O termo "Espiritismo" foi cunhado por Allan Kardec para evitar ambiguidades linguísticas e designar a Doutrina dos Espíritos de forma clara.
Kardec argumenta que, enquanto o espiritualismo se opõe ao materialismo, não implica necessariamente na crença em Espíritos ou suas comunicações. A escolha dos termos "espírita" e "espiritismo" reflete a intenção de manter a clareza e a inteligibilidade, diferenciando-se do uso tradicional de "espiritual".
O Espiritismo, portanto, estuda as relações entre o mundo material e os seres do mundo invisível, sendo seus adeptos conhecidos como espíritas.
Além disso, o objeto do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual, que interage com a matéria, formando uma base para compreender fenômenos que não podem ser explicados apenas pela ciência.
Além de seu caráter científico e filosófico, o Espiritismo possui um aspecto religioso que promove valores como fraternidade e solidariedade, e que apenas através da caridade há a salvação.
Embora não tenha rituais ou uma estrutura religiosa convencional, ele se fundamenta em princípios universais como Deus, a alma e a vida após a morte.
Kardec argumenta que o Espiritismo deve ser considerado uma religião em termos filosóficos, pois estabelece laços morais entre as pessoas. No entanto, ele se distancia das religiões tradicionais ao não possuir cultos ou sacerdotes.
O Espiritismo representa um triângulo de forças espirituais, onde ciência e filosofia se unem à religiosidade para promover o aperfeiçoamento humano e a renovação moral, alinhando-se aos ensinamentos de Jesus Cristo.