A RODA DOS ESCARNECEDORES
Sl 1
Lizandro Almeida Santos
PROPOSIÇÃO
Sentar-se à roda dos escarnecedores é adotar o seu padrão de vida.
REVISÃO
Temos aprendido que o Salmo 1 é uma introdução de todo o Livro de Salmos. E que o salmo faz uma clara distinção entre o justo e o perverso, segundo Deus. Significando que todos os salmos se referem a diferença entre quem vive para Deus e quem é seu inimigo.
No primeiro sermão falamos sobre o tema O JUSTO E O ÍMPIO. Uma visão geral das diferenças entre eles. No segundo sermão falamos sobre o tema A VERDADEIRA FELICIDADE. Uma visão sobre o conceito bíblico da FELICIDADE ETERNA. Vimos que a felicidade depende da nossa relação com Deus e do que eu sou, não do que me acontece. E no terceiro sermão, falamos sobre o tema A TRANSFORMAÇÃO DO ÍMPIO. Basicamente, vimos que o ímpio é quem tem a motivação impura para tudo. Portanto, o ímpio pode ser qualquer um, fazendo qualquer coisa, boa ou ruim. Porque, o prazer do ímpio é qualquer coisa no lugar de Deus. Ele pode roubar e matar por esse prazer, mas também ele pode ajudar os necessitados e dar a própria vida por alguém, mas sem amor. Razão pela qual, nada nem ninguém fará o ímpio mudar. Nem memo a boa intenção do ímpio. Porque, o seu prazer é maior do que sua consciência e desejo moral. Caso o ímpio seja um juiz injusto, que se conscientizou que está causando mau às pessoas, poderá até mudar de atitude, mas por qualquer motivação errada: medo, vergonha, orgulho etc. O ímpio nunca abandonará o erro e fará o certo por amor a Cristo. Portanto, somente Cristo pode transformar o ímpio. Quando isso ocorre, o afeto por Cristo expulsa o afeto do ímpio por suas impiedades. Só então, a pessoa deixa de ser ímpia: por ser purificada dos afetos corruptos. Pois, seus erros serão abandonados e seus acertos praticados por amor a Cristo.
Hoje, veremos o que significa se assentar à roda dos escarnecedores.
INTRODUÇÃO
Há quem pense que se sentar à roda dos escarnecedores significa estar com um grupo de pessoas promíscuas na mesa de um bar, ou algo parecido. Ou seja, quem não está sentado fisicamente com os promíscuos, mas vive um padrão reprovado em sua casa, fora do testemunho da sociedade, não é reprovado por Deus nesse Salmo. Mas, é isso que Deus nos ensina no Salmo 1, em harmonia com Toda Escritura? Se alguém faz parte de uma roda de amigos que estão contando piadas imorais, é imoral. Mas, se esse alguém sozinho assiste a um vídeo de pessoas contando piadas imorais, não está sendo imoral?
A resposta é que, segundo toda a Palavra de Deus, o assentar-se à roda dos escarnecedores é adotar o seu padrão de vida, sozinho ou acompanhado.
O Rei Davi agiu como vive o escarnecedor, ao adulterar com Bate Seba, e Deus o reprovou. Davi foi rigorosamente disciplinado. A diferença de Davi e dos escarnecedores é que Davi se submeteu a disciplina de Deus. O Davi disciplinado teve outro estilo de vida. É uma das vidas mais raras em toda a história. Como homem, marido, pai, líder, político, empresário, guerreiro, escritor, poeta, músico, religioso, missionário, Davi foi completo. Amou a Cristo de tal forma, que nada nem ninguém o intimidou a viver e ensinar a viver para Cristo, em todas as áreas. Até suas guerras foram por sua fé em Cristo. Foi perseguido por essa razão. Davi foi tão cristão que os autores do Novo Testamento usaram seu escrito mais do que qualquer outro, para falar sobre Jesus.
Da mesma forma, Pedro e os demais discípulos, quando agiram como os escarnecedores, foram repreendidos pelo Cristo ressurreto, e se envergonharam tanto das práticas, que abandonaram, verdadeiramente, para sempre, por amor a Cristo. Porque, o assentar-se à roda dos escarnecedores é adotar o seu padrão de vida. E como, até o arrependimento dos escarnecedores é falso, Deus registrou o arrependimento dos seus fieis servos, para nos ensinar que a vida do justo é de acordo com a Lei de Deus em tudo.
