo FNDE) foram substituídos por 1.070 projetores interativos de última geração em todas as salas de aula das escolas municipais de ensino fundamental de Joinville. Esses equipamentos, com tela touch e conexão sem fio, proporcionam aulas mais dinâmicas e interativas, potencializando o aprendizado dos alunos.
Ao todo, a Secretaria de Educação investiu mais de R$ 132,2 milhões para transformar os espaços, proporcionando experiências mais significativas e relevantes para os nossos alunos.
PRÁTICAS TRANSFORMADAS
O Google for Education foi implantado como resposta à pandemia da Covid-19 em 2021 e, devido aos resultados positivos, foi mantido como ferramenta em nosso dia a dia, pois otimiza a gestão de tarefas e recursos, promove o aprendizado colaborativo, permite a criação de um ambiente de aprendizado virtual interativo, além de oferecer acesso a uma variedade de recursos educacionais.
Por meio de processo seletivo interno, aumentou de 56 para 66 PIMMs (Professores Integradores de Mídias e Metodologias), responsáveis pela disseminação e apoio na adesão de novas tecnologias e metodologias educacionais nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Joinville. Com isso, mais escolas puderam contar com esse profissional para auxiliar professores e alunos no uso consciente e responsável das tecnologias.
Para permitir aos professores uma apropriação gradual da cultura digital foram ofertadas formações para os PIMMs em temas como aprendizagem criativa, kit de robótica Atto, seguidor de linha Arduino e Lego, robótica Lego, robótica sustentável, educomunicação, pensamento computacional, programação em blocos (plataforma Scratch), modelagem 3D (plataforma Thinkercad), chromebook, projetor interativo, usos da impressora 3D, entre outros.
A partir das formações diretas aos PIMMs, houve a compreensão de que o movimento de adoção das tecnologias pelos professores deve ser instigado e explorado in loco na unidade escolar, por meio de um trabalho colaborativo entre professores e PIMMs. Contudo, foram articuladas ações para que o desenvolvimento profissional dos docentes contemple a promoção de competências e habilidades digitais.
Para potencializar o uso de metodologias e abordagens de ensino, desde o final de 2022, a Rede Municipal de Ensino faz parte do programa Escolas Criativas, uma iniciativa da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC), que conta com o apoio da Fundação Lemann e da Fundação LEGO, para incentivar a adoção sustentável de práticas criativas, mão na massa e relevantes para os alunos em escolas públicas do Brasil. O programa visa incentivar e promover atividades em sala de aula que ofereçam formas diferentes e inovadoras de trabalhar o currículo. Dessa forma, o objetivo é contribuir para uma formação integral desses estudantes.
ALUNOS TRANSFORMADOS
Os alunos da Rede Municipal de Ensino de Joinville têm a oportunidade de interagir com equipamentos e ferramentas digitais para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes dentro da sala de aula de forma transversal a partir da prática pedagógica promovida pelos professores.
Além disso, busca-se oportunizar atividades no contraturno escolar na perspectiva de desenvolvimento de competências digitais para alunos e professores. Em 2024, a Rede Municipal de Ensino alcançou a marca de 43 escolas de Ensino Fundamental com clubes de robótica - grupos que se reúnem no contraturno escolar, com apoio do PIMM como mediador do conhecimento, para estudar e criar soluções para problemas reais.
Outro projeto é o “Aluno Digital”, em que é ofertada aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades de liderança e trabalho em equipe. Os estudantes digitais são voluntários, que têm habilidade com a tecnologia e vão até a escola no contraturno escolar para auxiliar o PIMM nas aulas no LabMaker. Eles atuam na organização de equipamentos, em aulas que exigem o acompanhamento e instrução mais de perto, entre outras possíveis demandas em que os alunos podem tanto aprender na prática, como compartilhar o que sabem com seus colegas.
