São Luiz do Paraitinga/SP

São Luiz do Paraitinga é uma pequena cidade localizada no meio da estrada que liga Taubaté à Ubatuba, a Rodovia Oswaldo Cruz. Com cerca de 10 mil habitantes, é a cidade com o maior conjunto arquitetônico preservado de todo o Estado de São Paulo, com 90 casas e sobradões da época colonial (séculos XVIII e XIX). Todo esse patrimônio

histórico já foi tombado pelo estado, e é imperdível, pois é um retrato fiel da época áurea dos barões do café no estado. A cidade era utilizada como ponto de apoio no caminho para o porto de Ubatuba. Com o tempo, o porto foi substituído em importância pelo Porto de Parati e a cidade ficou "parada" no tempo. Hoje, se empenha em conservar seus costumes e tradições.

São famosas as festas da Cidade, principalmente o Carnaval e a Festa do Divino. O carnaval aqui acontece uma semana antes da festa oficial e é mantido dentro dos costumes originais, onde não se toca sambas nem axés, somente marchinhas de carnaval, com grande movimento nas ruas da cidade. A Festa do Divino acontece em Junho e é considerada a festa mais importante da cidade, quando tudo praticamente para. A festa dura 10 dias, mas os dois últimos, sempre um sábado e domingo, são os mais animados e importantes, com apresentações de grupos folclóricos na praça principal da cidade.

Além disso, a cidade oferece os seguintes pontos de interesse:

    • Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Santa Virgínia: Ocupando uma boa parte da área do município, o parque é uma das maiores áreas de proteção ambiental do país. Fica no kilômetro 78 da rodovia Oswaldo Cruz e se estende desde o litoral norte, na divisa com o Rio de Janeiro, passando por Cunha, e seguindo até o litoral sul do estado. Dá pra perceber que o governo de São Paulo está fazendo um bom trabalho de preservação em todas essas
    • áreas, quando caminhamos pelo parque e vemos que muito da mata está preservada, os palmiteiros estão sendo expulsos e vigiados atentamente, sendo até obrigados a fazer o replantio de árvores. O acesso ao parque é controlado e as visitas devem ser agendadas pelo telefone (12) 3671-9159. Sem agendamento, não adianta aparecer por lá. Para maiores informações sobre o parque, visite o site oficial da Secretaria do Meio Ambiente.Dentro do parque, existem algumas trilhas que podem ser feitas com acompanhamento de guias. Nós fizemos a trilha da Pirapitinga, nome em referência a uma espécie de peixe que aparece por aqui. A trilha tem 5,5 km, fácil e muito bonita, passando por dentro da mata e seguindo pelo rio Paraibuna. Algumas cachoeiras fazem parte do trajeto (cachoeira das Andorinhas, do Ipiranga, Ponte de Pedra e outras) e em alguns lugares é possível o mergulho. Dentro do parque também há a trilha do Poço do Pito, que leva até a cachoeira de mesmo nome. Nós não fizemos por falta de vagas com os guias (daí a necessidade de se reservar). Tem 8 km e, segundo nos disseram, é bem fácil também. Cachoeira Grande: Localizada no kilômetro 22 da estrada para Lagoinha, essa queda de 40 m de altura termina no Rio Faxinal. O local é particular e é cobrado uma taxa de R$ 2,00 por pessoa para o acesso à cachoeira. Foi construído um restaurante ao lado do lago da cachoeira, com deck, onde você pode ficar observando a queda. Não é necessário dizer que fica cheio, mas ainda assim é um passeio recomendado. No dia que fomos, havia um grupo de São José dos Campos fazendo rapel da cachoeira e cobrando a bagatela de R$ 10,00 pra quem quisesse descer, em duplas, com o instrutor.
    • Alto do Cruzeiro: é um mirante que fica no ponto mais alto da cidade, junto com antenas de retransmissão. De carro, o acesso é bem fácil e se tem uma bela vista da cidade e de toda a região. Pra chegar lá, basta se orientar pelas antenas, pois dá pra se avistar o morro de toda a cidade.
    • Capela Nossa Senhora das Mercês: É uma das primeiras construções da cidade, está atualmente fechada
    • para visitação e um pouco deteriorada por fora. Fica ao lado do Hotel Barão. Construída em taipa do fim do século XVII, conserva ainda as características da época. Os sinos são originais, bem como os detalhes no interior da capela: o altar em madeira, a imagem da Santa e os escudos que figuravam nas armas de Portugal na época do Brasil colônia. Ao lado da capela, está a ladeira das mercês, composta por pedras retiradas do Rio Paraitinga, feita pelos escravos. Compõem a ladeira um painel de pintura em azulejo e o Chafariz que integra o Projeto Resgate da Memória. Igreja do Rosário: Fácil de vê-la na cidade, devido a seu estilo meio gótico, contrastando com as construções barrocas da cidade. Foi construída no Séc. XIX em taipa sobre alicerce de pedras da região. Na lateral direita a Igreja é cercada por um muro de pedra de pedras construído por escravos. Hoje compõe o Largo do Rosário uma praça e um Chafariz, com monumento em homenagem ao teatro. Antiga matriz da cidade, a igreja está fechada para visitações públicas, o que acaba escondendo seu belo interior, cheio de afrescos. Os vitrais e a bela fachada, no entanto, podem ser apreciados pelos visitantes da cidade. No fundo da igreja estão os túmulos de figuras importantes da cidade, como o Barão de Paraitinga.
    • Igreja Matriz de São Luís de Tolosa: É a igreja da praça principal da cidade, foi construída no século XIX, teve sua última reforma em 1930. O antigo mercado, que funcionava em frente à igreja, foi transformado em praça e tornou-se o cenário dos principais festejos da cidade. A nave principal conserva muito das pinturas originais da igreja.
    • Mercado Municipal: Em forma de quadrado, o Mercado Municipal foi construído em 1835 para substituir o antigo mercado, que funcionava onde foi construída a praça principal da cidade. Reúne diversas lojas do comércio local. É um dos melhores locais para se encontrar amostras do artesanato da cidade e pra se comer o "Afogado", o prato típico da região.
    • Casa Dr. Oswaldo Cruz: Assim é conhecida e chamada a antiga Casa Residencial da Família do Dr. Oswaldo Cruz. Médico Higienista e Cientista, nascido aqui em 05 de Agosto de 1872. Foi Posto de Saúde Pública, além de outras utilizações de interesse público como abrigo e acolhimento de famílias flageladas por ocasião das enchentes do Rio Paraitinga. Foi transformada em Museu com acervo que retratará o período de riqueza local. Livros raros e documentos pertencentes ao Instituto Literário Luizense, coleção de jornais locais e regionais do século XIX, coleção de fotografias antigas da cidade, porcelanas e objetos da arte sacra.

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