Angie Thaisa Souza
Doutorado | 2° ano
O papel da história evolutiva dos hospedeiros e efeito da pressão de propágulos em invasões biológicas por patógenos
O papel da história evolutiva dos hospedeiros e efeito da pressão de propágulos em invasões biológicas por patógenos
Acredita-se que a pressão de propágulos é o principal e mais consistente fator para o estabelecimento bem sucedido de uma espécie introduzida. O aumento da pressão de propágulos está positivamente relacionado ao sucesso das invasões e incremento de variabilidade genética na população. Enquanto o tamanho do propágulo (número de indivíduos liberados por evento de introdução) garante maior segurança a forças estocásticas inversamente dependentes da densidade, o número de propágulos (quantidade de eventos de introdução) reduz a influência de outras forças negativas como interações climáticas ou bióticas, contribuindo com a manutenção da população ao longo do tempo. Em teoria, quando uma espécie é introduzida em uma nova área, apenas uma amostra da sua diversidade genética é levada para a nova população. Como consequência, respostas adaptativas a novos regimes seletivos podem ser prejudicadas. Motivadas pela chegada e impacto causado pelo vírus Sars-Cov-2 a nossa espécie, o presente trabalho busca compreender como cada componente da pressão de propágulos influencia no processo de diversificação de linhagens de patógenos introduzidos em novos hospedeiros, bem como a variabilidade genética introduzida. Para simular a dinâmica evolutiva do patógeno estamos desenvolvendo um modelo computacional, no qual ocorrem ciclos de introdução e replicação do patógeno em um novo hospedeiro. Ao longo do tempo evolutivo a variação da composição genética dos patógenos pode levar à diversificação de linhagens, porém o hospedeiro permanece constante. Simulamos cenários com diferentes combinações dos parâmetros número e tamanho do propágulo, bem como a frequência de introduções. Os resultados preliminares demonstraram que nos cenários em que as introduções foram consecutivas o número de linhagens geradas tende a ser maior, para uma mesma pressão de propágulos, quando comparada ao caso com introduções menos frequentes
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