A mediunidade é uma capacidade espiritual sagrada, que deve ser exercida com responsabilidade e altruísmo, conforme ensina Allan Kardec em "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Jesus orientou seus discípulos a "darem gratuitamente o que receberam gratuitamente", ressaltando que a mediunidade, especialmente a curadora, não deve ser comercializada.
Os médiuns atuam como intermediários entre os Espíritos e os homens, transmitindo fluidos benéficos sem cobrar por isso, pois essa habilidade é um dom divino destinado a todos.
A prática da mediunidade deve ser guiada por princípios morais elevados, já que aqueles que a utilizam para interesses pessoais ou financeiros afastam-se da verdadeira missão espiritual.
A mediunidade é uma faculdade e mutável e não pode ser considerada uma profissão, pois depende do concurso dos Espíritos; assim, não se pode garantir sua manifestação em momentos específicos.
Além da responsabilidade moral, o médium deve estar ciente de sua fragilidade humana e das oscilações vibratórias que podem afetar sua capacidade de comunicação com o mundo espiritual.
Emmanuel nos lembra que muitos médiuns são almas em processo de redenção, e sua missão é um meio de resgatar erros do passado.
Para cumprir essa tarefa com sucesso, é essencial que o médium busque seu próprio aprimoramento espiritual antes de se dedicar à ajuda dos outros.
O cultivo das virtudes cristãs e a disciplina emocional são fundamentais para evitar o personalismo e garantir que a mediunidade seja exercida em conformidade com os ensinamentos de Jesus.
Assim, ao vigiar sua própria vida e trabalhar para o bem, o médium não só cumpre sua missão, mas também se prepara para a elevação espiritual, exercendo a "mediunidade com Jesus" em sua essência mais pura.