Ainda há o apoio aos alunos e professores em campeonatos e competições que envolvem a tecnologia, uma vez que esses desafios desenvolvem habilidades como resolução de problemas, trabalho em equipe, criatividade, pensamento crítico e programação. Há ainda o aumento da confiança do aluno, pois ao superar desafios e alcançar objetivos, ganham confiança em suas capacidades e se tornam mais resilientes.
Além disso, há o aprendizado prático que as competições oferecem como a oportunidade para os alunos aplicarem os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula em situações reais. Entre as competições que os alunos participam estão a First Lego League (campeonato da LEGO), nas categorias Explorer e Challenge; Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na modalidade teórica; Meninas na Tecnologia, projeto elaborado e executado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Campeonato Joinvilense de Robótica (CJR), desenvolvido pela Secretaria de Educação de Joinville.
Complementando a área de contraturno, existe o projeto <Lab_Code>, desenvolvido pela Secretaria de Educação, que ensina linguagens de programação para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Em um percurso de quatro anos, o programa desafia os alunos a construir uma sólida base em lógica de programação e robótica, culminando em projetos práticos que simulam desafios do mundo real.
LABORATÓRIOS MAKERS E SALAS DE AULA
Os espaços dentro das unidades escolares são pensados para promover a aprendizagem dos alunos. Sendo assim, o primeiro passo foi equipar e criar a infraestrutura necessária para a transformação dos espaços, com aquisição de mobiliários, equipamentos e recursos e de forma concomitante, organizar o funcionamento dos espaços.
Os Lab.Makers são preparados para trabalhar com uma turma toda ou pequenos grupos. Para utilizar o espaço, o professor deve agendar com antecedência com o PIMM, de modo que o professor integrador de mídias e metodologias tenha acesso ao planejamento da aula para se organizar, assim como preparar o espaço para aula, que é lecionada em parceria com o professor regente.
O objetivo do programa #SomosDigitais é que cada sala de aula se torne um ambiente dinâmico e interativo para melhoria da aprendizagem. Dessa forma, o mobiliário da sala de aula foi modernizado com a aquisição de novas carteiras que permitem a criação de um ambiente mais colaborativo, além da aquisição de um projetor interativo para cada sala de aula de ensino fundamental, kits de robótica, chromebooks e carrinhos de recarga que possibilitam a movimentação desses equipamentos dentro da escola.
CHROMEBOOKS
Na unidade escolar, os chromebooks são identificados com numerações e armazenados em kits dentro de gabinetes de recarga, também identificados individualmente. Assim, fica visível quando há a falta de algum equipamento, facilitando a conferência após o uso ao final das aulas.
Cada kit fica dentro de um carrinho de recarga e tem em média 35 chromebooks + dois de reserva, o suficiente para atender uma turma e, ainda, dois sobressalentes caso aconteça algum problema com o equipamento no meio da aula. Cada escola tem o quantitativo necessário para atender, pelo menos, duas turmas do fundamental l e duas turmas do fundamental ll de forma simultânea. Para uso com os alunos, os professores realizam agendamento prévio.
Considerando a capacidade de memória limitada dos chromebooks, recomenda-se que cada aluno seja vinculado a um dispositivo específico, pois a criação de diversos perfis em um mesmo Chromebook pode comprometer o desempenho do equipamento.
Para isso, a numeração colocada em cada equipamento facilita a entrega do chromebook para o aluno. Por meio da relação da chamada, cada aluno recebe o equipamento referente ao seu número. É necessário que cada kit de chromebook tenha um caderno onde estão todas as listagens de alunos das turmas que o utilizam, podendo ser registradas nele também as datas de agendamentos, tornando o uso do kit rastreável.
KITS DE ROBÓTICA
As quantidades de equipamentos dentro das escolas variam de acordo com o número de alunos. Assim como os chromebooks, os kits de robótica foram distribuídos para todas as unidades escolares de ensino fundamental. O objetivo dos kits de robótica é auxiliar na aprendizagem dos alunos, de modo que possam colocar a mão na massa e estudar por meio da prática inserida dentro das expectativas de aprendizagem previstas no currículo da rede.
