Os Espíritos representam a individualização do princípio inteligente, distinto do princípio material, e sua formação é um processo complexo que ocorre ao longo de várias existências.
Essa individualização é comparável à maneira como os corpos materializam o princípio material.
O Espírito, uma criação de Deus, não é uma parte da Divindade, mas sim uma obra que reflete a inteligência essencial do universo.
A Doutrina Espírita ensina que o princípio inteligente passa por um desenvolvimento gradual, começando em formas inferiores da natureza até alcançar a condição humana.
Durante esse processo, o Espírito se prepara para a vida, desenvolvendo suas faculdades e adquirindo consciência sobre o bem e o mal, assim como a responsabilidade por suas ações.
Essa jornada evolutiva é vista como um trabalho preparatório que culmina na humanização e na capacidade de discernir e agir moralmente.
A natureza do Espírito é descrita como incorpórea, constituída de uma matéria quintessenciada que escapa à nossa percepção sensorial.
Embora a forma do Espírito seja indefinida e difícil de conceber, pode ser visualizada como uma chama ou centelha, cuja coloração varia conforme seu grau de pureza.
Os Espíritos têm a capacidade de se mover rapidamente e projetar-se em diferentes locais simultaneamente, um fenômeno conhecido como ubiquidade.
À medida que evoluem, eles ampliam seu poder de irradiação e podem interagir com o mundo material de maneiras sutis.
A relação entre o Espírito e a matéria é dinâmica; o Espírito modela seu envoltório fluídico conforme suas necessidades e progresso moral, refletindo assim sua evolução contínua ao longo das encarnações.
Essa interdependência entre inteligência e matéria é fundamental para compreender o desenvolvimento espiritual no contexto da Doutrina Espírita.