n. 91 - 15 de dezembro de 2023

ENTRE PÁGINAS E TELAS NA BIBLIOTECA.

A relação entre literatura e cinema é uma união encantadora, na qual as palavras dançam nas páginas de um livro e ganham vida nas telas do cinema. Esse casamento harmonioso entre duas formas distintas de arte tem encontrado um lar acolhedor nas bibliotecas, onde as histórias se desdobram tanto nas palavras impressas quanto nas imagens em movimento.

As bibliotecas, tradicionalmente associadas apenas aos livros, têm ampliado suas fronteiras para incorporar os diferentes meios de informação. E não seria diferente com o mundo cinematográfico. O que muitos consideravam como formas de expressão independentes têm se mostrado, na realidade, complementares e enriquecedoras quando unidas. Nas estantes, os romances convivem agora com suas versões cinematográficas, proporcionando aos leitores e espectadores uma experiência que transcende as limitações de cada meio.

As adaptações literárias para o cinema não apenas ampliam o alcance das histórias, mas também proporcionam uma entrada acessível àqueles que podem achar a leitura desafiadora. As bibliotecas abraçam essa diversidade de meios, reconhecendo que a literatura e o cinema são formas complementares de contar histórias que atendem a públicos diversos.

Além de simplesmente abrigar livros, DVDs e assinaturas, as bibliotecas modernas têm promovido eventos que celebram essa simbiose entre literatura e filme. Clubes de leitura que exploram obras e suas adaptações cinematográficas, sessões de exibição de filmes seguidas de discussões literárias e até mesmo festivais que destacam a interseção entre as duas artes têm se tornado parte integrante da programação bibliotecária.

Portanto, ao abrir suas portas para as narrativas que transcendem a página para a tela, as bibliotecas não apenas adaptam-se, mas também enriquecem a experiência do leitor e do espectador. Elas se tornam o epicentro de um diálogo entre literatura e cinema, oferecendo um refúgio onde as histórias podem ser exploradas, discutidas e apreciadas em toda a sua riqueza multidimensional.


Fique de olho nas notícias do país:


Em novembro, programação do Cinema na Biblioteca celebra o Dia da Consciência Negra. 

Disponível em: https://cotia.sp.gov.br/em-novembro-programacao-do-cinema-na-biblioteca-celebra-o-dia-da-consciencia-negra/

Na Biblioteca, Cineteca realiza últimas sessões de 2023 neste sábado. 

Disponível em: https://sampi.net.br/piracicaba/noticias/2802531/cidade/2023/11/na-biblioteca-cineteca-realiza-ultimas-sessoes-de-2023-neste-sabado 

Biblioteca Central inicia mostra semanal de filmes às quintas-feiras. Entrada gratuita. 

Disponível em: https://www.ufes.br/conteudo/biblioteca-central-inicia-mostra-semanal-de-filmes-quintas-feiras-entrada-gratuita

Biblioteca Pública exibe filme de cineasta queniana e promove roda de conversa sobre cultura negra. 

Disponível em: https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Biblioteca-Publica-exibe-filme-de-cineasta-queniana-e-promove-roda-de-conversa-sobre

Biblioteca Mário de Andrade exibe curtas selecionados por edital na Mostra Wallace Leal neste sábado (21).

 Disponível em: https://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/cultura/biblioteca-mario-de-andrade-exibe-curtas-selecionados-por-edital-na-mostra-wallace-leal-neste-sabado-21

Indicações de leitura

Disponíveis nas bibliotecas da Rede SESI/SENAI 

Um corpo na biblioteca.


Referência: CHRISTIE, Agatha. Um corpo na biblioteca. Porto Alegre: L&PM, 2017. 208 p. ISBN 9788525433466. 


Descrição geral: “Oh, que coisa horrível, há um corpo na biblioteca.” Christie, (2017, p. 10).

