Roteiro

Questões orientadoras

  • Questões para serem pensadas e respondidas em campo. As perguntas em negrito (3, 5 e 7) exigem atividade prática!

  1. Você já tinha conhecimento do pico ou visitado o Parque Estadual do Jaraguá?

  2. O que se pode observar ao redor do parque?

  3. Quais tipos de vegetação você observa? Faça registros de pelo menos 1 briófita, 1 pteridófita, 1 gimnosperma e 1 angiosperma)

  4. Quais animais e relação entre eles você observa? (ex. aranha caçando insetos)

  5. Você observa processos erosivos no parque? Quais? Faça registros

  6. Qual é a relação entre a vegetação e o solo nos processos erosivos observados?

  7. Atividade plantas - hierarquize o grau de decomposição das plantas, qual foi o critério utilizado?

  8. Quais os principais problemas que você observou em sua visita? (ex. falta de placas, vandalismo, lixo, etc.)

  9. Qual a sensação que tiveram ao visitar o parque?

  10. Por que o pico é o ponto mais alto da cidade? quais aspectos geológicos contribuíram para esse fato?

  11. O parque é usado somente pra visitas, ou existem outras atividades? Se sim, quais?

  12. Por que é proibido alimentar os animais no parque?

  13. O que você observou durante a sua visita no parque? O que te chamou mais atenção e qual foi a parte que você mais gostou?

  14. Você acha que seria importante mais áreas verdes como essa em São Paulo?

Roteiro de excursão didática: Pico do Jaraguá

1) Local - Parque Estadual do Jaraguá, São Paulo - SP

2) Público alvo - Alunos do Terceiro ano do Ensino Médio

3) Questões orientadoras para o campo: de 1 a 14

4) Objetivos da excursão

Incentivar o espírito crítico dos alunos para que percebam o Parque Estadual do Jaraguá como algo importante para preservação histórica, ambiental e também que percebam como ele é visto pela comunidade local instigando a observação e o pensamento científico.

5) Fenômenos, conteúdos, temas abordados no local

I - meio físico: aqui será estimulado por meio da observação as características do local como presença de fauna e flora, rochas, solos, construções, etc, podendo ser auxiliado por meio de fotografias e desenhos (croquis).

II - comunidades: por meio de observação e investigação dos arredores (podendo ser feitas entrevistas com visitantes e/ou moradores) poderá ser feito um compilado de informações como fotos, anotações ou gravação de áudios. Será trabalhada a percepção das diferentes comunidades e pessoas que vivem ou que visitam o parque.

III - histórico: momento investigativo, aqui poderão ser visitados os dois patrimônios históricos preservados: o Grande Casarão Bandeirantista do mameluco Afonso Sardinha e o tanque de lavagem de ouro, atentando-se às informações de placas dispostas no local. Em um segundo momento será possível uma roda de conversa para discutir a extração de ouro e o trabalho escravo indígena no século XVI e XVII, onde será trabalhado a argumentação e a percepção das informações colhidas durante a visita.

IV: ambiental: por observação será possível notar a conduta do parque quanto à sua preservação, como regras, disposição de lixeiras e ambientes sanitários como banheiros, locais de alimentação e vestígios de incêndios. Aqui será trabalhado a criticidade, questionando a conduta do parque e as ocorrências de incêndio.

6) Observação, percepção, sensibilização e reflexão

Neste momento pode ser criado um percurso do roteiro no local, explicitando alguns elementos para observação em cada ponto. Todo processo será inteiramente autônomo para os estudantes, a coleta de informações será útil para o pós-campo.

  • Durante a entrada do parque os itens II e III poderão ser trabalhados, pois é onde se encontram as comunidades e patrimônios históricos. Aqui poderão investigar o local e conversar com outros visitantes.

  • durante todo percurso os itens I e IV poderão ser trabalhados, já que se trata da estrutura de todo o parque. O caminho ao topo irá permitir uma visão do parque de diversos ângulos e distâncias.

  • Ao fim do percurso : Reunião com os alunos e professores para que possamos discutir as percepções e impressões que tiveram ao longo do percurso

7) Estratégias e técnicas de registro

Os principais registros serão feitos por meio de fotografias, caderneta e aparelhos celulares que poderá auxiliar com gravação de áudio e vídeo, pesquisas rápidas e visualização de mapas. O material coletado e armazenado valerá para a tarefa pós campo que se trata de uma criação artística própria de cada aluno que apresente as características do local ao longo do tempo na percepção de cada um.

8) Sobre o parque

No final do século XVI, os bandeirantes descobriram e iniciaram a extração do ouro de superfície na área do Pico do Jaraguá, que foi explorada intensamente até 1670, quando passou a dar sinais de escassez.

É certo que as “Cavas do Jaraguá” foram exploradas em maiores profundidade até meados do século XIX, quando se tornaram antieconômicas. Como testemunho dos tempos de riqueza restaram apenas cicatrizes e crateras nos montes, grutas entupidas e esquecidas pelo tempo, ruínas dos tanques de lavagem do ouro, resquícios mineralógicos denunciando a existência de ouro na região e a lenda corrente de que El-Rei, no século XVI, veio a receber um cacho de banana de ouro maciço saído das terras do Jaraguá (SÃO PAULO, 2007, p. 30).

No parque estadual estão conservados dois patrimônios históricos desse período do ouro, o Grande Casarão Bandeirantista do mameluco Afonso Sardinha e o tanque de lavagem de ouro. Diferentes questões foram retomadas durante esse percurso do estudo, como: mercantilismo, colonização, bandeirantismo, territórios indígenas, escravização indígena e outros. SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria do Meio Ambiente. Parque Estadual do Jaraguá: Plano de Manejo. São Paulo: SMA-SP, p.80, 2007.




Foto do Pico no início do século XX; Foto: Hélcio Romero, fonte Estadão.