DESENVOLVIMENTO
O padrão de vida das pessoas está cada vez pior. Como sociedade, estamos adotando um padrão de vida imoral: na família, na religião, no trabalho, na política, cultura, na educação, em tudo. O certo é considerado errado, e o errado, certo. Os valores estão invertidos. Dificilmente, alguém se mantém puro. E a maioria não se importa.
Quem, de nós, está vivendo o padrão de Deus? Quem está vivendo para agradar a Deus? Quem tem agradado o coração de Deus em tudo, como foi Davi? Quem tem tido coragem de agir contra toda a corrupção, dentro e fora da família, e dentro e fora da igreja?
Meus irmãos, vocês não foram convertidos por Cristo para viverem como o mundo. Já que somos de Deus, devemos viver o padrão de vida dEle. Esse deve ser o nosso prazer: cumprir toda a Palavra de Deus e abandonar todos os pecados por amor a Cristo. Se falta esse amor, abandone o que te fez cair. É Cristo quem te chama. Não dedique tuas motivações como o mundo dedica as dele. Você não é mais escravo das antigas paixões.
Outro dia ouvi uma leitura de um texto com o título UMA SOCIEDADE EM COLAPSO. Vou ler uma parte para vocês:
Somos uma geração que se orgulha do que antes causava vergonha. Que confunde liberdade com vulgaridade; que chama podridão de expressão. Estamos vivendo em uma era onde o ridículo virou arte; onde a exposição virou status; onde a vergonha virou virtude.
Enquanto muitos riem e se distraem, a sociedade afunda e quase ninguém se importa. Somos uma geração que se esqueceu do que é dignidade, para normalizar o absurdo.
Já percebeu como tudo o que antes causava constrangimento, hoje é motivo de aplauso? O que antes envergonhava, hoje viraliza. O que antes era exagero, vulgaridade, imoralidade, hoje chamam de expressão. Uma palavra bonita, moderna, que serve como escudo para qualquer tipo de decadência. Quer se mostrar de forma vazia? É expressão. Quer postar uma loucura qualquer? É autenticidade. Quer viver na promiscuidade emocional e física? É liberdade. Tudo é permitido. Nada é questionado. Vivemos uma era onde não existe mais limites. Porque, qualquer limite é visto como opressão.
As pessoas não pensam, só repetem. Não sentem, só imitam. É uma geração que vive no modo automático; copiam falas, copiam poses, copiam indignações prontas. Só que, por trás da estética há um vazio; por trás dos discursos há ego e carência. As redes sociais viraram palcos de alto promoção emocional. E, quanto mais grotesco for o conteúdo, mais viral ele se torna. A regra parece ser clara: quanto mais absurdo, mais aplauso. Se você mostra seu corpo, e fala qualquer coisa sem filtro e grita por atenção, você é livre e empoderado. Mas, sabe o que desapareceu no meio disso tudo? A vergonha. Sim. Aquela sensação incomoda que nos lembra que passamos dos limites; que existe algo errado no que estamos fazendo. Hoje, vergonha é considerada fraqueza e prisão. Mas era exatamente ela quem protegia nossa dignidade. A vergonha que impedia o ser humano de virar espetáculo. Só que agora, ser espetáculo é o objetivo. A consciência foi enterrada; a moderação foi ridicularizada; e no lugar de tudo isso nasceu o orgulho da decadência.
Já percebeu como ninguém mais quer ser digno? Querem ser notados. Querem ser vistos. Poucos buscam ser íntegros. O foco é ser desejado, invejado, compartilhado. Até as emoções viraram performance. Pessoas choram olhando para a câmera, gritam pra câmera, se gravam em crises existenciais pra ganhar visualizações, porque o sofrimento também virou conteúdo. Nada é sagrado. Tudo é explorável. A mente distraída virou entretenimento. A dor virou dinheiro. E sabe o que é mais doentio nisso tudo? Quem ainda tenta manter o mínimo de bom senso é atacado. Quem preserva a sua intimidade é julgado. Quem busca ser descente é visto como retrógado.
