FARMACOTERAPIA / PSICOTERAPIA PARA DEPRESSÃO

FARMACOTERAPIA / PSICOTERAPIA PARA DEPRESSÃO

A associação da farmacoterapia com psicoterapia para depressão atende aos critérios propostos inicialmente: a depressão é um transtorno psiquiátrico que se configura como uma doença; há comprovação da eficácia do uso de psicofármacos no tratamento de pacientes com depressão; a terapia cognitiva se baseia em conceitos teóricos e práticos próprios para o tratamento da depressão e tem efeitos neste tratamento; e há uma validade na associação destas duas terapias quando bem indicada.

O modo como aquele que cuida do paciente vê a depressão tem a ver com a forma de terapia de escolha. Se o terapeuta, médico ou não, acredita que a depressão é sempre uma resposta adaptativa, ou se relaciona apenas a aspectos psicodinâmicos, ele tenderá a uma abordagem psicoterapêutica única, ou no mínimo, poderá se mostrar ambíguo em relação aos medicamentos deixando o paciente resistente ao uso destes. Por outro lado, se ele enxerga a depressão como puro produto de uma patologia da mente, acreditará na farmacoterapia como suficiente para resolver todos os casos.

O movimento atual das ciências envolvidas com a saúde mental se dá no sentido de uma visão mais ampla e uma tendência a um tratamento multidisciplinar. Esta pode ser a solução para que visões pessoais e muitas vezes ideológicas e mercadológicas não sejam sobrepostas à necessidade terapêutica primordial, quando a doença já está instalada, que é a de diminuir o sofrimento do paciente.

fonte:http://www.silvanaprado.psc.br

Carlos Eduardo G. Reche

Médico Psiquiatra, Professor do Instituto de Ensino e Pesquisa da Universidade de Minas Gerais, Divinópolis, M G

Pesquisa: Dra.Elaine Marini