Dia Internacional das Vítimas do Holocausto - 2020/2021

Campo de concentração nazi - Auschwitz (Polónia)

Dia Internacional das Vítimas do Holocausto


No dia 27 de Janeiro,comemorou-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, este dia assinala o aniversário da libertação do campo de Auschwitz- Birkenau, em 1945. Como sublinha a assembleia geral, esta comemoração destina-se ainda a promover o ensino sobre o Holocausto, para não se esquecer as atrocidades do passado e para prevenir o risco de futuros genocídios.

Idênticas preocupações tinham levado à criação das Nações Unidas. Assim, a organização marcou o início da sua ação com a adoção da Convenção de Prevenção do Genocídio e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, determinada a lutar contra a impunidade e a combater “o desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos que haviam conduzido a atos de barbárie que revoltam a consciência da humanidade”

Este ano, a comemoração desta data acontece sob a sombra da pandemia da covid-19, que exacerbou as injustiças e divisões de longa data e causou uma nova onda de ódio e antissemitismo.

Nas palavras do secretário-geral das Nações Unidas, “o antissemitismo é a forma mais antiga, mais persistente e enraizada de racismo e perseguição religiosa no mundo” e encontrou a sua forma mais atroz no Holocausto.

A revolta universal contra este crime, seguida da fundação da ONU e da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, prometia o fim do ódio. Mas o antissemitismo não acabou.

Depois de décadas na sombra, as ideias racistas e xenófobas voltam a ganhar terreno, desta vez à boleia da pandemia de covid-19. Nos últimos tempos, temos assistido à negação, distorção e minimização do Holocausto. O racismo está a organizar-se por todo o mundo e a recrutar além das fronteiras, promovendo valores desumanos.

Face à ascensão de movimentos extremistas nacionalistas, o secretário-geral da ONU lembra que 2021 deve ser um ano de cura. Não só da cura da pandemia, mas também da cura das nossas sociedades polarizadas, nas quais o ódio se enraizou com demasiada facilidade.

Estes valores têm sido promovidos ao longo dos anos. Mas os perigos espreitam em cada momento. Bastará recordar a situação trágica dos cerca de 80 milhões de refugiados e deslocados, 40% dos quais crianças, que no passado recente se viram forçados a abandonar as suas comunidades para escapar à guerra, à perseguição ideológica, étnica ou religiosa, e ao abuso dos seus direitos.

Neste sentido, o Clube Europeu resolveu juntar-se a esta nobre causa. Por isso, realizaram um pequeno vídeo, compactuando, com o sentimento de partilha, amizade, amor, justiça e paz. É através do Passado, que compreendemos o Presente, e conseguimos modificar o Futuro. A história mostra que aqueles que minam a verdade acabam por se minar a si próprios. Mesmo não existindo uma vacina contra o antissemitismo e a xenofobia, a nossa melhor arma continua a ser a verdade”, lembra António Guterres, apelando a uma ação global para combater a propaganda e a desinformação.



O que aconteceu não pode ser desfeito, mas podemos impedir que volte a acontecer”.

Anne Frank.


Conhecer e preservar a memória do Holocausto é fundamental para evitar os perigos do ódio, da intolerância e do racismo. E para construir um mundo justo, inclusivo e solidário onde os direitos humanos não sejam o luxo de alguns, e onde a indiferença e a banalização de violações de direitos fundamentais não possam ter lugar.