Manuela Catharina Twardowschy

Mestrado | 1° ano

manuela.twardowschy@gmail.com


Orientador

Fernando de Camargo Passos

Macroecologia e Conservação de Carnívoros Neotropicais

Compreender como os padrões atuais de biodiversidade emergem de processos ecológicos e evolutivos são um dos objetivos mais antigos da ecologia. Componentes taxonômicos da biodiversidade (TD) (i.e riqueza) são fundamentais para o planejamento da conservação e avaliação do impacto das mudanças climáticas sobre a distribuição das espécies. A necessidade de expandir a compreensão da diversidade incorporando diferentes aspectos evolutivos, levou à criação de componentes baseados na história evolutiva compartilhada entre espécies em uma comunidade, geralmente representada pela diversidade filogenética (PD), e na diversidade de características morfológicas e ecológicas das espécies em uma comunidade (FD). Em amplas escalas, a diversidade resulta de processos biogeográficos e evolutivos, como especiação, dispersão e extinção, portanto, influenciando sinergicamente o pool de espécies em escalas menores. Sabendo que mamíferos são muito importantes para os ecossistemas, pois influenciam diretamente na dinâmica do ambiente em que vivem, este estudo busca elucidar possíveis padrões espaciais de diversidade de carnívoros endêmicos da região neotropical. Dados de ocorrência são insuficientes sobre a dinâmica de alcance das espécies na escala evolutiva, implicando falsamente numa estase de distribuição. Assim, o objetivo do presente estudo é investigar quais modelos idade-área, pós-expansão de estase, ciclo dos táxons ou idiossincrático melhor explicam a relação idade-área da linhagem de carnívoros em função da faixa potencial não ocupada por essas espécies endêmicas do novo mundo. Pretende-se responder à seguinte pergunta: quais atributos ecológicos das espécies relacionados a sua história de vida influenciaram a proporção de área ocupada? Para isso, vamos determinar a distribuição geográfica e as variáveis correlacionadas com TD, PD e FD; utilizaremos a modelagem de nicho ecológico para estimar a adequabilidade ambiental para o grupo; utilizaremos os valores de adequabilidade como variável preditora em modelos lineares generalizados para explicar a relação idade-área da linhagem; faremos estimativas de faixa de ocupação em resposta à modelagem. Tais análises, forneceram subsídios para planos de conservação.