PROFESSORES INTEGRADORES DE MÍDIAS E METODOLOGIAS
As formações dos PIMMs acontecem em diferentes formatos anualmente e são desenhadas a partir das necessidades formativas do grupo e da demanda institucional da Secretaria de Educação. As formações são oferecidas pela própria equipe de mídias e tecnologias da Secretaria ou contratualizadas com parceiros, como o programa Escolas Criativas, Sesi Escola, Arcelor Mittal, entre outros.
Em 2023, foram criadas as Comunidades de Práticas, em que os professores se reúnem em pequenos grupos, formados de acordo com a região que a escola está inserida, para tratar de assuntos ou desafios pedagógicos relacionados ao interesse daquele grupo.
Em 2024, foi firmado parceria com a Arcelor Mittal para proporcionar a formação “Liga STEAM”. Há reserva na jornada semanal do PIMM para a formação em serviço, por exemplo, toda sexta-feira e um calendário anual para oferta de formação continuada dos PIMMs.
PARCERIA COM PROGRAMA ESCOLAS CRIATIVAS
A parceria com o programa Escolas Criativas impulsionou a implementação da Aprendizagem Criativa na Rede Municipal de Ensino, proporcionando aos alunos experiências de aprendizagem significativas e prazerosas. Ao adotar os princípios da Aprendizagem Criativa, como o protagonismo estudantil, a experimentação e a colaboração, os alunos são convidados a explorar suas ideias, desenvolver projetos inovadores e a refletir sobre seu próprio processo de aprendizagem.
A espiral da criação, com seus ciclos de imaginar, criar, experimentar, compartilhar e refletir, garante que o aprendizado seja ativo, engajador e transformador. O desafio é tangibilizar essa abordagem na formação dos professores para que a transformação na sala de aula ocorra de forma orgânica no processo de ensino e aprendizagem.
ALUNOS DIGITAIS
Os alunos digitais não somente auxiliam colegas, como também professores. Nas formações das comunidades de prática, alguns alunos digitais acompanham seus professores e ajudam outros PIMMs com o conteúdo ministrado em determinadas formações. Tal fato mostra o empoderamento que esses alunos estão criando, tornando-se até mestres de seus mestres.
MARATONA LAB_CODE E CAMPEONATO JOINVILENSE DE ROBÓTICA
Os alunos da Rede Municipal de Ensino são protagonistas em outros momentos, como a Maratona <Lab_Code> e o Campeonato Joinvilense de Robótica (CJR). São dois momentos distintos, mas que sintetizam o trabalho árduo de professores e alunos dentro das unidades escolares que se propõem a participar destes projetos.
A Maratona <Lab_Code> é a culminância anual do projeto de ensino de linguagem de programação <Lab_Code>. Ela acontece, geralmente, em novembro e reúne de dois a quatro alunos de cada ano do curso, de cada escola integrante do projeto. No dia escolhido para a maratona, os alunos e seus professores são levados para um dia de hackathon, em que o objetivo final é resolver um problema utilizando a aprendizagem daquele ano de curso. Enquanto isso, seus professores supervisionam as atividades e, também, têm um momento formativo que agregará em seu desenvolvimento profissional.
O CJR acontece anualmente e envolve alunos do Ensino Fundamental l e ll e Educação de Jovens e Adultos. O evento ocorre no fim de semana, com o objetivo de proporcionar a visitação das famílias dos alunos e comunidade em geral ao evento.
A cada ano há uma nova temática que os alunos devem seguir para desenvolver seus projetos. As categorias são criadas pensando na oferta de participação para o maior número de alunos possíveis.
