Ditaduras Latino-Americanas
A música e a poesia cantam e recitam as ditaduras latino-americanas.
A música e a poesia cantam e recitam as ditaduras latino-americanas.
Pra Luiza (Fotografias, 1973)
Amo o verde claro que circunda
As pupilas vidas de Luiza
O amarelo ameno em seu cabelo
Ouro, velho, pardo, cobre, feno
Amo o azul, mistério dessa esfera
Onde habita o sol de nossas vidas
Branco, esse amor livre, sem fronteiras
Sonha fecundar a terra inteira
Essa Pequena (Fotografia, 1973)
Essa pequena agora eu sei porque é que ela me amarra
Ela tem medo do berro dos acordes da guitarra
Ela pretende fechar a minha porta com seus grilos
Ela não sabe que versos ninguém pode destruí-los
Essa pequena eu quero trabalhar e ela não deixa
Essa pequena eu quero dar amor e ela se queixa
Ela se engana depois vem censurar minha conduta
Essa pequena não passa de uma vã...
Não tem a mente sã essa pequena
Essa pequena agora eu sei porque é que ela me amarra
Ela tem medo do berro dos acordes da guitarra
Ela tem medo do berro dos acordes da guitarra
A maldita máquina - Tradução (Lorena Campello)
Vou aprendendo a cuidar
Dos que amo
Eu não posso abandoná-los mais
Deixá-los sozinhos não, não, nunca mais
Mensagens nas mãos
Para quem estiver ao meu lado
Lembranças pesadas
Para aqueles que hoje estão distante
Tenho que derreter essa máquina de matar
Tenho que derreter essa maldita máquina de matar
Para que nunca mais volte a destruir
O que fazemos com amor
La Maldita Máquina
Voy aprendiendo a cuidar
A los que quiero
Yo no puedo abandonarlos mas
Dejarlos solos no no nunca mas.
Mensajes en las manos
Para quien este a mi lado
Recuerdos pesados
Para aquellos que hoy esten lejos
Tengo que derretir esa máquina de matar
Tengo que derretir esa maldita máquina de matar
Para que nunca mas nos vuelva a destruir
Lo que hacemos con amor.
Corrupção - (Tradução - Lorena Campello)
Deixe de correr
Olhe para trás
Talvez possa ver
Que sozinho não está, hoje também, eu quero lutar
Vamos mudar
Já não posso mais
Peço, por favor
Que me escute bem, para que, tu possas cantar
Esse sonho que não contas
Essas penas que não gritas
Tantas coisas que você guarda
Tão dentro de ti
Logo verão
Que tenho razão
Quando digo que
Isto terminou, para o bem, de nós dois
Essas penas que não contas
Esse sonho que não gritas
Tantas coisas que você guarda
Tão dentro de ti
Logo verão
Que tenho razão
Quando digo que
Isto terminou, para o bem, de nós dois
Para o bem de nós dois
Corrupcion (Tótem, 1973)
Deja de correr
Mira para atrás
Tal vez puedas ver
Que solo no estas, Hoy también, yo quiero luchar
Vamos a cambiar
Ya no puedo mas
Pido por favor
Que me escuches bien, Para que, tu puedas cantar
Ese sueño que no contás
Esas penas que no gritas
Tantas cosas que guardas tu
Tan adentro de ti
Pronto van a ver
Que tengo razón
Cuando digo que
Esto Termino, Para bien, de nosotros dos
Esas penas que no contás
Ese sueño que no gritas
Tantas cosas que guardas tu
Tan adentro de ti
Pronto van a ver
Que tengo razón
Cuando digo que
Esto Termino, Para bien, de nosotros dos
Para bien, de nosotros dos
Todos Juntos
Há muito tempo que vivo me perguntando
Para que a terra é tão redonda e uma só, nada mais?
Se vivemos todos separados
Para que servem o céu e o mar?
Para que serve o sol que nos ilumina?
Se não queremos nem olhar
Tantas dores que vão nos levando ao final
Quantas noites, cada noite, de ternura que temos que dar
Para que viver tão separados?
Se a terra nos quer juntar
Se este mundo é um e para todos
Todos juntos vamos viver
Todos Juntos (Los Jaivas, La ventana, Todos Juntos, 1972)
Hace mucho tiempo que yo vivo preguntándome
Para qué la tierra es tan redonda y una sola no más?
Si vivimos todos separados
Para qué son el cielo y el mar?
Para qué es el sol que nos alumbra?
