Os jogos de basquete de rua são muitas vezes embalados pela música, especificamente o Rap.
Essa ligação vem provavelmente desde a origem do esporte, que são as periferias das grandes cidades dos Estados Unidos.
Por essa forte relação com o Rap e pela função social, o Basquete de rua é considerado por muitos como o 5° elemento do Hip hop.
Num caldeirão de misturas, o basquete de rua não é só uma modalidade esportiva, é, antes de tudo, um movimento. O que era um simples prazer da cultura Hip Hop, ganhou força e identidade, assim como o grafite, o rap e o break.
Nos eventos, o rap é presença garantida. Os atletas não dispensam dribles espetaculares que “desconcertam” os adversários, sem contar com o narrador ( MC), que além de entreter e chamar a atenção do público, dita o ritmo da partida com a cadência da música.
Sempre presente nos eventos de Hip Hop, o espaço para a prática do esporte ficou pequeno, tamanha a popularidade. Foi por isso que, em 2004, a Central Única das Favelas (CUFA), criou a LIBBRA, Liga Brasileira de Basquete de Rua. As disputas passaram, então, a fazer parte do calendário nacional. Mas foi só em 2005 que se tornou oficialmente um campeonato. Reconhecida pela Confederação Brasileira de Basquete, a LIBBRA conta hoje com a participação de equipes de todos os estados do país.
A rapper Nega Gizza, uma das fundadoras da CUFA e presidente da LIBBRA, se entusiasma quando fala do esporte:
- Eu gosto mesmo é de acompanhar essa fase na história social, cultural e esportiva do basquete de rua dentro da sociedade – diz.