Luiza Santos Barreto

Doutorado | 2° ano

luiza.sbarreto@hotmail.com


Orientador

Ciro Alberto de Oliveira Ribeiro

Avaliação ecotoxicológica do rio Jordão e reservatório de Segredo, bacia hidrográfica do rio Iguaçu, utilizando espécies nativas e endêmicas

O rio Iguaçu representa um sistema aquático fortemente afetado por inúmeras atividades antropogênicas. Além das diversas barragens construídas ao longo da sua extensão, o rio recebe grandes volumes de efluentes domésticos e industriais, além do escoamento urbano e rural, causando intensa degradação da qualidade de suas águas e acentuado declínio populacional de várias espécies. Dado o elevado grau de endemismo de espécies aquáticas na bacia do rio Iguaçu, a conservação torna-se imprescindível e investigações ecotoxicológicas desse sistema e suas espécies são de extrema importância. Um de seus tributários, o rio Jordão, destaca-se pela acentuada atividade industrial e rural em suas margens e um número significativo de espécies endêmicas, muitas das quais encontram-se ameaçadas de extinção. Os objetivos e o respectivo andamento desta pesquisa são: I) avaliar a toxicidade da água do rio Jordão aos estágios iniciais de desenvolvimento de duas espécies endêmicas do Rio Iguaçu, o surubim do Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum) e o jundiá do Iguaçu (Rhamdia branneri), além do jundiá cinza (Rhamdia quelen), comparando a sensibilidade das três espécies (de acordo com o cronograma estabelecido previamente, os experimentos serão realizados no último trimestre de 2020); II) avaliar o efeito tóxico da água do rio Iguaçu, reservatório de Segredo, sobre os parâmetros reprodutivos do jundiá cinza e investigar o impacto em longo prazo a nível populacional (tanques-rede foram instalados e os indivíduos estão sendo monitorados quanto a maturidade sexual, com reprodução e experimentos também previstos para o último trimestre); III) avaliar o efeito de xenobióticos disruptores endócrinos presentes na água do reservatório de Segredo, rio Iguaçu, sobre os parâmetros endócrinos relacionados à reprodução da tilápia (Oreochromis niloticus) após exposição subcrônica (indivíduos também se encontram em tanques-rede há 8 meses). Visitas periódicas à Estação Ictiológica têm sido realizadas para acompanhar o desenvolvimento dos peixes e definir a logística dos experimentos.
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