Chapada dos Guimarães/MT
O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães localiza-se no centro do estado do Mato Grosso (atenção, é o Mato Grosso de cima, não o do Sul) a aproximadamente 80 km da capital, Cuiabá. O parque pertence ao município de Chapada dos Guimarães, tem aproximadamente 33 mil hectares e foi criado em 1989.
Muitas das áreas do parque ainda não foram indenizadas pelo IBAMA aos seus proprietários, o que impede a visita de certos trechos. A chapada é um grande degrau que separa o planalto central brasileiro e a planície pantaneira, o que é comprovado quando você percebe que quase todos os rios da região correm em direção ao Pantanal. Devido ao fato de aqui também se localizar o Centro Geodésico da América do Sul, que é o ponto central da América do Sul, muitas lendas e misticismo fazem parte da região, considerada como um ponto de passagem e até mesmo de estacionamento de OVNIs. É ver pra crer! Dentre os vários pontos que visitamos, vale destacar:
- Cachoeira do Véu da Noiva: com certeza é o ponto mais conhecido do local. Realmente é um dos mais belos locais da chapada, com sua enorme queda de mais de 80 metros de altura. Como fomos na época da cheia e o volume do rio estava bem maior que o normal, o barulho da água caindo era muito alto e muito gostoso de se ouvir. Ecoava por todo o vale formado após a queda.
- Trilha das Cachoeiras: seguindo à esquerda no mirante do Véu da Noiva, você entra em uma trilha que acompanha todo o trajeto do rio Sete de Setembro, passando pelas cachoeiras Sonrisal, Hidromassagem, Pulo, Degrau, Prainha, Andorinhas e Independência. De todas, entramos na do Sonrisal, Prainha e Andorinhas. As maiores são a das Andorinhas e Independência. Durante todo o trajeto do rio, várias piscinas naturais são formadas, o que possibilita banhos mais relaxantes e calmos. Esse rio é o mesmo que passa pela Casa de Pedra.
- Caverna Aroê-Jari: também conhecida como "Caverna do Francês", é a segunda
- maior caverna de arenito do Brasil, com 1.400 metros de extensão. Localiza-se a aproximadamente 45 km da cidade, após o Centro Geodésico. Seu nome se origina de um termo indígena Xavante, "Morada das Almas", pois os índios utilizavam a caverna para rituais. Se você já visitou alguma caverna de origem calcária, vai se decepcionar, pois não existem formações nos salões. Lagoa Azul: nascente de água próxima à Caverna Aroê-Jari, possui uma piscina natural com água azul cristalina que reflete nas paredes da gruta. Como fomos no verão, o visual não foi muito animador. Segundo os guias, a melhor época do ano é Julho/Agosto, quando o Sol incide diretamente sobre a água, criando um visual melhor.
- Centro Geodésico: localizado no caminho para a Caverna Aroê-Jari, é um grande mirante onde tem-se uma das melhores vistas de toda a planície pantaneira, com a cidade de Cuiabá enfeitando o cenário. No mirante, existe um
- pequeno marco indicando o Centro Geodésico da América do Sul, que é o ponto equidistante entre os oceanos Atlântico e Pacífico. No lado direito, existe uma trilha que desce até um outro pequeno mirante. Siga por essa e depois por mais 2 trechos de trilha para chegar no ponto mais bonito do mirante, com uma vista espetacular dos paredões da chapada. Não esqueça a máquina! À noite, este local é mais frequentado por casais de namorados, procurando um pouco de "privacidade"... Morro de São Jerônimo: um dos pontos mais altos da chapada, com cerca de 1.005 metros, propicia uma das mais belas visões da planície pantaneira e dos paredões da chapada dos Guimarães. Para chegar, entre no parque nacional e siga as indicações das placas. Ao final da trilha, você tem que deixar o carro e iniciar a caminhada, leve. Ao pé do morro, a trilha fica um pouco mais difícil, e num próximo momento, fica perigosa. Sugiro o acompanhamento de um guia da região. Mas não deixe de visitar. No caminho, procure pela Pedra Furada, o Jacaré de Pedra, o Totem, a Mesa de Sacrifícios e outras formações bastante interessantes nas pedras da região.
- Cidade de Pedra: com certeza é o passeio que você não pode deixar de fazer.
- É a paisagem que mais vai ficar na sua cabeça quando você lembrar da sua viagem. Você vai seguir pela parte de cima da chapada até a beirada de uma sequencia de paredões, próximos à região da Salgadeira. O visual é fantástico, com as cores do arenito fazendo um contraste com a vegetação do local. Abaixo você vê a planície, com os rios cercados de mata ciliar e as grandes veredas. Para nosso azar, o tempo fechou um pouco e não pudemos ver o por-do-sol. Mas programe sua visitação para o final de tarde. Ainda na área, procure pelo Paredão do Eco, onde você vai poder ouvir o eco de sua voz inteirinho!!! Isso mesmo, a palavra que você gritar vai voltar inteira, cerca de 4 ou 5 segundo depois. Demais! Complexo da Salgadeira: ponto de forte fluxo turístico, sempre cheio. Devido a isso, a sujeira já toma conta, bem como os vendedores ambulantes. Não vale a visita.
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