Os EPIs recomendados pelo Ministério da Saúde para toda a equipe que maneja os corpos são:
Gorro;
Óculos de proteção ou protetor facial;
Avental impermeável de manga comprida;
Máscara cirúrgica, porém, se for necessário realizar procedimentos que gerem aerossol, como extubação ou coleta de amostras respiratórias, usar N95, PFF2 ou equivalente;
Luvas: usar luvas nitrílicas para o manuseio durante todo o procedimento;
Botas impermeáveis.
Remover e descartar os tubos, drenos e cateteres do corpo com cuidado;
Higienizar e tapar/bloquear os orifícios de drenagem de feridas e punção de cateter com cobertura impermeável;
Limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com compressas;
Tapar/bloquear orifícios naturais (boca, nariz, ouvido, ânus) para evitar extravasamento de fluidos corporais;
Limitar o reconhecimento do corpo a um único familiar/responsável, sem contato direto entre o familiar/responsável e o corpo, mantendo uma distância de dois metros entre eles. Sugere-se, ainda, que, a depender da estrutura existente, o reconhecimento do corpo possa ser por meio de fotografias, evitando contato ou exposição;
Durante a embalagem, que deve ocorrer no local de ocorrência do óbito, manipular o corpo o mínimo possível, evitando procedimentos que gerem gases ou extravasamento de fluidos corpóreos;
Quando possível, a embalagem do corpo deve seguir três camadas: 1ª: enrolar o corpo com lençóis, 2ª: colocar o corpo em saco impermeável próprio (esse deve impedir que haja vazamento de fluidos corpóreos) e 3ª: colocar o corpo em um segundo saco (externo) e desinfetar com álcool a 70%, solução clorada 0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Anvisa, compatível com o material do saco;
Colocar etiqueta com identificação do falecido;
Identificar o saco externo de transporte com informação relativa ao risco biológico: COVID-19, agente biológico classe de risco 3;
Na chegada ao necrotério, alocar o corpo em compartimento refrigerado e sinalizado como COVID-19, agente biológico classe de risco 3;
Após lacrada, a urna não deverá ser aberta;
O serviço funerário/transporte deve ser informado de que se trata de vítima de COVID-19, agente biológico classe de risco 3;
Higienizar as mãos antes e após o preparo do corpo, com água e sabão;
Não é necessário veículo especial para transporte do corpo;
Não há necessidade de uso de EPI por parte dos motoristas dos veículos que transportarão o caixão com o corpo. O mesmo se aplica aos familiares que acompanharão o traslado, considerando que eles não manusearão o corpo.
A autópsia só deve ser realizada em extrema necessidade.
O local deve ter sistema de ar adequado, com, pelo menos, seis trocas de ar por hora.
As portas devem ser mantidas fechadas.
Limitar o número de profissionais dentro da sala, de preferencia apenas um técnico e um médico patologista.
Preferir métodos manuais, para evitar que as secreções respinguem ou disseminem pelo ar.
Equipamentos de proteção individual utilizados durante a autópsia:
Luvas cirúrgicas duplas interpostas com uma camada de luvas de malha sintética à prova de corte;
Macacão, que deve ser usado sob um avental ou avental impermeável;
Óculos ou escudo facial;
Capas de sapatos ou botas impermeáveis;
Máscaras N95 ou superior. Para os demais trabalhadores que manipulam corpos humanos, são recomendados os seguintes EPI: luvas não estéreis e nitrílicas ao manusear materiais potencialmente infecciosos; se houver risco de cortes, perfurações ou outros ferimentos na pele, usar luvas resistentes sob as luvas de nitrila.
Remover os EPIs antes de sair da sala de autopsia e descartá-los no lixo infectante.
Não necessariamente, podem ser enterrados ou cremados, conforme decisão da família.
Os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da COVID-19 NÃO são recomendados durante os períodos de isolamento social e quarentena.
Caso seja realizado, recomenda-se:
Manter a urna funerária fechada durante todo o velório e funeral, evitando qualquer contato (toque/beijo) com o corpo do falecido em qualquer momento post-mortem;
Disponibilizar água, sabão, papel toalha e álcool em gel a 70% para higienização das mãos durante todo o velório;
Disponibilizar a urna em local aberto ou ventilado;
Evitar, especialmente, a presença de pessoas que pertençam ao grupo de risco para agravamento da COVID-19.
Não permitir a presença de pessoas com sintomas respiratórios, caso seja imprescindível, elas devem usar máscara cirúrgica comum, permanecer o mínimo possível no local e evitar o contato físico com os demais;
Não permitir a disponibilização de alimentos. Para bebidas, devem-se observar as medidas de não compartilhamento de copos;
Recomenda-se que o enterro ocorra com, no máximo, 10 pessoas, não pelo risco biológico do corpo, mas, sim, pela contraindicação de aglomerações.