Editorial

Cineclube Fora de Portas — Novembro de 2021

Neste mês de novembro, o Cineclube da Escola Artística António Arroio – Prof. Edgar Sardinha retoma a rubrica «Cineclube Fora de Portas», que pretende promover a visita regular a diferentes salas de cinema que, pela sua história e missão, merecem o nosso destaque. Simultaneamente, continuamos a privilegiar a projeção coletiva em sala.

«Comunidade das pequenas salas de cinema, não muita gente, e a que houver tocada em cheio como o coração tocado por um dedo vibrante, tocada, a pequena assembleia humana, por um sopro nocturno, uma acção estelar.» Herberto Helder, «Cinemas», Relâmpago

No próximo dia 13 de novembro (sábado), às 11h30, alunos e trabalhadores da Escola Artística António Arroio terão oportunidade de assistir no Cinema Ideal, o mais antigo cinema de Lisboa, e em condições especiais*, à Sessão Especial do filme A METAMORFOSE DOS PÁSSAROS (2020), com apresentação da realizadora Catarina Vasconcelos e do produtor Pedro Fernandes Duarte:

Beatriz e Henrique casaram no dia em que ela fez 21 anos. Henrique, oficial de marinha, passava largas temporadas no mar. Em terra, Beatriz, que aprendeu tudo com a verticalidade das plantas, cuidou das raízes dos 6 filhos. O filho mais velho, Jacinto, é meu pai e sonhava poder um dia ser pássaro. Um dia, subitamente, Beatriz morre. A minha mãe não morreu subitamente, mas morreu quando eu tinha 17 anos. Nesse dia, eu e o meu pai encontramo-nos na perda da mãe e a nossa relação deixou de ser só a de pai e filha.

A presente programação só é possível graças à colaboração e à generosidade do Cinema IDEAL, em especial de Pedro Borges, da realizadora Catarina Vasconcelos e do produtor Pedro Fernandes Duarte, bem como de Ana Isabel Strindberg e Jéssica Pestana.

* Bilhetes — 3,5€ para alunos e trabalhadores da E. A. António Arroio. Condições limitadas aos lugares disponíveis e à inscrição prévia até sexta-feira, dia 12 de novembro de 2021, às 14 horas, através do e-mail cineclube@antonioarroio.edu.pt

«É algo que todos os realizadores têm em comum, creio, este hábito de ter um olho aberto dentro deles e outro no exterior. (...) Eis uma ocupação que nunca me cansa: olhar.».

Michelangelo Antonioni



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