Dia Internacional das Vítimas do Holocausto - 2019/2020

Dia Internacional das Vítimas do Holocausto


No dia 27 de janeiro, o Clube Europeu em colaboração com a professora Sandra Sousa, de História, realizou uma exposição, que relembrou as vítimas do holocausto, não apenas as vidas dos milhões de judeus, mas as de todos aqueles que, pelas suas origens, crenças, orientação sexual, condições físicas e opções políticas foram perseguidos. Também relembrou os milhões de prisioneiros de guerra mortos pela fome, pela doença, pelo trabalho forçado durante a 2ª Guerra Mundial nos campos de concentração nazis. Não se sabe ao certo, quantas foram as vítimas desta “barbárie humana”, porém o que sabemos é que os nazis eram antissemitistas, pois partiam do pressuposto que a raça alemã era superior e que devia dominar o Mundo.

O que foi o Holocausto??

Na Alemanha, em 1933 deu-se o início da perseguição aos judeus, com estes a serem proibidos de integrar o ensino, o exército e a exercer cargos na administração pública e os seus negócios a serem boicotados. Mais tarde, as lojas e as sinagogas foram destruídas, os judeus alemães privados da sua nacionalidade, proibidos de frequentar espaços públicos, não podiam votar ou ocupar cargos políticos. Em 1941 iniciou-se um plano designado por “solução final” da questão judaica ou seja a erradicação total dos judeus da Europa. Propunha que todos os judeus que não pudessem trabalhar para os nazis seriam mortos imediatamente, e os que estivessem aptos seriam forçados a trabalhar até que a exaustão os matasse. Contudo não foram apenas os judeus vítimas do terror nazi. Todos os que eram considerados opositores ao regime ou “inferiores” (deficientes mentais, doentes, velhos, ciganos, homossexuais) eram encaminhados para as câmaras de gás para morrerem imediatamente.

Quem foi Anne Frank?

Anne Frank (1929-1945) foi uma jovem judia vítima do nazismo. Morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, deixando escrito um diário, que foi publicado por seu pai, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz (Polónia).

Anne Marie Frank nasceu em Frankfurt, Alemanha, no dia 12 de junho de 1929. Filha dos judeus, Otto Frank e de Edith Holländer Frank, em 1933, saiu da Alemanha com a família, para fugir das leis de Hitler contra os judeus.

A família emigrou para a Holanda, onde o seu pai exerceu o cargo de diretor administrativo de uma empresa que fabricava produtos para fazer geleia. Anne e a irmã Margot estudaram na escola Montessori e depois foram para o Liceu Israelita.

Em maio de 1940, a Holanda foi invadida pelos nazis e começaram as restrições contra os judeus com uma série de decretos antissemitas: deviam usar uma estrela amarela de identificação e eram submetidos a diversas proibições, como andar de autocarro, de frequentar teatros, cinemas ou qualquer outra forma de diversão.

Quando completou 13 anos de idade, Anne Frank ganhou um diário e nesse mesmo dia começou a escrever o seu quotidiano.

No dia 9 de julho de 1942, para não ser presa, a família de Anne Frank mudou-se para um esconderijo, com mais quatro judeus, nos fundos da fábrica onde o seu pai trabalhava. A família permaneceu no esconderijo até 4 de agosto de 1944.

Anne Frank relatou no seu diário os conflitos de uma adolescente e a tensão de viver escondida sobrevivendo com a comida armazenada, a ajuda recebida de amigos, o sofrimento da guerra, os bombardeios que aterrorizavam a família, e a possibilidade de o “anexo secreto” ser descoberto e serem mortos a tiros pelos nazis.

Na manhã de 4 de agosto de 1944, o esconderijo onde se encontrava a família de Anne Frank foi invadido pela Gestapo e as oito pessoas foram levadas para uma prisão em Amsterdão, depois foram transferidos para Westerbork, um campo de triagem. No dia 3 de setembro foram deportados e chegaram a Auschwitz. A sua mãe morreu neste campo de concentração, de fome e de exaustão. Anne e sua irmã foram levadas para Bergen-Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha). A epidemia de tifo que assolou o local no inverno e resultou em terríveis condições de higiene, matou milhares de prisioneiros, inclusive Margot, e alguns dias depois, Anne.

Anne Frank faleceu em Bergen-Belsen, Alemanha, provavelmente em 12 de março de 1945, com apenas 15 anos de idade.