Você é chamado de conservador, num sentido pejorativo, só porque não se vente e tem valores. De reprimido, só porque prefere viver no silêncio, do que berrar por atenção. O mundo se inverteu. O erro virou acerto. O acerto virou motivo de chacota. Estamos vivendo o triunfo da banalização. Onde, a única coisa que importa é não parecer invisível. Mas o preço disso é perder o valor por permitir tudo. A imagem perde o valor. A palavra perde o valor. A intimidade perde o valor. A vida perde o valor. E o que sobra é um espetáculo vazio. Onde todos atuam, mas ninguém vive. Esse é o novo normal. Um normal onde o absurdo virou hábito, e a vergonha virou uma peça de museu.
A distração é como entorpecente. A geração de hoje cresceu com o dedo na tela. É programada por sons, luzes, vídeos de 15 segundos e recompensas instantâneas. Pulsa em notificações, respira em curtidas, dorme ao som de vídeos automáticos. É uma geração que não sabe mais ficar só. Entra em pânico no silêncio.
E o texto continua. Mostra que o comportamento atual é o mesmo do passado. A diferença é que hoje é possível ser gravado e publicado na internet. Que o ser humano sempre foi dominado por seus vícios. E conclui que devemos recomeçar para nos salvar.
Agora, pergunto a você: quem escreveu esse texto é justo ou escarnecedor?
Você pode achar que parecia uma reflexão de um cristão, que iria concluir dizendo que somos incapazes de nos salvar. Que somos escravos de nossas paixões sem Cristo. Mas o afeto do escritor pela moralidade sem Cristo e pela capacidade humana foi tão forte, que ele foi capaz de perceber muitas verdades naturais, mas incapaz de perceber que o ser humano é incapaz de se salvar.
Esse tipo de reflexão é o clamor das pedras, pela falta do clamor da igreja.
Então, podemos estar na roda dos escarnecedores mesmo em casa, sozinho, sem a companhia de ninguém. Basta vivermos como os ímpios.
O que você ver na tv? O que vemos na internet? Do que rimos? O que postamos ou comentamos? O que cantamos? Por que gostamos das coisas que gostamos e não gostamos do que deveríamos gostar? Quem determina o nosso estilo de vida? Como tem sido o nosso dia a dia? Qual tem sido a nossa influência na sociedade? Quais áreas sociais influenciamos? São influências aprovadas por Deus?
Conclusão
O Salmo 1 não fala apenas de comportamentos externos, mas de uma postura interior, de quem adota como padrão de vida aquilo que Deus reprova. "Assentar-se à roda dos escarnecedores" não é simplesmente estar em má companhia visível, mas viver segundo o padrão dos ímpios, ainda que sozinho, de forma virtual, cultural ou mental.
A Escritura mostra que até os santos de Deus podem agir como escarnecedores. A diferença está em que os justos se arrependem por amor a Cristo e mudam de vida, enquanto os ímpios persistem, mesmo com aparência de bem.
A roda dos escarnecedores é o estilo de vida contrário ao de Deus. É viver sem vergonha do pecado, exaltando o erro, zombando da santidade e promovendo a imoralidade como virtude. Cristo é o único capaz de libertar o ímpio, transformando seus afetos.
Aplicações espirituais e práticas
1. Examine seu padrão de vida
O que você faz quando ninguém vê revela se você está na roda dos escarnecedores.
O justo não vive conforme o mundo, mas se delicia na Lei do Senhor.
2. Disciplina e arrependimento são sinais de salvação
Como Davi e Pedro, o verdadeiro servo de Deus não permanece no erro.
Submeta-se à disciplina do Senhor — ela gera frutos de justiça.
3. Cuidado com a aparência de santidade sem transformação
O ímpio pode fazer obras boas com motivações más.
Só Cristo pode mudar o coração; boas intenções não salvam.
4. Viva como um influenciador de Deus em todas as áreas
Na família, no trabalho, nas redes sociais: reflita o caráter de Cristo.
Pergunte-se: "Essa influência agrada a Deus?"
5. Rompa com os hábitos do mundo
O que você consome, assiste, ouve e compartilha molda seu coração.
Abandone músicas, filmes, piadas e conversas que zombam de Deus.
6. Rejeite a cultura da banalização e busque a vergonha santa
Vergonha pelo pecado é um dom de Deus. Não a perca.
A perda da vergonha é sinal de decadência espiritual.
7. Evite o evangelho da moralidade sem Cristo
Refletir sobre a decadência da sociedade sem apontar para Cristo é inútil.
