Glaucia

Relato - Pico do Jaraguá

Desde que vim morar em São Paulo pude avistar o Pico do Jaraguá. Até hoje fui apenas três vezes visitar o ponto mais alto da cidade.

A primeira vez foi em 2007, no primeiro ano do curso de Geologia. Foi um passeio de integração com a turma onde tive oportunidade de conhecer pessoas que fizeram e fazem parte de forma tão intensa na minha vida. Também foi o primeiro contato com questões geológicas, observar um afloramento e entender que cada local poderia conter uma pista da história geológica, que unindo informações, como num trabalho de detetive podemos pensar em hipóteses, soluções ou até mesmo pensar em novas estratégias.

Ao longo desses 13 anos muitas coisas mudaram, a faculdade mudou, as pessoas foram para diferentes lugares do país e do mundo, alguns seguiram carreira acadêmica, outras são referências no mercado de trabalho, outros viraram hippies ou resolveram fazer coisas totalmente diferentes do que tivemos o intuito de observar nessa atividade do Pico do Jaraguá. O mais importante é que com certeza esses momentos foram transformadores para todos, desde a entender que não gostam a que amam campo, desde a compartilhar comida, água, cansaço, suor, risadas, incidentes como pés torcidos,...

As atividades de campo também servem para agradecermos o ar que corre nos nossos pulmões apreciar o vento num momento de calor, a interação, o entendimento que somos parte da natureza, que somo s natureza. São momentos de paz, reflexão e amor.

Nesse momento de interação com a turma (tanto da mesma turma quanto com veteranos) também ganhei meu apelido, que na verdade é meu nome geológico, que se mantém como tradição no curso devido à carga histórica de luta estudantil da USP e do Brasil todo.

É maravilhoso que esse parque exista em São Paulo. Tinha uma amiga que gostava de fazer trilha e a levei para o parque e posteriormente, fui como monitora de Geologia Geral.