 

Que leitor não gosta de um bom mistério em uma biblioteca? Publicado em 1942, “Um corpo na biblioteca” é um livro em que a quietude de uma biblioteca particular é abruptamente quebrada pela descoberta de um corpo desconhecido. A intrigante trama desvela-se quando a Sra. Bantry, dona da casa, busca auxílio da astuta detetive amadora Miss Marple. Entre páginas e segredos, Miss Marple desenterra mistérios obscuros, revelando complicadas conexões familiares e enigmas cruzados. A aparente serenidade da vítima se desfaz, revelando um mundo de sombras. Com perspicácia afiada, Miss Marple desvenda verdades ocultas, deixando os leitores imersos em suspense, enquanto a genialidade de Agatha Christie tece uma teia irresistível de intrigas, mostrando mais uma vez a genialidade da autora na escrita de mistérios e suspenses.

Fonte: Amazon. https://www.amazon.com.br/Um-corpo-biblioteca-Agatha-Christie/dp/8525433462 

Livro infantojuvenil

Mau começo.


Referência: SNICKET, Lemony. Mau começo. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 148 p. (Desventuras em série ; 1). ISBN 9788535900941. 

 

Descrição geral: “Se vocês se interessam por histórias com final feliz, é melhor ler algum outro livro” - Snicket, (2001, p. 9).

 

Publicado originalmente em 1999, "Mau Começo" é o primeiro volume da série "Desventuras em Série" de Lemony Snicket, que narra a desafortunada vida dos órfãos Baudelaire. Após perderem os pais em um misterioso incêndio, Violet, Klaus e Sunny enfrentam uma sucessão de infortúnios. Enviados para o terrível guardião Conde Olaf, um vilão disfarçado, os irmãos Baudelaire lutam para desvendar segredos familiares enquanto tentam escapar das ciladas engenhosas de Olaf. A narrativa, repleta de humor sombrio e reviravoltas, mergulha os leitores em uma trama intrigante e cativante. É uma leitura leve, corrida e ao mesmo tempo detalhada e desafortunada. Vale ressaltar, como curiosidade sobre a trama, que a figura da biblioteca é um elemento muito presente na narrativa de quase todos os livros da série, sendo um porto seguro de conhecimento, aconchego e descobrimento para os irmãos Baudelaire e a família como um todo. 

Fonte: Amazon. https://www.amazon.com.br/Mau-come%C3%A7o-Lemony-Snicket/dp/8535900942 

Fahrenheit 451.

Referência: BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451: a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima. 2 ed. São Paulo: Globo, 2012. 216 p. ISBN 9788525052247.

 

Descrição geral: “Queimar é um prazer” - Bradbury, (2012, p. 23).

 

Imagine uma época em que os livros configuram uma ameaça ao sistema, uma sociedade onde eles são proibidos. Para exterminá-los, basta chamar os bombeiros - profissionais que outrora se dedicavam à extinção de incêndios, mas que agora são os responsáveis pela manutenção da ordem, queimando publicações e impedindo que o conhecimento se dissemine como praga. Para coroar a alienação em que vive essa nova sociedade, as casas são dotadas de televisores que ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem "famílias" com as quais se pode dialogar, como se estas fossem de fato reais.

Este é o cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que atravessa uma séria crise ideológica. [...]

Com seu lançamento em 1953, um clássico de Ray Bradbury, Fahrenheit 451 é não só uma crítica à repressão política mas também à superficialidade da era da imagem, sintomática do século XX e que ainda parece nos esmorecer.

Adaptado de: PINTO, Manuel da Costa. [Orelha do livro]. In BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451: a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima. 2 ed. São Paulo: Globo, 2012. 216 p. ISBN 9788525052247.

Como recomendação para ilustrar esses absurdos descritos na obra, recomendo também o filme Fahrenheit 451, de 1966, do diretor François Truffaut (mesmo que Bradburry não goste que adaptem/mudem suas obras).