Augusto Lima da Silveira

Doutorado | 3° ano

augusto.ls13@gmail.com


Orientadora

Helena Cristina da Silva de Assis


Coorientadora

Sabrina Loise de Morais Calado

Avaliação dos efeitos subletais de microcistinas em Rhamdia quelen e o uso da Myriophyllum aquaticum para a redução de possíveis efeitos tóxicos

As atividades antrópicas favorecem a proliferação de cianobactérias e a produção de cianotoxinas em recursos hídricos. As microcistinas, cujos efeitos da exposição são principalmente hepatotóxicos, apresentam maior ocorrência entre essas cianotoxinas. Devido à importância destes efeitos é necessário não só estudar as consequências de cianotoxinas em organismos, mas também propor soluções de tratamento. Desta forma, o estudo objetiva avaliar efeitos subletais de microcistinas em peixes da espécie Rhamdia quelen e utilizar a fitorremediação, com a macrófita aquática Myriophyllum aquaticum, para reduzir possíveis efeitos tóxicos. Os experimentos foram realizados em três etapas, com as concentrações ambientais 1μg.L-1 e 10μg.L-1de microcistinas. Na primeira etapa, os peixes foram expostos em um bioensaio estático agudo com duração de 96 horas (n = 12/grupo). Os peixes foram então anestesiados, o sangue retirado e após eutanásia os tecidos amostrados para avaliação dos biomarcadores bioquímicos, genotóxicos, hematológicos e histopatológicos. Na segunda etapa, o tratamento da água por fitorremediação com M. aquaticum foi realizado por 7 dias. Ao final o material vegetal foi amostrado para análises químicas e de biomarcadores bioquímicos e histopatológicos. A água tratada foi utilizada na terceira etapa, para exposição de novos espécimes de R. quelen em bioensaio estático com duração de 96 horas. O sistema antioxidante hepático de R. quelen foi afetado, pois foi observado aumento nos níveis de glutationa reduzida (GSH) em 10μg.L-1 de microcistinas. Ocorreu também a redução na atividade da glutationa peroxidase (GPx) em 1 e 10μg.L-1, além da redução da lipoperoxidação (LPO) na condição de 10μg.L-1. No rim foi possível observar a redução dos níveis de GSH em 1μg.L-1 e um aumento em 10μg.L-1 de microcistinas. Serão realizadas avaliações integradas com os demais biomarcadores, que se encontram em análise, porém a ausência de efeito na GSH hepática de R. quelen exposto a água tratada por M. aquaticum (terceira etapa) sugere a ocorrência de fitorremediação.
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