Si no nos queremos ni mirar
Tantas penas que nos van llevando a todos al final
Cuantas noches, cada noche, de ternura tendremos que dar?
Para qué vivir tan separados?
Si la tierra nos quiere juntar
Si este mundo es uno y para todos
Todos juntos vamos a vivir
Desaparecimentos
Alguém me diga se viu meu marido
Perguntava a dona
Se chama Ernesto X, tem 40 anos
Trabalha de zelador, em uma loja de carros
Estava de camisa escura e calça clara
Saiu a noite e não regressou
E já não sei o que pensar
Pois isto não tinha acontecido antes
Já tem três dias
que procuro minha irmã
Se chama Altagracia
Igual a avó
Saiu do trabalho para a escola
Estava de jeans e camisa clara
Não foi o namoraado, o tipo está em casa
Não sabem dela na Psn nem no hospital
Alguém me diga se viu meu filho
É pré estudante de de medicina
Se chama Agustín e é um bom garoto
Às vezes é tinhoso quando opina
O detiveram, não sei qual força
Calça clara e camisa listrada
Foi anteontem
Para onde vão os desaparecidos?
Procure na água e nos matagais
E por que é que desaparecem?
Porque nem todos somos iguais
E quando voltam os desaparecidos?
Cada vez que o traz de volta o pensamento
Como se fala ao desaprecido?
Com a emoção apertando por dentro
Clara, Clara, Clara Quiñones se chama minha mãe
Ela é, ela é uma alma de deus
Não se mete com ninguém
E a levaram como testemunha
Por um assunto que não tem mais nada comigo
E fui entregar-me hoje de tarde
E agora dissem que não sabem quem a levou
Do quartel
De noite escutei várias explosões
Putún pata putún pete
Tiros de escopeta e de revolver
Carros acelerados, freios, gritos
Eco de botas na rua
Portas batendo, pratos quebrados
Estava passando a telenovela
Por isso ninguém olhou para fora
Para onde vão os desaparecidos?
Procure na água e nos matagais
E por que é que desaparecem?
Porque nem todos somos iguais
E quando voltam os desaparecidos?
Cada vez que o traz de volta o pensamento
Como se fala ao desaprecido?
Com a emoção apertando por dentro
Dasapariciones (Rubén Blades e Seis del Solar, 1984)
Que alguien me diga si ha visto
A mi esposo preguntaba la doña
Se llama Ernesto X tiene 40 años
Trabaja de celador en un negocio de carros
Llevaba camisa oscura y pantalón claro
Salió anteanoche y no ha regresado
Y no sé ya qué pensar
Pues esto antes no me había pasado
Llevo tres días buscando a mi hermana
Se llama Altagracia igual que la abuela
Salió del trabajo pa' la escuela
Tenía puestos unos jeans y una camisa blanca
No ha sido el novio
El tipo está en su casa
No saben de ella en la PSN, ni en el hospital
Que alguien me diga si ha visto a mi hijo
Es estudiante de pre medicina
Se llama Agustín y es un buen muchacho
A veces es terco cuando opina
Lo han detenido, no sé qué fuerza
Pantalón blanco, camisa a rayas
Pasó anteayer
(¿A dónde van los desaparecidos?)
Busca en el agua y en los matorrales
(¿Y por qué es que se desaparecen?)
Porque no todos somos iguales
(¿Y cuándo vuelve el desaparecido?)
Cada vez que los trae el pensamiento
(¿Cómo se le habla al desaparecido?)
Con la emoción apretando por dentro
Clara, Clara, Clara, Clara Quiñones se llama mi madre
Ella es, ella es un alma de Dios, no se mete con nadie
Y se la han llevado de testigo
Por un asunto que es nada más conmigo
Y fuí a entregarme, hoy por la tarde
Y ahora vi que no saben quién se la llevó del cuartel
Anoche escuché varias explosiones
Tiros de escopeta y de revólveres
Carros acelerados, frenos, gritos
Eco de botas en la calle
Toques de puerta, quejas, por dioses, platos rotos
Estaban dando la telenovela
Por eso nadie miró pa' fuera
(¿A dónde van los desaparecidos?)
Busca en el agua y en los matorrales
(¿Y por qué es que se desaparecen?)
Porque no todos somos iguales
(¿Y cuándo vuelve el desaparecido?)
Cada vez que los trae el pensamiento
(¿Cómo se le habla al desaparecido?)
Con la emoción apretando por dentro