Inicialmente, era somente a categoria LEGO, em que escolas com o kit LEGO poderiam participar. Em 2022, foram criadas as categorias “Seguidor de Linha”, que possibilitou que outras escolas participassem, pois o material tem custo inferior e de fácil aquisição; e a categoria Artbot, com materiais alternativos, em que crianças de várias idades poderiam participar.
Já em 2023, todas as escolas possuíam o kit de robótica adquirido pela rede. Logo, categorias envolvendo os componentes do kit foram criadas, permitindo que ainda mais alunos pudessem fazer parte do mundo da robótica. A categoria “seguidor de linha” foi dividida em duas subcategorias: Arduíno e Micro:bit. Incluímos a categoria de “Projetos com Robótica”, a fim de tornar público e compartilhar os excelentes trabalhos realizados em sala de aula pelos nossos professores.
Para 2024, houve mais avanços, com a inclusão da categoria Robótica Atto Micro:bit (com missões e projeto semelhante à da robótica LEGO, mas utilizando o da rede, da marca Atto); a unificação da categoria “Seguidor de Linha”, agora com participação de carrinhos com programação Arduíno e Micro:bit; a criação da categoria “Estoura Balão”, pensando nos alunos até o 5º ano; e a alteração da categoria de projetos para receber a submissão de trabalhos que envolvam as tecnologias no geral.
Desde a criação do programa #SomosDigitais, foram criados 87 clubes de robótica em 42 escolas municipais, além da implementação em 39 unidades do projeto “Alunos Digitais”, em que os alunos auxiliam os professores integradores de mídias e metodologias nas aulas.
Além disso, são mais de 4,5 mil alunos engajados em projetos, desafios e competições, como o projeto Meninas na Tecnologia, em parceria com a UFSC. Desde 2022, foram 639 alunas reunidas em 213 equipes de 60 escolas. Já no projeto de ensino de linguagem de programação <Lab_Code> são mais de 2,6 mil alunos do 6º ao 8º ano envolvidos nas atividades, em 37 escolas.
O engajamento dos alunos em atividades como clubes de robótica e a participação em eventos como hackathons demonstram o sucesso do programa em despertar o interesse pela tecnologia e promover o desenvolvimento de habilidades do século XXI.
A universalização do acesso à internet e aos equipamentos tecnológicos, aliada à oferta de formações de qualidade e a criação de um ambiente de aprendizagem inovador, contribuíram para a melhoria dos indicadores educacionais e para a formação de cidadãos mais críticos e criativos.
A capacitação dos professores, com índices de satisfação superiores a 90% nas avaliações das formações, tem sido um marco fundamental para garantir a integração das tecnologias nas práticas pedagógicas.
E o reconhecimento do título de Prefeito Inovador em 2022 para o prefeito de Joinville também é um reflexo do sucesso do programa #SomosDigitais, consolidando o município como referência nacional em educação digital. As iniciativas implementadas na cidade demonstram que a tecnologia, quando utilizada de forma estratégica e integrada ao currículo escolar, pode transformar a vida dos alunos e contribuir para a construção de um futuro mais promissor.
O programa #SomosDigitais se destaca por diversos fatores que o diferenciam de outros projetos. A seguir, são detalhados os principais diferenciais que tornaram o programa um sucesso e um modelo a ser seguido:
Além de fornecer equipamentos como chromebooks e projetores interativos, o programa investiu na modernização da infraestrutura das escolas, com a instalação de Wi-Fi de alta velocidade e a criação de laboratórios maker.
A capacitação dos professores é realizada de forma contínua e abrangente, abordando diversas ferramentas e metodologias, e promovendo a criação de comunidades de prática (no caso dos PIMMs).
O programa não se limitou à infraestrutura e à formação, mas também ofereceu diversas atividades para os alunos, como clubes de robótica, hackathons e projetos de programação, estimulando a criatividade e o desenvolvimento de habilidades do século XXI.
O programa foi além da aquisição de equipamentos, buscando integrar as tecnologias de forma significativa ao currículo escolar, transformando as práticas pedagógicas.
