Anna Carolina Resende

Mestrado | 2° ano

annac.resende@gmail.com


Orientadora

Lucélia Donatti


Coorientadora

Maria Rosa Dmengeon Pedreiro de Souza

Efeitos do choque térmico de alta temperatura em Psalidodon bifasciatus (Garavello & Sampaio, 2010)

A temperatura é um fator abiótico que afeta diretamente a fisiologia dos peixes. Um aumento agudo na temperatura (choque térmico) pode iniciar o processo de estresse oxidativo e consequente ativação de defesas antioxidantes. Neste estudo investigamos a resposta do sistema de defesa antioxidante em Psalidodon bifasciatus frente ao choque térmico de 31ºC nos tempos de 2, 6, 12, 24 e 48h, através das atividades de superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa-S-transferase (GST), glutationa redutase (GR) e concentração de tióis não proteicos (principalmente glutationa reduzida - GSH) e peroxidação lipídica (LPO) nos tecidos de brânquias, fígado e rim. Os peixes apresentaram sinais de estresse oxidativo em todos tecidos testados, mostrado pelo aumento no nível de LPO nas brânquias em 2h, no aumento da atividade de GST em 12h e concentração de GSH em 12 e 48h no fígado e maiores atividades de SOD em 48h, GR em 24h e concentração de GSH em 24h no rim. Alguns marcadores apresentaram redução em seus níveis quando comparados ao controle, como SOD nas brânquias em 6h que pode ter sofrido inativação térmica, CAT no rim em 48h que pode ter sido inibida pelo aumento do influxo de radicais superóxido e LPO nas brânquias em 24 e 48h, que indica que mecanismos de degradação de lipídios danificados estão ocorrendo. Os resultados indicam que P. bifasciatus responde ao choque térmico de 31ºC através da ativação do sistema de defesa antioxidante na tentativa de retornar a homeostase. Os níveis dos biomarcadores antioxidantes apresentaram-se tecido-específico, com mais marcadores alterados na ordem decrescente de rim, fígado e brânquias.
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