Tobias Pereira de Morais

Doutorado | 4° ano

tobias_morais@hotmail.com


Orientador

Ciro Alberto de Oliveira Ribeiro


Coorientador

Flávia Yoshie Yamamoto

Avaliação de desregulação endócrina em peixes do Reservatório de Segredo através de análises químicas integradas ao uso de biomarcadores

Estudos recentes mostraram que o reservatório de Segredo, localizado no Médio Iguaçu, apresentou a existência de fontes difusas de contaminação, que podem estar comprometendo a qualidade da água do reservatório. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade da água do Reservatório de Segredo, no Rio Iguaçu, detectando desreguladores endócrinos presentes na água. Em parceria com o Laboratório LaGPoM da UFPR, estão sendo realizadas análises químicas de POP’s (pesticidas organoclorados, PCB’s e PBDE’s). Além disso, análises de biomarcadores histopatológicos em gônadas, detecção dos níveis plasmáticos de vitelogenina (vtg) e estradiol em Rhamdia quelen e Oreochromis niloticus mantidas em tanques redes por 6 meses em diferentes períodos do ano e Oreochromis niloticus mantida por 12 meses no reservatório. Outras espécies nativas coletadas também estão sendo utilizadas no estudo. Está sendo produzido um antissoro (IgY) contra a proteína em gema de ovo de galinhas imunizadas para sua posterior purificação e a expressão de vtg em amostras de plasma. Os resultados preliminares demonstraram que o ponto Iratim (IR) apresentou as maiores concentrações de POP’s, menor IGS, média de peso e comprimento dos animais em exposição no ponto IR, nas duas coletas (inverno e verão). com exceção dos DDT`s na água, que foi maior no ponto Floresta (FL). O melhor anticorpo, diluição e concentração da proteína para a expressão de vtg no western blotting com amostras de plasma de tilápia respectivamente é o anti-vtg de Geophagus brasiliensis (cará), na diluição 1:6000 e concentração 30 ug/mL. Apesar das concentrações de POP’s e DDT’s se apresentarem relativamente baixas em todas as amostras e abaixo do permitido pela legislação Brasileira (Conama), ressalta-se que a mistura com outros poluentes, mesmo em baixas concentrações podem acentuar o efeito estrogênico, interferindo negativamente com a qualidade da água e consequentemente colocando em risco a saúde da ictiofauna do Rio Iguaçu.