Roteiro

Questões Norteadoras

Serão realizados dois campos:

Primeiro Campo

Os próprios alunos dirigirão o estudo e elaborarão suas próprias questões norteadoras, mas seguem aqui as perguntas que o grupo deduz que eles se interessarão em fazer:

•Quão importante é o Pico do Jaraguá no contexto local?

•Qual é a importância do Pico do Jaraguá na história de São Paulo?

•Quais características do meio físico, biótico e sócio cultural podem ser observadas?

•Quais interações podem ser observadas no Pico do Jaraguá?

•A vegetação é igual da base ao topo do pico?

•Quais são os tipos de rochas encontradas? Como elas se formaram?

•Existem animais? Quais?

•Existe população humana habitando próximo ou no próprio Pico do Jaraguá?

•Quais informações históricas existem no lugar?

•Que diferenças podem ser observadas mirando a cidade de São Paulo e o Pico do Jaraguá?

Além disso, os estudantes serão estimulados a criarem e a responderem novas perguntas.


Segundo Campo

Tem como finalidade os próprios alunos coletarem, analisarem e comprovarem aspectos já observados no primeiro campo, bem como procurar descobrir aspectos novos. Podem realizar entrevistas ou pesquisas com monitores do Parque. Os dados registrados servirão para a realização de um trabalho de conclusão de curso.


objetivos

Público Alvo

  1. Motivar os estudantes a partir de uma atitude questionadora acerca dos diferentes aspectos do Pico do Jaraguá, buscando entender os meios físico, biótico e sociocultural que o envolvem;

  2. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento do senso crítico e da percepção ambiental;

  3. Propiciar aos alunos uma visão integrada dos diferentes aspectos do Pico do Jaraguá.

Estudantes do nono ano do Ensino Fundamental II (13 a 14 anos)

FENÔMENOS, CONTEÚDOS, TEMAS ABORDADOS NO LOCAL

Afim de compreender os aspectos a serem observados pelos alunos, foram separados em categorias:

A. Físico: qual o tipo de rocha predominante e como foi formada, qual a forma do pico e porque ele é assim considerado. Quanto ao solo, o ideal seria o registro daquilo que puderam observar exatamente como fizeram com as rochas, como riscar a folha do caderno de campo com o solo. Aqui serão trabalhadas as habilidades de observação por meio da visão e a sensibilidade por meio do tato.

B. Meio biótico: quais vegetais observados no pico, eles pertencem ao grupo das briófitas, pteridófitas, gimnospermas ou angiospermas, a diferença que ocorre na vegetação ao longo da subida na Trilha do Pai Zé. Para os animais, quais puderam ser observados. Aqui serão trabalhadas as habilidades de observação, sensação por meio da pele, o olfato e a audição.

C. Histórico-Cultural: quais culturas puderam ser observadas, como elas são, como é o casarão e as demais construções que existem no parque, bem como as placas que estão espalhadas nele. Ressaltando as interações no parque, como as atividades desempenhadas pelas pessoas. Para registro, vale o desenho, a escrita, a gravação de sons e a fotografia. Aqui serão trabalhadas as habilidades de percepção ambiental, de sensibilização e de desenvolvimento da reflexão

Observação, percepção, sensibilização e reflexão

Durante todo o campo, os estudantes farão suas próprias considerações acerca daquilo que puderam captar. Serão estimulados a registrar características e percepções, o que pode ser mais valioso do que saber definir qual é a rocha, solo, planta, animal ou evento. Depois que as informações forem coletadas e as conversas estrategicamente sugeridas realizadas, os estudantes irão trabalhar em sala de aula.

Para essas coletas, valer-se-á de tudo, como: cheiro, sensação, observação visual, tato, audição, comparação de tamanhos e sentimentos. O ideal é que registrem tudo o que puderem, buscando responder algumas daquelas questões e até criando novas.

Dentro do parque terão, basicamente, três momentos-chave:

A. Entrada do Parque: nesse momento é possível observar a presença indígena e extrair informações históricas do local.

B. Trilha do Pai Zé: aqui será possível obter informações sobre o meio biótico e físico (todos os sentidos deverão ser estimulados, com exceção do paladar).

C. No Pico: aqui serão coletadas outras informações, principalmente a visão que se tem do alto do pico. Também serão estimulados todos os sentidos, exceto o paladar.

Estratégias e técnicas de registro

O registro dos locais é muito importante e será construído coletivamente pelo grupo de estudantes.

Registros interessantes foram evidenciados por uma saída de campo na cidade de Itú. Dia 7 de novembro, o grupo foi ao Parque do Varvito, onde aplicou um plano de aula próprio para a escola Waldorf Guayi, com alunos do 6º ano do ensino fundamental. O retorno foi extraordinário, obtiveram-se ótimos depoimentos e a aula gerou interesse nos pais e irmãos dos alunos. Foi muito proveitosa e eficiente esta aplicação. Observaram-se os registros dos alunos, que conseguiram captar de forma expressiva a essência do parque geológico do Varvito.

Após essa experiência, resolveu-se incentivar neste campo a livre realização de registros por parte dos alunos, com temas escolhidos por eles mesmos, pois esta prática poderá proporcionar um desenvolvimento muito maior no âmbito investigativo e criativo deles, alcançando assim nossos propósitos de ensino.

No entanto, para registro valer-se-á de tudo: descrições, anotações de sentimentos e percepção, fotos, desenhos, croquis, gravações de áudios e vídeos, por fim, cada estudante terá um esboço do mapa, onde irão pontuar e anotar o que viram e sentiram. Para registro seria essencial: caderneta/caderno de campo, lápis com cores variadas, borrachas, canetas, régua e celular.

A importância do registro no pré-campo é levantar informações do que se espera encontrar; o registro no campo é o registro que constata ou não o pré-campo, além de poder criar novas dúvidas; e o pós-campo é a conclusão da observação e coleta do campo com o que foi levantado no pré-campo. Assim, quanto mais rico for o registro, acredita-se que melhores serão as análises finais.

Roteiro da Excursão Didática

  • 1 ônibus até alguma estação de metrô;

  • Ir até o Brás e pegar linha Rubi, sentido Jundiaí;

  • Descer na estação Pirituba;

  • Ir para o terminal Pirituba;

  • Pegar ônibus 1019-10;

  • Descer no 18° ponto: Rua Antônio Cardoso Nogueira;

  • Entrar no parque;

  • Observação: registrar as diferentes visões do Pico do Jaraguá ao longo do trajeto.

No parque

  • Chegada às 10 horas;

  • Na entrada do parque haverá uma parada para registro e repasse de informações. Nesse momento já é possível observar a presença indígena;

  • A caminhada será feita para dois locais: o lago e o casarão, além de outras construções existentes. Essa parte é fundamental para extrair informações históricas do local;

  • Pausa para banheiro e água;

  • Caminhada subindo a Trilha do Pai Zé. Aqui será possível obter informações sobre o meio biótico e físico;

  • No final da trilha haverá observação da paisagem e início da caminhada até os bancos e banheiros;

  • Pausa para lanchar, tomar água e usar o banheiro;

  • Rápida conversa sobre aquilo que já foi visto, das percepções dos alunos e coleta de mais informações sobre o meio físico, biótico e sociocultural;

  • Subida até a torre;

  • No alto, pausa para observação da paisagem e registros.

  • Volta...