Reflexões dos alunos (2 de junho a 8 de junho)

A pandemia COVID-19 modificou as nossas vidas e a sociedade em geral.

Como nos diz o Papa Francisco, " "Tudo será diferente após esta pandemia global da qual a humanidade poderá sair “melhor ou pior” (...).

Quando sairmos desta pandemia, não poderemos continuar a fazer o que estávamos a fazer, e como estávamos a fazer. Não. Tudo será diferente. (...)

Das grandes provações da humanidade, entre estas a da pandemia, nós sairemos melhores ou piores. Não é a mesma coisa. Pergunto-vos: como querem sair disto? Melhor ou pior?”. (Papa Francisco)

Nesta semana deves refletir sobre:

- Das grandes provações da humanidade, entre estas a da pandemia, nós sairemos melhores ou piores. Pergunto-vos: como querem sair disto? Melhor ou pior? Porquê? Como? Quais as mudanças positivas e as mudanças negativas?

Gonçalo Barcia, 16 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal

Esta pandemia mudou o mundo, e todas as pessoas, nem que seja um pouco, nem que seja negativamente, a mim mudou me para melhor e consegui tirar coisas positivas.

Apesar deste vírus ter matado pessoas e criar tristeza em várias famílias, eu consegui tirar, apesar de serem pequenas, coisas positivas para mim próprio como ter mais paciência, haver mais união e entreajuda na minha família e também ter mais organização e horários definidos para estudar.

Espero que esta pandemia tenha tido algum efeito nas pessoas quanto mais não seja ajudar mais as pessoas ou respeitar mais as regras que lhes são impostas.


Ariana Couto, 16 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal


Beatriz Maia, 16 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal

A pandemia mudou, e está ainda a mudar, a sociedade um pouco por todo mundo.

Na minha humilde e pouco importante opinião, já acreditei mais que após a pandemia o mundo conseguisse progredir.

Mas agora que tudo começa a regressar ao novo normal, começo a acreditar cada vez menos. Isto porque, tudo o que de incorreto acontecia no mundo, como a falta de solidariedade de muitos, o desprezo ambiental de outros, a violência, entre outros, continuam a acontecer. Digo isto porque são já muitas as praias e beiras marítimas, cheias de máscaras e luvas descartáveis, que demonstram que muitas pessoas não conseguiram perceber através da incrível diminuição dos níveis de poluição durante o confinamento, que a culpa da situação do nosso mundo é nossa, dos humanos.

Por outro lado, durante estes meses não houve tempo para algumas pessoas pensarem em cultivarem mais o amor e menos a guerra e a violência. As manifestações que assolam o mundo devido à morte de George Floyd por um polícia devido à sua cor de pele, efetivamente, na minha opinião, deveriam acontecer, uma vez que atos racistas como este não podem ser esquecidos, mas não é necessária toda a violência que tem acontecido. Ainda para mais logo após este tempo de paragem “que o mundo nos deu” para pensarmos e tomarmos consciência das nossas ações.

O mundo precisa de mais amor e solidariedade!

Só assim chegaremos a bom porto!

Fernando Monteiro, 16 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal

Olá, hoje irei pensar sobre a maneira como iremos sair desta pandemia enquanto seres humanos. Espero que quando tudo isto terminar possamos realmente mudar as nossas atitudes, possamos realmente ser pessoas melhores.

Com esta experiência que nos tem testado a todos nós, podemos retirar várias lições e realmente melhorar muito enquanto seres humanos. Penso que neste tempo em que fomos obrigados a ficar fechados em casa pudemos mudar completamente a maneira como valorizamos as coisas. Suponho que começamos então a perceber aquelas coisas que são realmente importantes, o que importa não é o termos a melhor roupa, o melhor telemóvel, o ir aos sítios mais caros, o viajar muito ou o chegarmos todos os dias à escola ou local de trabalho com uma coisa nova todos os dias. Muito pelo contrário, o que realmente interessa é pudermos ter uma família e um grupo de amigos que nos apoia nestes momentos de dificuldade. É também extremamente importante o simples facto de pudermos sair de casa apenas para apanhar ar fresco, o termos até uma casa e acesso aos bens essenciais a que muitas pessoas não puderam ter neste tempo de grande adversidade.