Apenas Jesus pode recomeçar a vida do ser humano.
8. Cultive prazer na Palavra de Deus
Só há dois caminhos: o do justo, guiado pela Lei do Senhor, e o do ímpio, guiado por seus desejos.
O justo tem prazer em obedecer por amor a Cristo.
Próximo ano teremos eleições. Como o mundo pensa sobre as eleições? Que a solução é a direita, a esquerda ou o centro. E como o mundo pensa a justiça? Que ela não deve ter a lei de Deus como fundamento. Mas a bíblia diz que a salvação para a sociedade brasileira é Jesus, e a justiça só será justa se tiver a lei de Deus como fundamento. Agora, pergunto: Você já considerou que talvez estejamos influenciados pelas
ILUSTRAÇÃO: Há um Livro intitulado O QUE TODO CRISTÃO DEVE SABER SOBRE JUSTIÇA SOCIAL, do escritor Jeffrey D. Johnson.
Capítulo 1 – The Foundation of True Justice – O FUNDAMENTO DA VERDADEIRA JUSTIÇA
Tese central: A verdadeira justiça tem origem na revelação objetiva da Palavra de Deus e não nas percepções humanas mutáveis.
Frase-chave: “A justiça bíblica é fundamentada na lei de Deus, não nos sentimentos ou normas sociais.”
Conteúdo: Definição de justiça verdadeira que provém da autoridade divina, baseada em Escritura e revelação objetiva.
Capítulo 2 – The Foundation of Social Justice – O FUNDAMENTO DA JUSTIÇA SOCIAL
Tese central: A justiça social moderna tem raízes filosóficas no marxismo social e na teoria crítica, os quais rejeitam o direito divino e os padrões morais absolutos.
Frase-chave: “A base da justiça social não é Deus, mas uma visão relativista e materialista da história e da cultura.”
Conteúdo: Johnson traça a origem do movimento em pensadores da Escola de Frankfurt e destaca seu antagonismo às instituições bíblicas.
Capítulo 3 – The Evolution of Social Justice – A EVOLUÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL
Tese central: A justiça social evoluiu filosoficamente do marxismo e do pós‑modernismo, incorporando relativismo, anti-autoritarismo e deconstrução das instituições bíblicas.
Frase-chave: “A evolução da justiça social desconstroi o conhecimento objetivo, a autoridade bíblica e os papéis sociais tradicionais.”
Conteúdo: Análise da ontologia (materialismo), epistemologia (relativismo) e ética (anti-autoridade) do pensamento crítico moderno, com referência a teóricos como Horkheimer e Alinsky Darrow Miller and Friends+10Free Grace Press+10Books At a Glance+10Fulcrum7+3Books At a Glance+3Goodreads+3.
Capítulo 4 – The Injustice of Social Justice – A INJUSTIÇA DA JUSTIÇA SOCIAL
Tese central: A própria ideologia da justiça social é injusta, pois substitui padrões objetivos de justiça pelos resultados artificiais de igualdade.
Frase-chave: “Social justice levels not the rules but the players—tirando liberdade dos mais capacitantes para igualar os mais fracos.”
CITAÇÃO: Você não pode fortalecer o fraco, enfraquecendo o forte. Você não pode ajudar o assalariado prejudicando o pagador de salário. Você não pode ajudar os pobres destruindo os ricos. Você não pode ajudar ninguém permanentemente fazendo por eles o que eles poderiam, e deveriam fazer por si mesmos. Ronald Reagan
Conteúdo: Exposição de como a justiça social sacrifica a meritocracia, obriga tratamento desigual e promove dependência institucional; cita “Rules for Radicals” de Alinsky, destacando táticas de divisão e controle Books At a Glance.
Capítulo 5 – The Intolerance of Social Justice – A INTOLERANCIA DA JUSITÇA SOCIAL
Tese central: A ideologia da justiça social é altamente intolerante, exigindo conformidade ideológica e punindo qualquer discordância como opressão.
Frase-chave: “Trazer a justiça social para a igreja equivale a convidar Satanás para pregar e depois se surpreender que o fogo destrua a casa.”
Conteúdo: Johnson analisa como o movimento social busca eliminar vozes dissonantes, confronta a liberdade religiosa e impõe cultura wokeness até dentro da igreja
CONCLUSÃO
APLICAÇÃO