O controle de qualidade de todas as culturas da CICG envolve diferentes procedimentos em todas as etapas do processo, desde a limpeza da casa-de-vegetação onde as culturas permanecem durante o crescimento até o momento da estocagem das mesmas.
A CICG conta com duas casas-de-vegetação para o crescimento das culturas. Uma delas é utilizada somente para as culturas armadilhas ou para experimentos ou ensaios que contenham solo do campo. Esta casa possui área de 24 m2, construída com blocos de concreto, placas de policarbonato alveoladas e piso cerâmico. A higienização da mesma é feita mensalmente com água e hipoclorito de sódio.
A segunda casa-de-vegetação é exclusiva para culturas puras. Ela foi construída nos mesmos moldes que a casa-de-vegetação anterior, com área de 12 m2 e possui luz suplementar amarela. Higienização com água e hipoclorito de sódio é feita mensalmente.
Os esporos são extraídos das culturas em um local próprio para esta tarefa, iniciando com a limpeza das peneiras, as quais são de uso exclusivo para análise de culturas puras. Após a centrifugação, os esporos são armazenados em placas de Petri na geladeira e as culturas examinadas na lupa. Esta análise é feita pelo curador da coleção, o qual faz anotações e toma a decisão de como proceder com a cultura: a) deixar secar e coletar, b) ressemear e crescer a mesma por mais um ciclo, c) descartar.
Estas informações são escritas em planilhas (para backup físico) e posteriormente inseridas em um banco de dados no programa Access. Em breve, estas informações serão transferidas para banco de dados no File Maker Pro.
Os esporos recuperados nesta primeira análise são coletados, limpos e estocados em azida sódica e montados em lâminas semi-permanentes (em PVLG e PVLG+Melzer). No momento da coleta da cultura, uma nova extração é feita para contar o número de esporos, cuja informação é colocada na etiqueta de cada cultura.
Após a análise das culturas indicar que houve esporulação por espécies de FMAs, a rega das mesmas é suspensa e as plantas são deixadas secar na própria casa de vegetação. Cuidados são tomados para não deixar o substrato secar muito, de forma que possa afetar a qualidade dos esporos.
As culturas puras e as culturas armadilhas são estocadas separadamente em geladeiras, mantidas a 4oC. As culturas puras são mantidas em 3 geladeiras a 4oC., em sacos plásticos do tipo “zip lock”. Duas etiquetas são fixadas em cada saco: uma impressa contendo o nome da espécie, código do isolado, número de esporos e data de estocagem e a outra em papel cartolina no canto superior esquerdo contendo apenas o código do isolado (para fácil e rápida visualização). As culturas são organizadas alfabeticamente dentro das geladeiras. Nenhuma outra amostra de solo é permitida ser estocada nestas geladeiras.
As culturas armadilhas são mantidas em uma geladeira comercial a 4oC, em uma sala separada daquela onde se encontram as culturas puras. Elas são mantidas em sacos plásticos contendo uma etiqueta que informa o código da cultura e a principal espécie esporulando na mesma.
As prateleiras das geladeiras são limpas periodicamente e os sacos plásticos são limpos com pano umedecido para remover qualquer poeira antes de serem estocados.
Em um médio prazo de tempo, o laboratório de micorriza será mudado para um outro prédio, onde será construído uma câmera fria que permitirá o armazenamento de um maior número de culturas.