Gabriel Preuss Custódio

Mestrado | 2° ano

gabriel_preuss@hotmail.com


Orientador

André Andrian Padial

Diversidade multiescalar: Áreas prioritárias para a conservação de morcegos filostomídeos (Chiroptera: Phyllostomidae) da Mata Atlântica

Ações antrópicas são a principal causa da perda de biodiversidade no mundo. Tais ações são desencadeadas principalmente pelo crescimento da população e exploração econômica, resultando na perda de habitat e acentuação das mudanças climáticas. Por conta disso, a atual taxa de extinção ultrapassa a taxa de extinção do último período de extinção em massa. Dessa forma, populações de diversas espécies estão em constante perigo. Essa ameaça ultrapassa a escala conservacionista, chegando a esferas econômicas e políticas quando se consideram os serviços ecossistêmicos. Tendo em mente a ampla plasticidade alimentar e consequente prestação de serviços ecossistêmicos, morcegos filostomídeos (Chiroptera: Phyllostomidae) são um grupo taxonômico chave para a manutenção desses serviços. Visando conservar de forma mais efetiva a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, os objetivos do presente estudo são: determinar áreas prioritárias para a conservação de morcegos filostomídeos considerando as diversidades filogenética, funcional, taxonômica, áreas de endemismo e serviços ecossistêmicos prestados; entender como a distribuição de cada espécie de morcego filostomídeo varia conforme as mudanças climáticas em diferentes cenários; e avaliar a atual cobertura das unidades de conservação do Brasil frente as mudanças climáticas. Para isso, utilizamos modelos de distribuição de espécies em diferentes padrões de emissão de gases de efeito estufa e cenários climáticos. Nossos resultados mostram que mais da metade das espécies de morcegos filostomídeos perdem área de adequabilidade frente as mudanças climáticas. Além disso, o prejuízo econômico oriundo da perda dos serviços ecossistêmicos prestados por morcegos filostomídeos pode atingir cifras acima de U$ 20 bilhões, com destaque negativo para a perda de área de distribuição de todas as espécies predominantemente nectarívoras. O presente estudo pode servir como base para a síntese de futuros planos de conservação.
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