Thara Santiago de Assis
Mestrado | 2° ano
Reprodução da espécie exótica Opsanus beta (Teleostei: Batrachoididae) em um estuário subtropical
Reprodução da espécie exótica Opsanus beta (Teleostei: Batrachoididae) em um estuário subtropical
A espécie Opsanus beta foi relatada em áreas portuárias na costa do Brasil, em Santos/SP em 2005 e em Paranaguá/PR em 2007, possivelmente introduzida por água de lastro. Por ser uma espécie, atualmente, considerada invasora no Brasil, o objetivo desse estudo consiste em avaliar as táticas reprodutivas utilizadas pela espécie no estuário de Paranaguá, através da utilização de duas séries temporais (2011-2012/2019-2020). Os exemplares obtidos na série temporal de 2019-2020 foram obtidos manualmente na maré baixa e transportados ao laboratório para a tomada dos dados morfométricos (comprimento e peso total), determinação macroscópica do sexo e estádio de desenvolvimento gonadal. As gônadas foram retiradas, pesadas e destinadas ao processo histológico de rotina. Considerando os meses de novembro/19 a março/20, foram coletados 163 indivíduos, sendo 90 machos e 73 fêmeas. O comprimento de machos variou de 5,2 a 27,5cm e para as fêmeas variou de 6,2 a 27cm. A proporção sexual mensal e sazonal evidenciou um predomínio de machos sobre fêmeas no período analisado, exceto em janeiro/20. Através da análise microscópica das gônadas foi encontrado quatro fases de desenvolvimento ovariano (A, B, C e SD) e três fases de desenvolvimento testicular (A, B e C), com predomínio de fêmeas em desenvolvimento (B) e machos imaturos (A) na análise mensal e sazonal. A presença de fêmeas com gônadas maduras, e a presença ovócitos hialinizados, semidesovados e folículos vazios, indica que o local está sendo utilizado como sitio de desova. Não foram identificados indivíduos totalmente desovados. Ainda não foi possível determinar a extensão do período reprodutivo devido a quantidade de coletas realizadas.
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