COR: Hialino a sub-hialino (0/0/10/0), com esporos amarelados (0/0/40/0 a 0/0/60/0)
FORMA: Globoso e subgloboso
DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO (comprimento x largura): 154-274 x 135-248 µm, média = 204 x 193 µm (n = 100).
PAREDE DO ESPORO: Formada por três camadas (C1, C2 e C3). C1 geralmente não está presente em esporos maduros pois é uma camada evanescente que tende a se degradar. C2 é laminada mas bastante frágil e geralmente aparece fragmentada (como se fosse amassada) principalmente quando os esporos são quebrados com muita força. Camada C3 laminada com espessura variada.
C1: Camada evanescente mais externa, hialina (0-0-10-0), lisa, que tende a se degradar e não estar presente em esporos maduros. Esta camada reage fortemente ao Melzer, tornando-se vermelha-rosada (20/60/20/0) a purpura claro (20/80/20/0); reação ao Melzer parece não ser totalmente uniforme com algumas áreas reagindo mais do que outras e formando áreas circulares mais escuras em alguns esporos. Camada com 1-4 µm de espessura (média 1,7 µm). Em esporos mais jovens, essa camada pode variar em espessura dentro do mesmo esporo, podendo medir até 4 µm de espessura.
C2: Uma camada consistindo de subcamadas (lâminas) hialinas, 4-13 µm (média de 8.3 µm). As sublâminas desta camada possuem uma aparência granular e são frágeis. Como resultado, ela aparece esmagada caso o esporo seja rompido com muita força na lamínula.
C3: Uma camada laminada pigmentada, 1-5 µm de espessura (média de 1.8 µm) que confere a cor amarelada ao esporo. Esta camada é formada por várias lâminas que podem se separar entre si quando os esporos são quebrados. A percepção da cor do esporo ser mais amarelada ou hialina está relacionada com a espessura (e assim quantidade de sublâminas) desta camada.
LARGURA: 15-37,5 µm (média = 25,5 µm).
PAREDE DA HIFA SUSPENSORA: Formada por três camadas que são contínuas com as camadas da parede do esporo e que são mais visíveis perto da base do esporo. C1 geralmente não está presente pois tende a se degradar. A C2 é a principal camada que forma a parede da hifa suspensora. A C3 tende a ser mais delgada na hifa suspensora do que na parede do esporo.
OCLUSÃO: A subcamada mais interna da C3 fecha o poro, embora em alguns casos seja difícil de visualizar esta oclusão e alguns esporos parece que não há oclusão alguma.
Descrição: Hialinos
RJN102A: Hialino e sub-hialino, amarelado
Descrição: Globoso a subglobosos
RJN102A: Globosos a subglobosos
Tamanho:
Descrição: 68-290 µm , maioria 190 µm
RJN102A: 154-274 x 135-248 µm, média = 204 x 193 µm.
Parede Esporo: C1
Descrição: referida como “camada mucilaginosa externa hialina (0,5-2 µm) que com a idade se torna verrucosa ou rugosa com dobras de até 5 µm”.
RJN102A: camada evanescente variando de 1-4 µm (média = 1,8 µm)
Parede Esporo: C2
Descrição: referida como "parede externa, 5 a 20 µm, a qual não se separa muito da parede mais interna".
RJN102A: camada laminar frágil, hialina, variando de 4-13 µm (média = 8,3 µm).
Parede Esporo: C3
Descrição: referida como "parede interna, 2 a 9 µm, composta por várias (duas a cinco) camadas de 0,5-2,0 µm em largura".
RJN102A: camada laminar pigmentada variando de 1-5 µm (média = 1,8 µm)
Artigo: Nicolson TH, Schenck NC (1979). Endogonaceous mycorrhizal endophytes in Florida. Mycologia 71(1):178-198.
Etimologia: Latin (clarus = claro, transparente) se referindo a cor hialina da parede do esporo.
Tipo: esporos originados de culturas em potes com Paspalum notatum estabelecidas com solos provenientes da Agronomy Farm, Univ. of Florida. Tipo OSC, Isótipos FH, FLAS.
Rhizophagus clarus é uma espécie pandêmica, detectada em todos as regiões biogeográficas, em todos os continentes, exceto Antarctica, presente em 34 países, ocorrendo em regiões tropicais, subtropicais, temperadas, boreal e com dois registros para tundra. Rhizophagus clarus foi registrado em diversos ecossistemas como dunas, agrossistemas, áreas degradadas por mineração, florestas, pradarias, campos rupestres e ecossistemas alpinos, em biomas como Floresta Boreal (Varga 2015), Desertos (Chaudhary et al. 2014), Pradarias Alagadas (Gomide et al. 2014), Mangues (Furrazola et al. 2015), Florestas Temperadas (Shi et al. 2013), Pradarias Temperadas (Cofré et al. 2017), Florestas Tropicais Xeromórficas (Pontes et al. 2017), e Florestas Tropicais Úmidas (Stürmer & Siqueira 2011) e Savanas Tropicais (Carneiro et al. 2019).
O mapa abaixo mostra os países (em vermelho) que Rhizophagus clarus foi detectado.
Carneiro MAC, Assis PCR, Paulino HB, Rocha MR, Teixeira RA, Pinto FA, Santos JV, Siqueira JO, Souza ED. 2019. Diversity of arbuscular mycorrhizal fungi and nematodes in a 14 years no-tillage chronosequence. Rhizosphere 10:100149
Chaudhary VB, O'Dell TE, Rillig MC, Johnson NC. 2014. Multiscale patterns of arbuscular mycorrhizal fungal abundance and diversity in semiarid shrublands. Fungal Ecology 12:32-43.
Cofré MN, Ferrari AE, Becerra A, Dominguez L, Wall LG, Urcelay C. 2017. Effects of cropping systems under no-till agriculture on arbuscular mycorrhizal fungi in Argentinean Pampas. Soil Use and Management, 33:364-378.
Furrazola E, Covacevich F, Torres-Arias Y, Rodríguez-Rodríguez RM, Ley-Rivas JF, Izquierdo K, Fernández-Valle R, Berbara RLL. 2015. Functionality of arbuscular mycorrhizal fungi in three plant communities in the Managed Floristic Reserve San Ubaldo-Sabanalamar, Cuba. Rev. Biol. Trop. 63:341-356.
Gomide PHO, Silva MLN, Soares CRFS, Cardoso EL, Carvalho F, Leal PL, Marques RM, Stürmer SL. 2014. Fungos micorrízicos arbusculares em diferentes fitofisionomias do Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Ciência do Solo 38:1114-1127.
Pontes JS, Oehl F, Marinho F, Coyne D, Silva DKA, Yano-Melo AM, Maia LC. 2017. Diversity of arbuscular mycorrhizal fungi in Brazil's Caatinga and experimental agroecosystems. Biotropica DOI 10.111/btp.12436.
Shi Z, Chen Y, Hou X, Gao S, Wang F. 2013. Arbuscular mycorrhizal fungi associated with tree peony in 3 geographical locations in China. Turkish J Agr For 37:726-733.
Stürmer SL, Siqueira JO 2011. Species richness and spore abundance of arbuscular mycorrhizal fungi across distinct land uses in Western Brazilian Amazon. Mycorrhiza 21:255-267.
Varga S. 2015. Effects of arbuscular mycorrhizal fungi and maternal plant sex on seed germination and early plant establishment. American Journal of Botany 102:358-366.B....
Esporos de R. clarus SCT720A associados a raízes