Ana Paula Corrêa
Mestrado | 1° ano
Efeitos do estresse causado pela alta temperatura no metabolismo de Rhamdia voulezi ( Haseman, 1911)
Efeitos do estresse causado pela alta temperatura no metabolismo de Rhamdia voulezi ( Haseman, 1911)
Alterações climáticas globais, dentre elas, aumento da temperatura média dos ambientes aquáticos causam impactos e geram estresse térmico nos organismos desencadeando aumento da resposta estressora, além de, diminuir o oxigênio dissolvido nesses ecossistemas. Peixes em estado de estresse desencadeiam respostas fisiológicas buscando a homeostase. Essas respostas podem ser mensuradas através de biomarcadores presentes no metabolismo energético e oxidativo dos organismos, além de, poderem ser utilizados para monitorar a qualidade dos ambientes aquáticos. A espécie Rhamdia voulezi é endêmica do Rio Iguaçu e apresenta um forte interesse econômico por possuir resistência a manipulação, fácil alimentação em cativeiro, carne atrativa ao mercado pesqueiro e tamanho relativamente grande. Diante disto, o objetivo do presente trabalho é avaliar a atividade dos biomarcadores antioxidantes e das enzimas do metabolismo energético de carboidratos e de proteínas no coração, musculo e encéfalo de Rhamdia voulezi expostos a choque térmico de 31ºC durante períodos de 2, 6, 12, 24 e 96 horas. Para cada situação experimental animais controle foram mantidos à 21ºC e o número de animais foi 7 por experimento/controle. Os experimentos foram realizados no Centro de Pesquisa e Extensão em Aquicultura Ildo Zago, localizado no município de União da Vitória – PR. As amostras foram fixadas em nitrogênio líquido e serão processadas no Laboratório de Biologia Adaptativa – Departamento de Biologia Celular – UFPR. Hipotetizamos que: a) indivíduos de Rhamdia voulezi expostos ao estresse térmico de alta temperatura apresentaram maior atividade enzimática quando comparadas com o grupo controle ; e b) Os órgãos de Rhamdia voulezi apresentam capacidades metabólicas diferentes frente ao estresse térmico (31°C), sendo que encéfalo e coração apresentam maiores alterações enzimáticas quando comparados com músculos.