As atividades propostas estimulam o aprendizado ativo, a colaboração e a resolução de problemas, preparando os alunos para os desafios do mundo do trabalho.
O uso de ferramentas digitais permite personalizar o aprendizado, atendendo às necessidades e interesses de cada aluno.
A criação de projetos como os clubes de robótica, a Maratona <Lab_Code> e o Campeonato Joinvilense de Robótica demonstra a capacidade de inovar e criar novas oportunidades de aprendizagem.
A parceria com instituições como a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC) e a ArcelorMittal possibilitou a implementação de projetos inovadores e a troca de experiências com outras redes de ensino.
A criação dos laboratórios maker estimula a cultura do "faça você mesmo", incentivando a criatividade e a resolução de problemas.
A criação de comunidades de prática fortalece a troca de experiências entre os professores e garante a continuidade das ações.
A formação de alunos digitais permite a disseminação das práticas inovadoras para outros alunos e professores.
O programa prioriza a transformação das práticas pedagógicas, incentivando a utilização da tecnologia como ferramenta para o aprendizado.
Ao garantir o acesso à internet e aos equipamentos tecnológicos para todos os alunos, o programa contribui para reduzir as desigualdades digitais e proporcionar oportunidades mais equitativas de aprendizagem.
O programa prepara os alunos para o mundo digital, desenvolvendo habilidades como pensamento crítico, criatividade e colaboração.
Em resumo, o programa #SomosDigitais se destaca por sua abordagem integral, inovadora e focada na prática pedagógica. É um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada para transformar a educação e promover a inclusão digital. Ao investir em infraestrutura, formação de professores e atividades para os alunos, o programa conseguiu transformar a educação em Joinville, preparando os estudantes para os desafios do século XXI.
O ótimo resultado do programa #SomosDigitais em transformar a educação em Joinville demonstra que é possível criar ambientes de aprendizagem inovadores e eficazes por meio da tecnologia. A seguir, compartilhamos as principais estratégias e aprendizados desse projeto, a fim de inspirar e auxiliar outros a implementar iniciativas semelhantes e alcançar resultados tão positivos.
Realizar um diagnóstico detalhado da sua rede de ensino, identificando as principais lacunas em termos de infraestrutura, recursos tecnológicos e formação dos professores permite ações mais assertivas perante as necessidades elencadas.
Investir em uma infraestrutura de rede robusta e de alta velocidade para todas as escolas, bem como equipamentos tecnológicos adequados e móveis, auxilia no aprimoramento das aulas, tornando-as mais engajadoras e atrativas.
Adaptar e atualizar os espaços físicos nas escolas auxilia a aprendizagem ativa e colaborativa.
Incentivar a experimentação e a criação de projetos práticos faz com que os professores possam aplicar os conhecimentos adquiridos em suas aulas.
Criar comunidades de prática entre os professores estimula a troca de experiências e o desenvolvimento de projetos colaborativos entre os docentes.
Criar clubes de robótica e projetos de programação desperta o interesse dos alunos pela tecnologia, fazendo uma conexão com o mundo real, além de desenvolver o pensamento computacional, criatividade e inovação, comunicação, aprendizagem ativa, autoconfiança, perseverança e curiosidade.
Promover competições e eventos, como hackathons e olimpíadas de robótica, e/ou outras oportunidades para que os alunos sejam protagonistas do processo de aprendizagem desenvolve criatividade, resolução de problemas, trabalho em equipe e pensamento crítico, tornando-os mais preparados para os desafios do mundo profissional e da vida adulta.
Estabelecer parcerias com empresas de tecnologia, universidades e outras instituições é fundamental para o desenvolvimento de projetos inovadores, para a formação de profissionais qualificados e uma grande oportunidade de aprendizado.
