CARTAZ


Programação

7, 13 e 21 de março de 2018 | Sala 301

Programação desenvolvida em parceria com a disciplina de Português

7 março, quarta-feira, 8h45

Farpões Baldios

Portugal, 2017 - 25min.

Marta Mateus

(com a presença da realizadora)


No final do século XIX, os trabalhadores rurais em Portugal iniciaram uma corajosa luta por melhores condições de trabalho. Depois de gerações de miséria e fome, a Revolução de Abril semeou a promessa de uma Reforma Agrária. No Alentejo, estes camponeses ocuparam grandes propriedades onde antes eram submetidos ao poder dos seus patrões. Diz-se no Alentejo, que quando se perde alguma coisa, quem procura deverá começar a andar para trás e voltar ao princípio. Os protagonistas deste filme, resistentes desta velha luta, contam a sua história às gerações de hoje, nas suas próprias palavras.

CRIM

Sophia de Mello Breyner Andresen

Portugal, 1969 - 17 min.

João César Monteiro

Primeiro filme de João César Monteiro, Sophia de Mello Breyner Andresen é um documento muito marítimo e muito mediterrânico, supunha ele que fosse antes de mais “a prova, para quem a quiser entender, que a poesia não é filmável e não adianta persegui-la”.

Cinemateca


13 de março, terça-feira, 14h30

Ruínas

Portugal, 2009 - 60 min.

Manuel Mozos


Fragmentos de espaços e tempos, restos de épocas e locais onde apenas habitam memórias e fantasmas. Vestígios de coisas sobre as quais o tempo, os elementos, a natureza, e a própria acção humana modificaram e modificam. Com o tempo tudo deixa de ser, transformando-se eventualmente numa outra coisa. Lugares que deixaram de fazer sentido, de serem necessários, de estar na moda. Lugares esquecidos, obsoletos, inóspitos, vazios.

Não interessa aqui explicar porque foram criados e existiram, nem as razões porque se abandonaram ou foram transformados. Apenas se promove uma ideia, talvez poética, sobre algo que foi e é parte da(s) história(s) deste País.

Alambique

21 de fevereiro, quarta-feira, 10h15

48

Portugal, 2009 - 93 min.

Susana Sousa Dias


O que pode uma fotografia de um rosto revelar sobre um sistema político? O que pode uma imagem tirada há mais de 35 anos dizer sobre a nossa actualidade?

Partindo de um núcleo de fotografias de cadastro de prisioneiros políticos da ditadura portuguesa (1926-1974), 48 procura mostrar os mecanismos através dos quais um sistema autoritário se tentou auto-perpetuar durante 48 anos. Depois de Natureza Morta - Visages d’une Dictature (filme galardoado a nível internacional e exibido em festivais e mostras em cinco continentes), Susana de Sousa Dias volta a centrar-se na época do Estado Novo, utilizando um dispositivo cinematográfico inovador. Numa altura em que a temática da tortura atinge uma nova actualidade a nível mundial, 48 leva-nos a reflectir sobre o legado português nesta matéria e sobre as suas consequências nos dias de hoje.


Alambique

21 de fevereiro, quarta-feira, 16h15

E Agora? Lembra-me

Portugal, 2013 - 164 min.

Joaquim Pinto


Joaquim Pinto convive com o VIH e o VHC há quase 20 anos. E Agora? Lembra-me é o caderno de apontamentos de um ano de ensaios clínicos com drogas tóxicas e ainda não aprovadas para o VHC. Uma reflexão aberta e eclética sobre o tempo e a memória, as epidemias e a globalização, a sobrevivência para além do expectável, a dissensão e o amor absoluto. Num vai e vem entre o presente e o passado, o filme é também um tributo aos amigos que partiram e aos que permanecem.

Midas Filmes

«(...) Gosto e creio que é importante um ritual, uma cerimónia de alguma intimidade. É necessária uma responsabilidade, uma seriedade na altura de filmar um plano. Não pode ser algo fácil, o cinema é muito difícil, muito cansativo. É um ofício, como ser pedreiro».

Pedro Costa



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