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O Parque Nacional da Chapada Diamantina se localiza no centro do estado da Bahia, a aproximadamente 410 km de Salvador. Aliás, a estrada que vai até a região, BR 242, que liga Salvador à Brasília, está em péssimo estado de conservação, além de ser alvo de assaltos. Se for por estrada, tome muito cuidado.
O parque foi criado em 1985 para proteger o que restou da região após quase 200 anos de exploração de diamantes. As principais cidades da região serviram de apoio à exploração de diamantes, e por isso, você encontra ainda muitas ruínas de vilas inteiras e trilhas de escoamento por toda a região. Estas cidades estão localizadas ao redor do parque e oferecem hospedagem para você conhecer todas as belezas (e são muitas) deste local. Muitas das atrações do local não ficam dentro da área do parque, mas sim nas áreas ao redor do mesmo. Para evitar a degradação desta área, o governo da Bahia criou uma Área de Proteção Ambiental, incentivando os proprietários de fazendas da região a ajudar a preservar e a promover o turismo controlado. Lençóis: é a principal cidade de apoio ao turista da região. Tem a maior infraestrutura de hotéis e restaurantes, e também fica próxima a várias das atrações do parque. Entre elas:
- Cachoeira do Sossego: queda de aproximadamente 15 metros, muito bonita, com um poço delicioso para banho. O problema é a trilha, com mais de 7 km por caminhos bem ingremes e cheios de pedra. Mas nada tão complicado quanto os guias fazem parecer. Na volta, passe pelo
- Escorrega do ribeirão do Meio e descanse. Isso vai recarregar suas energias para voltar até a cidade. É necessário 1 dia inteiro para fazer este passeio.Gruta da Lapa Doce: segunda maior caverna do Brasil, com 15 km já mapeados. Desses, 850 metros estão abertos para visitação guiada. É paga uma taxa e vale a pena. A caverna é bem grande, com vãos que chegam a mais de 20 metros de altura. Muitas formações interessantíssimas e que nunca vimos, nem mesmo no Parque Intervales.
- Morro do Pai Inácio: formação rochosa que fica à beira da estrada que liga Salvador à Brasília. Apesar da aparência, é fácil subir no topo e, atualmente, não se paga nada, graças à mobilização da população contra uma taxa de R$ 7,00 (!!!) para acesso ao morro. Do alto dos mais de 1.000 metros de altura, tem-se uma bela vista de várias formações da chapada, incluindo o Morro do Camelo. Vale muito a visita e fica a dica: tente fazer a visita ao por-do-sol.
- Cachoeira da Fumaça: apesar de ficar mais próxima a cidade de Palmeiras, os passeios para a Cachoeira da Fumaça saem quase sempre de Lençóis. Mas não se deixe enganar: a entrada para a trilha é bem demarcada, inclusive com placa do Ibama, e toda a trilha é bem fácil.
- São 6 km até a cachoeira, sendo que os primeiros 1,5 km são de subida bem íngreme, o que pode desanimar muita gente. Mas o restante é em terreno totalmente plano, o que ajuda a recarregar as energias até a cachoeira. A cachoeira tem 420 metros, e é a maior em queda livre de todo o Brasil. Para nossa infelicidade, no dia que fomos o tempo fechou feio, com direito a chuva e tudo mais. A vista da cachoeira ficou comprometida. Mas voltaremos aqui ainda. No caminho, é possível avistar o Morrão.
- Gruta Azul e Gruta da Pratinha: são duas cavernas localizadas em uma propriedade particular, muito próximas uma da outra. Para nosso azar, quando fomos o tempo estava nublado, o que não ajudou na visita à Gruta Azul, famosa pela coloração das suas águas. Não é permitido entrar na caverna. Já a Gruta da Pratinha está aberta para mergulho livre, desde que você pague a taxa cobrada pelo administrador do local. Os guias te acompanharão no mergulho. Nós não fizemos, mas quem fez diz que vale a pena.
- Poço e Garganta do Diabo: bonita cachoeira localizada às margens da BR 242, de fácil acesso, e com um poço muito bom para banhos. Nesse local, fica o Zé América, guia da região, que faz rapel e tirolesa na cachoeira pela módica quantia de R$ 15,00. Vale a pena.
Mucugê: localizada ao sul do parque, a 150 km de Lençóis, é mais uma cidade da época mineradora da região. Também oferece boa infraestrutura aos turistas. Os locais que merecem visita:
- Poço Encantado: um maravilha da natureza: um poço que fica dentro de uma gruta. Quando os raios solares entram por uma abertura na lateral da gruta e entram na água, formam um incrível efeito de água azulada, graças à composição química da água, rica em calcário. Paga-se para entrar. Mas vale a pena. É um lugar único!
- Cachoeira das Andorinhas e do Funil: duas belas cachoeiras. A trilha que leva até elas tem quase 7 km. Você segue para a Andorinhas e depois, indo pelo leito do rio, passa pelas
- 7 Quedas, até chegar à cachoeira do Funil, que tem um poço muito grande e calmo. Ótimo para banhos.Trilha até Igatu: esta trilha sai da estrada que liga a BR 242 até Mucugê e servia para produção e escoamento da produção de diamantes da região. No caminho, várias ruínas dos locais onde existiam os garimpos. Tem aproximadamente 6 km e vai até a vila de Igatu.
- Cachoeiras do Rio Paraguaçu: este é o maior rio inteiramente baiano. Nasce na chapada (assim como 80% dos rios da Bahia) e deságua no recôncavo baiano. Tem várias cachoeiras durante todo o trajeto e em alguns pontos você encontra restaurantes à beira-rio.
- Cachoeiras do Rio Roncador: este rio serve para a ligação entre Mucugê e Lençóis. A trilha que leva até o rio pode ser feita de carro (desde que seja 4x4). Algumas cachoeiras e piscinas naturais podem ser encontradas pelo caminho. Você também pode alugar um barco e ir remando até a vila de Remanso, próxima à cidade de Lençóis.
- Cemitério Bizantino: coisa de coronel. Algum coronel maluco (e que gostava de história mundial) resolveu imitar o estilo Bizantino e fez na cidade de Mucugê um cemitério que é único na América Latina. Os túmulos tem uma mistura de estilos bizantino, gótico e romano. Vale a visita.
Links para a Chapada Diamantina:
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