William de Almeida

Mestrado | 2° ano

will.evodevo@gmail.com


Orientador

Marta Margarete Cestari


Coorientador

Taynah Vicari

Avaliação toxicológica de contaminantes emergentes utilizando cultura de células branquiais de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824)

Os alquilfenóis são produtos amplamente utilizados como surfactantes, considerados contaminantes ambientais emergentes. O interesse ambiental sobre o destino destes cresceu substancialmente quando se descobriu que seus metabólitos persistem no ambiente aquático, mesmo após o tratamento de efluentes. Octilfenol e Nonilfenol são exemplos de alguns desses metabólitos. Concentrações destas substâncias foram quantificadas em reservatório de abastecimento público de água, o que pode implicar em efeitos para a saúde dos organismos aquáticos e humana. Diversas metodologias utilizam biomarcadores para estudar os efeitos de contaminantes no ambiente aquático, sendo os peixes os mais utilizados para estes testes. Como forma de propor técnicas de estudo menos invasivas para as espécies, o cultivo celular pode ser uma alternativa in vitro para avaliação toxicológica de compostos químicos no ambiente. Portanto, visando contribuir para a compreensão dos efeitos do Octilfenol e Nonilfenol no ecossistema aquático, a pesquisa objetiva avaliar os efeitos tóxicos destes contaminantes utilizando cultivo celular primário de brânquias de Geophagus brasiliensis que é um ciclídeo nativo de ampla distribuição na América do Sul, tendo populações situadas principalmente no sul do Brasil. O delineamento experimental consistirá da extração dos arcos branquiais e, após estabelecimento da monocamada celular, as células serão expostas a concentrações de 0.73, 1.45, 2.9, 5.8 e 11.16 ng/mL de Octilfenol e 0.44, 0.88, 1.76, 3.52 e 7.04 ng/mL de Nonilfenol. Misturas entre os dois contaminantes também serão testadas para avaliar uma possível interação entre os compostos. Serão utilizados biomarcadores de genotoxicidade; biomarcadores bioquímicos relacionados ao balanço antioxidante, bem como às fases I e II de biotransformação de xenobióticos; além de biomarcadores celulares para quantificação de danos às membranas das células.
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