Espero também que todos nós comecemos a atuar pelo os outros, a dedicar o nosso tempo para os ajudar, tal como muitas pessoas que neste tempo de confinamento eram obrigadas a ficar longe das suas famílias apenas para que a sociedade continuasse a funcionar, apenas para que não faltasse nada a nenhum de nós.

Por fim, acho que também iremos mudar a maneira como vemos a nossa posição na Natureza, espero eu que tenhamos compreendido que este mundo não é apenas nosso e que enquanto seres com capacidade racional devemos também cooperar todos para a manutenção deste nosso planeta.

Gonçalo Pinto, 16 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal

Todos sabemos que após algo tão devastador como esta pandemia nada voltará a ser como era e muito irá mudar. Poderemos sair disto melhores ou piores, mas isto só o tempo dirá.

Como é obvio eu gostaria de sair desta pandemia o melhor possível a todos os níveis, tanto como pessoa, como a nível emocional, intelectual… Gostaria igualmente que o mundo inteiro saísse desta pandemia o melhor possível pois, por exemplo, após algo como esta situação que nos faz tanto refletir e pensar nos nosso atos e ações, eu acho que o melhor é que todos saiam desta pandemia melhores como uma forma de agradecer por ainda estarem vivos.

Sei que vai ser difícil para muitos mais afetados recuperar, como para outros será fácil pois pouco perderam, mas acredito que o mundo após grandes pandemias, como a peste negra, se restruturou em algo melhor, também o fará agora melhorando tanto quanto os seus habitantes.

André Vale, 17 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal

Após já termos alguma experiência nesta batalha contra o vírus, está claro que já podemos concluir que nada será como dantes, mesmo quando a tormenta passar: o que fazíamos antes será isso mesmo, passado (isto pelo menos até que uma vacina bastante eficaz apareça).

Mas, mesmo que essa vacina apareça e consiga mesmo eliminar este vírus, de qualquer forma há coisas que obviamente são irreversíveis. Há algo que será certo que irá permanecer durante uns bons anos: o medo. E essa será mesmo uma das piores consequências deste vírus, aliada ao desemprego, pobreza e à fome. Mas nem tudo foi mau, criou-se uma onda de solidariedade inimaginável, houve uma união fantástica e um respeito pelas ordens bastante positivo.

Face à pergunta se sairemos melhores ou piores deste vírus, apesar de ainda ser um pouco cedo para ter respostas certeiras quanto a isso, acho que sairemos no cômputo geral melhores: vamos ser mais solidários, unidos, responsáveis, altruístas e até mais comprometidos com as causas existentes. Noutras coisas sairemos piores, a nossa liberdade vai continuar bastante restrita, os velhos hábitos poderão ser irrepetíveis e muita coisa será apenas uma utopia… Mas é com esperança que aguardamos que o melhor cenário aconteça.

Gabriela Marinho, 17 anos, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Santo Tirso, Portugal

Eu quero sem dúvida sair melhor disto, pelo simples facto de querer ser melhor!

Creio que quando sairmos desta situação estarei um pouco diferente do que quando entramos para a mesma: afinal, todos vamos sair um pouco diferentes! É impossível não sairmos diferentes, é impossível não sairmos mudados depois de tudo isto!

Acredito que eu própria fui mudada, essencialmente pela positiva:

Acho que de certa forma me tornei um pouco mais calma e menos ansiosa e preocupada com o que não merece tanta importância. Acho também que passei a dar mais valor aos que me rodeiam, passei a dar mais valor a coisas simples do quotidiano! Acima de tudo, passei a conhecer melhor o amor de Deus por cada um de nós!

Despeço-me, convidando cada um a refletir sobre quais foram as principais mudanças do seu “eu”.