Clemerson Richard Pedroso

Doutorado | 2° ano

richardz.cp@gmail.com


Orientador

Jean Ricardo Simões Vitule

Efeitos da introdução de espécies não nativas sobre o zooplâncton

A introdução de espécies não nativas é uma das maiores causas de perdas na biodiversidade. Muitos organismos não nativos não são reconhecidos pelas comunidades nativas, causando taxas diferenciais de predação ou impactos. Nesse contexto, o zooplâncton possui papel muito importante na dinâmica dos ecossistemas aquáticos. Esses animais são um elo fundamental entre os produtores primários e os demais níveis tróficos, assim, quando afetados por espécies não nativas, podem ocasionar impactos em diferentes níveis ecológicos. O presente trabalho será dividido em três capítulos: i) revisão bibliográfica sistematizada e aplicação do método de hierarquização de hipóteses sobre trabalhos com foco em impactos causados por espécies pertencentes ao zooplâncton; ii) experimento de campo comparando a estrutura das metacomunidades zooplanctônicas presentes nos bancos de macrofitas (nativas e não nativas) e na calha do rio, afim de, evidenciar diferenças na estruturação e composição das comunidades, influenciada pelas macrófitas; iii) experimento de laboratório comparando espécies zooplanctônicas não nativas invasoras e espécies nativas funcionalmente equivalentes (preferencialmente as detectadas no capítulo ii), com o objetivo de comparar sua resposta funcional (RF) e combinar isso com as suas abundâncias empíricas visando prever impactos negativos sobre as comunidades nativas. A revisão será realizada usando a base Web of Science, seguindo o protocolo PRISMA-P. Para o experimento de campo serão coletadas amostras em bancos de macrófitas e no meio do rio ao longo do gradiente longitudinal da bacia do rio Guaraguaçu, serão realizadas análises de diversidade e estruturação de modelos de metacomunidades. As espécies chave da mesma comunidade coletada no campo no estudo supracitado serão, se possível, utilizadas em isolamento nos experimentos de laboratório sobre RF, onde essas serão dispostas em microambientes acondicionados em béqueres. Os resultados empíricos e de laboratórios serão combinados com as abundâncias das presas para predizer os impactos por meio da fórmula de Impacto Potencial Relativo.



PÔSTER_D_2_CLEMERSON_PEDROSO.pdf