No caso de uma unidade de terapia intensiva, a separação temporária do recém-nascido de uma mãe com COVID-19 confirmado ou suspeito deve ser fortemente considerada para reduzir o risco de transmissão ao neonato e demais da unidade.
A investigação é recomendada para:
Recém-nascidos de mães com COVID-19 confirmado ou suspeito, independente dos sintomas da mãe e do bebê estar assintomático.
Bebês que apresentem os sintomas sugestivos sem nenhuma etiologia confirmada.
Os principais sintomas relatados são: febre, letargia, rinorreia, tosse, taquipneia, aumento do trabalho respiratório, vômitos, diarreia e intolerância alimentar ou diminuição da ingestão. Importante ressaltar que esses sintomas podem ser encontrados nos bebês por outras razões também, por isso é necessário uma avaliação criteriosa de cada caso.
Sim, bebês com suspeita de infecção por SARS-CoV-2 devem ser isolados de outros neonatos saudáveis e tratados com as medidas de bloqueio epidemiológico.
Instalar as medidas de bloqueio epidemiológico para SARS-CoV-2.
Manter o bebê em incubadora.
Manutenção da homeostase geral do paciente, cuidados de hidratação, nutrição e monitoração contínua.
Exames laboratoriais iniciais: painel de vírus para diagnóstico diferencial, hemograma, hemocultura, proteína-C reativa e provas de função hepática. Demais exames, laboratoriais ou de imagem, deverão ser coletados a critério de cada serviço.
Suporte respiratório na medida do necessário e de acordo com os protocolos da unidade – não há evidência de benefícios para intubação precoce no RN com quadro respiratório.
Antibióticos utilizados apenas se houver suspeita de coinfecção por agente bacteriano.
Realizar procedimentos de intubação, administração de surfactante, passagem de sonda orogástrica e atendimento fisioterápico com cuidados intensificados para proteção, acrescentando o uso de máscara N95/PFF2 e óculos de proteção segundo a orientação da Anvisa.
Aspiração de cânula orotraqueal preferencialmente com sistema fechado.
O bebê poderá ter alta quando estiver em condições clínicas para isso, não é necessário resultado negativo para isso.
Importante orientar os familiares quanto aos cuidados de isolamento domiciliar e sobre a importância do acompanhamento ambulatorial pós alta.