Conectar-se com outras redes de ensino que estão implementando projetos similares promove o compartilhamento de experiências e boas práticas, além de gerar o fortalecimento das redes dentro do ecossistema educacional.
Estabelecer indicadores de desempenho claros e realizar avaliações periódicas permitem identificar os pontos fortes e fracos do projeto e realizar os ajustes necessários.
Abaixo, você encontra os principais documentos que poderão auxiliar na elaboração de políticas públicas semelhantes em seu município ou Estado.
Base Nacional Comum Curricular - Computação Complemento à BNCC: documento que traz as sete competências da etapa do Ensino Fundamental, os quais versam sobre o objetivo principal de formar cidadãos críticos, criativos e responsáveis, capazes de utilizar a computação como ferramenta para transformar o mundo e construir um futuro mais justo e sustentável. (acesso aqui)
Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005/2014) (acesse aqui)
Meta 7: trata da qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem.
Meta 6: visa oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 65% (sessenta e cinco por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 40% (quarenta por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica, até o final da vigência deste Plano.
Plano Municipal de Educação (Lei nº 8.043/2015): a meta 7 trata da qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem. (acesse aqui)
Currículo de referência em tecnologia e computação: busca apoiar as redes de ensino oferecendo um material para que elas possam trabalhar o tema de tecnologia e computação nos seus currículos tanto de maneira transversal quanto em uma área de conhecimento específica. (acesso aqui)
Política de Inovação Educação Conectada (Lei nº 14.180/2021): Lei que apoia a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomenta o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. (acesso aqui)
Apostilas <Lab_Code>: Material didático produzido pela equipe de Mídias e Tecnologias Educacionais da secretaria de educação, junto a professores da rede municipal de ensino.
Ano 1 (acesse aqui)
Ano 2 (acesse aqui)
Ano 3 (acesse aqui)
Fotos da aplicação das aulas <Lab_Code> (acesse aqui)
Fotos da Maratona <Lab_Code> (acesse aqui)
Portal da Indústria: fornece informações essenciais sobre a First Lego League, seus regulamentos, as etapas de inscrição, além de recursos educativos e materiais de apoio para preparar as equipes. (acesse aqui)
Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR): centraliza informações e recursos sobre a competição, oferecendo aos participantes, professores e interessados dados detalhados sobre o regulamento, etapas da competição, inscrições e resultados. Além disso, o site disponibiliza materiais didáticos, orientações sobre como participar e treinamentos, bem como divulga notícias e atualizações relacionadas ao evento. (acesse aqui)
RoboCore - Regras do ArtBot: o documento define as especificações dos robôs, além de requisitos de segurança e os critérios de avaliação. (acesse aqui)
Regulamento da competição Desafio de Robótica Atto - Batalha de Balões: detalha as regras de participação, critérios de pontuação, categorias, e a estrutura do evento, além de informações sobre inscrições, cronograma e premiação. (acesse aqui)
Regulamento da 4ª edição do Campeonato Joinvilense de Robótica: contém informações referentes ao evento, como local, data e horário, diretrizes das categorias com foco na avaliação, tempo de apresentação e duração dos rounds, além do termo de participação e autorização para uso de imagem. (acesse aqui)
Vídeo do 2º Campeonato Joinvilense de Robótica: apresenta momentos da competição. (acesse aqui)
Vídeo do 3º Campeonato Joinvilense de Robótica: apresenta momentos da competição. (acesse aqui)
Guia da categoria: contém descrições das missões, pontuações, rubricas de avaliação, fluxograma de apresentação e QR codes para vídeos explicativos sobre a execução das missões.
Robótica Lego (acesse aqui)
Estoura Balão (acesse aqui)
Seguidor de Linha (acesse aqui)
Robótica Atto Micro:bit (acesse aqui)
Tapete com as missões: imagem do tapete com a posição de cada missão conforme a categoria.
Robótica Lego (acesse aqui)
Robótica Atto Micro:bit (acesse aqui)