Nosso planejamento foi conjunto, o que ajudou no processo de elaboração, visto que problematizamos mais sobre os aspectos que rodeiam cada atividade, proposta e metodologia. Para a realização do plano de aula o grupo decidiu que mesmo sendo mais cansativo para os estudantes, a proposta de duas saídas de campo seria mantida, tal como proposto inicialmente.
O plano de aulas é composto por oito aulas, onde duas são de campo, cinco em sala de aula e uma de avaliação. Na primeira saída de campo, os alunos terão o primeiro contato com a área de estudo, valorizando aqui a vivência e o exercício da reflexão. O segundo campo servirá para ampliar a capacidade de observação e aprofundar os estudos iniciados no primeiro campo.
Mudamos nossa sequência didática mais de uma vez, sendo que agora tem dois campos investigativos. Esta metodologia permite que os alunos vivenciem e levantem suas próprias questões norteadoras. Por isso, pode acabar não correspondendo na íntegra ao que ocorrerá de fato, pois depende dos questionamentos levantados pelos alunos em sua vivência no primeiro campo. Logo, planejamos uma sequência didática com base nos nossos próprios questionamentos.
As sensações do nosso grupo ao realizar esta sequência didática foram: desafio, interesse, preocupação, impacto e exaustão mental.
O processo propiciou mais questionamentos sobre conteúdos e métodos;
Proporcionou mais reflexão sobre o tema escolhido, o que gerou mais diálogos, novas ideias e reconsiderações;
A colaboração de alguns docentes permitiu que o trabalho ficasse mais rico e interdisciplinar;
As sensações do grupo ao realizar a sequência didática foram: desafio, interesse, preocupação e impacto;
Registros interessantes foram evidenciados por outra saída de campo na cidade de Itu. Dia 7 de novembro fomos ao Parque do Varvito, onde aplicamos um plano de aula próprio para a escola Waldorf Guayi, com alunos do 6º ano do ensino fundamental. O retorno foi extraordinário, obtivemos ótimos depoimentos e a aula gerou interesse nos pais e irmãos dos alunos. Foi muito proveitosa e eficiente esta aplicação. Achamos interessante observar os registros dos alunos, que conseguiram captar de forma expressiva a essência do parque geológico do Varvito.
Após essa experiência, resolvemos incentivar neste campo a livre realização de registros por parte dos alunos, com temas escolhidos por eles mesmos, pois esta prática poderá proporcionar um desenvolvimento muito maior no âmbito investigativo e criativo deles, alcançando assim nossos propósitos de ensino. A experiência no Parque do Varvito foi essencial para refletirmos e realizarmos mais problematizações sobre a nossa sequência didática como um todo.
Buscamos referências nos textos de Vieira e Bazzo (2007), Compiani e Carneiro (1993), Schon (1995), Pataca (2015) e Pelissoni (2009).
Segundo Compiani e Carneiro (1993), as sequências são classificadas em: ilustrativa, motivadora, treinadora, indutiva e investigativa. As duas saídas de campo da nossa sequência didática são classificadas como motivadora e investigativa, caracterizadas por um ensino formativo e que busca a autonomia do educando, colocando-o no centro.
Nossa Sequência Didática também é mutável e inédita, seguindo o pressuposto de que “consideradas de uma forma sistêmica, as Geociências se constituem pela relação entre as esferas inanimadas (hidrosfera, atmosfera, litosfera) com as esferas animada (biosfera e noosfera) da Terra” (Pataca, 2015) Logo, a intenção é motivar uma visão sistêmica e multidisciplinar nos estudantes.
Para tal, um trecho que também nos inspirou na escolha do nosso método foi o de sempre “motivar os estudantes a expressar suas opiniões, a saber a argumentar e tomar decisões” o que “reflete sobre as informações, definir os valores implicados nelas e tomar decisões a respeito” (Vieira e Bazzo, 2007)
Já sobre as nossas aulas, na aula introdutória resolvemos ensinar aspectos gerais da geologia local, bem como da fauna e da história da comunidade nativa, abrangendo assim aspectos bióticos e abióticos. Após a abordagem dos roteiros de ônibus e metrôs, rotas, mapas e roteiros a serem seguidos pelos alunos e esclarecidos em sala de aula, forneceremos um mapa do caminho a ser percorrido no campo, onde eles poderão fazer suas observações e desenvolver sua percepção do meio ambiente. Esta atividade visa o levantamento de diferentes aspectos socioambientais em campo para o diagnóstico da realidade local, destacando seus interesses.
Logo após a saída de campo, os alunos deverão fazer uma síntese nos mapas de tudo o que observaram e anotaram. O objetivo desta atividade é registrar de forma expressiva aquilo que mais se identificaram e criar um estudo de pesquisa que possa ser verificado e registrado novamente no próximo campo.
Os alunos podem tratar sobre a ocupação antrópica e seus registros históricos, fauna, flora, registro da trilha, a comunidade indígena, as trilhas ecológicas ou aspectos geológicos e pedológicos.
Os registros podem ser desenhos, fotos, filmes, maquetes e outros tipos de trabalhos. Incentivamos que procurem aquilo que mais gostem e que façam também um relato ou depoimento de sua experiência neste segundo campo, para que possamos agrupar todos os registros no google site juntamente com as informações deste roteiro para uma exposição final, onde haverá uma troca de experiências e debates dos tópicos escolhidos.
Uma vez que adotamos a metodologia investigativa, os planos de aula podem mudar, pois cada aluno irá fazer suas perguntas norteadoras. Mas, com base na prática pedagógica, verificamos que a sequência proposta não será muito diferente da sequência dos alunos.
A sequência didática só pôde ser construída de forma coletiva a partir da mediação do Mundo Virtual;
No início, as ideias não vinham e o achismo era praticamente o único que predominava;
Somente a partir da ida aos campos isso pôde ser superado, pois serviram para vivenciar, analisar potencialidades e questionar o que realmente era importante;
Um objetivo claro e a elaboração de um roteiro com novas visões sobre o lugar foram criados a partir das experiências em campo.
Nossas reuniões ocorreram virtualmente, fazendo uso da plataforma Google Meet. Na maioria das vezes, elaboramos textos em conjunto, a partir do Google Docs. Assuntos breves eram tratados pelo WhatsApp, mas as discussões mais complexas ocorreram sempre através de encontros virtuais.