São Luis, a capital do Maranhão, fica numa ilha e é
famosa em todo o Brasil por seu conjunto arquitetônico colonial. A cidade foi considerada Patrimônio Histórico da Humanidade em 1997, pela Unesco, após algumas reformas visando melhorar o centro da cidade, entre elas, linhas substerrâneas de energia e telefone e tratamento de esgoto. Todo o centro histórico é fechado à circulação de veículos, e as restaurações das casas tem sido em parte financiadas pelo governo, que não quer perder o status de patrimônio da humanidade. A visita foi surpreendente, pois boa parte está em bom estado, bem conservado, graças a ações do governo no intuito de trazer empresas e moradores para essa região. Interessante notar como em muitas construções existem verdadeiras árvores que nascem nas paredes. Isso porque a "argamassa" usadas nas construções era uma mistura de terra e conchas do mar, para dar maior firmeza à massa. Esta combinação fez a argamassa ficar rica em material orgânico e, com pequenas sementes trazidas por passáros, florescer as plantas.Locais que valem a visita:Igreja da Sé: contruída em 1626 e sofreu várias alterações de estilo até o atual, de 1922. O altar
da igreja, em estilo barroco foi tombado pelo patrimônio histórico.Palácio dos Leões: Originalmente, era o Forte de São Luis e depois de sucessivas reformas, virou sede do governo do estado.
Rua Portugal: tem os casarões com os conjuntos de azulejos melhor conservados da cidade. Aqui também estão várias casas de cultura, mantidas pelo governo do estado, onde você pode aprender sobre a história da cidade, do bumba-meu-boi e outras coisas.
Fonte do Ribeirão: construída no século 18 para fornecer água para a cidade, é muito bonita, com. Nela há três grades que dão acesso a uma rede de galerias subterrâneas, recentemente descobertas. Segundo a lenda, nessas galerias vive uma imensa serpente que, um dia, ficará tão grande, que afundará toda a ilha de São Luis.
Teatro Arthur Azevedo: passeio imperdível, foi construído em 1815 por dois portugueses, passou para propriedade da cidade por falta de impostos, virou cinema e, por sorte, não virou templo evangélico. Começou a ser recuperado pelo governo do estado em 1989 e foi reaberto ao público em 1993. Continua funcionando normalmente, e hoje é aberto para visitação do público, que pode conhecer inclusive os camarins. Como destaque, veja o lustre, que veio de um teatro que estava sendo demolido em Buenos Aires. É todo de cristal, e durante as apresentações, é recolhido para não atrapalhar a visão de quem está no último piso.