Grávidas, em qualquer idade gestacional e puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal), fazem parte do grupo de risco para possíveis complicações da síndrome gripal. Portanto, é importante reforçar os cuidados para prevenção e buscar assistência médica, caso iniciar com sintomas.
Deve-se realizar triagem de todos pacientes, para definição da paramentação adequada.
Triagem de sintomas respiratórios disponível e o paciente é sintomático ou suspeito ou confirmado de COVID-19: touca, avental impermeável ou capote, óculos ou protetor facial, respirador ou máscara N95, luvas com punhos longos, sapatos fechados e impermeáveis que permitam ser desinfetados.
Triagem de sintomas respiratórios disponível e o paciente é assintomático:
Para cirurgia sem risco de aerossolização: gorro, máscara cirúrgica, protetor facial ou óculos, avental cirúrgico e luvas.
Para cirurgia com risco de aerossolização: touca, avental impermeável ou capote, óculos ou protetor facial, respirador ou máscara N95, luvas com punhos longos, sapatos fechados e impermeáveis que permitam ser desinfetados.
Situações de emergência sem triagem de sintomas antes do procedimento: gorro, máscara N95/PFF2, protetor facial, avental impermeável e luvas e sapatos fechados e impermeáveis que permitam ser desinfetados.
Com base em dados limitados, a expiração forçada durante o trabalho de parto não gera aerossóis na mesma extensão que os procedimentos mais comuns considerados geradores de aerossóis (como broncoscopia, intubação e aspiração aberta).
O trabalho de parto não é considerado um procedimento gerador de aerossol para priorização da N95 em relação a procedimentos com maior probabilidade de gerar maiores concentrações de aerossóis respiratórios.
Não há indicação para interrupção pelo COVID-19, a interrupção da gestação deverá ser baseada pelas condições da mãe e do bebê.
Os acompanhantes podem, sim, estar presentes com a mãe na sala de parto, isso é garantido pela Lei Federal nº 11.108, de 7 de abril de 2005, que sugere a presença do acompanhante no caso de pessoa assintomática.
Não, a forma de nascimento deve ser individualizada e baseada nas preferências da mulher, juntamente com as indicações obstétricas.
Os médicos devem usar seu julgamento para determinar se um paciente tem sinais e sintomas compatíveis com COVID-19 e se a paciente deve ser testada.
Febre é o sinal mais relatado, mas os dados sobre COVID-19 em grávidas ainda são limitados.
Até o momento, não há evidência consolidada da transmissão vertical dessa doença. Porém, existe a possibilidade da mãe contaminar o recém nascido após o nascimento, por isso ela deve seguir as medidas de segurança para o bebê, se ainda estiver doente.
Até o momento, não há nenhuma informação sobre o potencial do COVID-19 causar malformações fetais, mas, com o tempo, será possível responder essa pergunta com mais segurança.
Clampeamento: um consenso chinês publicado em março de 2020 sugere o clampeamento precoce do cordão. Entretanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda manter o clampeamento tardio, conforme condições do recém-nascido. O bebê não deve ser colocado no abdome ou tórax materno durante a espera para clampeamento.
Primeiro banho: sugere-se que o bebê seja prontamente limpo ao nascimento.
Transporte: é recomendado o uso de incubadoras para transporte do recém-nascido.
Para mães com sintomas de síndrome gripal, deverá ser mantida a distância mínima de dois metros entre o leito materno e o berço do recém-nascido, seguido do uso de máscara pela mãe durante o contato para os cuidados e na amamentação, precedida pela higienização adequada das mãos antes e após o contato com a criança.
Sim, o contato com a mãe e a amamentação ajudam o bebê no desenvolvimento. Não esqueça de seguir as orientações de segurança para o bebê.
A amamentação pode ser mantida, desde que a mãe queira amamentar e esteja em condições clínicas adequadas para fazê-lo. Até o momento, não há evidências que o leite materno é uma via de contaminação para os bebês. Diversos centros especializados informam que os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos de transmissão do vírus através do leite materno.
Ordenha
Relactação
Doação de leite humano
Alguns cuidados são essenciais para garantir a segurança do bebê, tais como:
Utilizar máscara (cobrindo boca e nariz) e evitar falar ou tossir enquanto amamenta.
Higienizar as mãos antes e depois de tocar no bebê.
Ter uma rotina de limpeza e desinfecção de superfícies frequente.