As coleções biológicas de FMAs representam um local apropriado para depositar isolados utilizados experimentalmente, holótipos e parátipos de novas espécies descritas, documentando e preservando assim a diversidade taxonômica, genética e fisiológica destes fungos. Além disto, as coleções podem prover outros serviços como a preservação de linhagens fúngicas comerciais, aferir a qualidade de inoculantes para produtores e indústria, explorar metodologias moleculares para melhor identificar e monitorar FMAs e prover informação técnica e treinamento para usuários da academia ou da indústria (Gianinazzi et al. 2010).
Apesar do reconhecido papel dos FMAs em prestar serviços aos ecossistemas naturais e agrícolas, há apenas algumas coleções destes fungos no mundo.
INVAM – International Culture Collection of (Vesicular) Arbuscular Mycorrhizal Fungi.
1985-1990: Universidade da Florida, em Gainesville, FL, EUA Curadoria: Norman C Schenck e Yvone Perez.
1990-2023: West Virginia University, em Morgantown, WV, EUA. Curadoria: Joseph B. Morton.
2023-presente: The University of Kansas, Lawrence, KS, EUA. Curadoria: James D. Bever, Peggy A. Schultz, Liz Koziol, Terra Lubin.
A coleção conta com 1112 acessos, distribuídos em 17 gêneros e 112 espécies (do total de ca. 350).
Link: http://invam.ku.edu
BEG – The International Bank for the Glomeromycota. Localizada no Pôle Interactions Plantes-Microorganisms do INRA, em Dijon, França, o curador desta coleçãoo é o Dr. Dirk Redecker. A coleção central do BEG possui 41 isolados, distribuídos em 11 gêneros e 31 espécies.
Link: http://www.i-beg.eu
GINCO – Glomeromycota In vitro Collection. Localizada na Université Catholique de Louvain, Louvain-la-Neuve, Bélgica, está coleção é um resultado do esforço conjunto de pesquisadores da Bélgica e do Canadá e representa a maior coleção de FMAs cultivados exclusivamente in vitro. O curador da GINCO é o Dr. Franck Stefani. A coleção possui 19 acessos, distribuídos em 4 gêneros e 10 espécies pertencentes as famílias Glomeraceae e Claroideoglomeraceae.
Link: http://www.mycorrhiza.be/ginco-bel/index.php
CMCC – Centre for Mycorrhizal Culture Collection. Esta coleção é parte do The Energy and Resources Institute (TERI), na India. A coleção foi estabelecida em 1993 e conta com 350 acessos de FMAs, dos quais 16 estão disponíveis. Estes 16 acessos são distribuídos em 7 gêneros e 12 espécie.
Link: http://mycorrhizae.org.in/cmcc/index.php
No Brasil, além da CICG que iniciou suas atividades em 2010, existe a coleção da EMBRAPA.
COFMEA – Coleção de Fungos Micorrízicos da Embrapa Agrobiologia. Localizada em Seropédica, RJ, Brasil, esta coleção pertencente ao Centro de Recursos Biológicos Johanna Dobereiner. O curador desta coleção é o Dr. Orivaldo Saggin-Júnior. A coleção possui 50 acessos abrangendo 30 espécies.
Link: https://www.embrapa.br/agrobiologia
Gianinazzi S., Gollotte A., Binet, M-N., van Tuinen D., Redecker D., Wipf D. 2010. Agroecology: the key role of arbuscular mycorrhizas in ecosystem services. Mycorrhiza, doi 10.1007/s00572-010-0333-3