CARTAZ


Programação

20, 21, 25 e 26 de fevereiro de 2019 | Estúdio 213

20 de fevereiro, quarta-feira, 16h15


A Glória de Fazer Cinema em Portugal

Portugal, 2015 - 16 min.

Manuel Mozos


A 18 de Setembro de 1929, José Régio escreveu uma carta a Alberto Serpa onde manifestou a vontade de fundar uma produtora para começar a fazer cinema. Para isso, pediu-lhe que contactasse um amigo seu, que teria uma câmara de filmar. Durante quase noventa anos, nada se soube sobre o desfecho deste pedido: nunca se encontrou qualquer resposta de Serpa à carta e Régio não terá voltado a mencionar o assunto. Porém, a descoberta de velhas bobines no espólio de um coleccionador, parece conter o desfecho desta história.

20 de fevereiro, quarta-feira, 16h15


Como Fernando Pessoa Salvou Portugal

Portugal | Bélgica | França, 2018 - 27 min.

Eugène Green


Nos anos 1920, a pedido de um dos seus empregadores, o poeta Fernando Pessoa cria um slogan publicitário para a bebida Coca-Louca, que cria o pânico no seio do governo autoritário da altura.

21 de fevereiro, quinta-feira, 10h15


Cartas da Guerra

Portugal, 2016 - 105 min.

Ivo M. Ferreira

(com a presença do realizador)


1971. António vê a sua vida brutalmente interrompida quando é incorporado no exército português, para servir como médico numa das piores zonas da guerra colonial – o Leste de Angola. Longe de tudo que ama, escreve cartas à mulher à medida que se afunda num cenário de crescente violência. Enquanto percorre diversos aquartelamentos, apaixona-se por África e amadurece politicamente. A seu lado, uma geração desespera pelo regresso. Na incerteza dos acontecimentos de guerra, apenas as cartas o podem fazer sobreviver.

25 de fevereiro, segunda-feira, 10h15


Uma Abelha na Chuva

Portugal, 1971 - 66 min.

Fernando Lopes


É um dos filmes chave do Cinema Novo Português, produzido por António Cunha Telles com uma equipa pequena de jovens iniciados e baixo orçamento pouco depois de OS VERDES ANOS de Paulo Rocha. BELARMINO capta uma Lisboa noturna e marginal como até então ninguém a tinha filmado. Utilizando métodos semelhantes aos do cinema direto, Fernando Lopes segue Belarmino Fragoso, um pugilista, e através dele mostra os sinais de uma cidade (e de um país) à beira do sufoco. “BELARMINO é o nosso ‘filme negro’, o nosso filme de guerra, de gangsters ou de aventuras: fala da solidão e do medo. Fala de algo universal e por isso resiste” (José Manuel Costa).


Texto: Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema



26 de fevereiro, terça-feira, 11h00


Ramiro

Portugal, 2017 - 99 min.

Manuel Mozos

(com a presença do realizador)


Ramiro é alfarrabista em Lisboa e poeta em perpétuo bloqueio criativo. Vive, algo frustrado, algo conformado, entre a sua loja e a tasca, acompanhado pelo cão, pelos fieis companheiros de copos e pelas vizinhas: uma adolescente grávida e a avó a recuperar de um AVC. De bom grado continuaria nesse quotidiano pacato e algo anacrónico se eventos dignos da telenovela da noite não invadissem essa bolha.




«(...) Gosto e creio que é importante um ritual, uma cerimónia de alguma intimidade. É necessária uma responsabilidade, uma seriedade na altura de filmar um plano. Não pode ser algo fácil, o cinema é muito difícil, muito cansativo. É um ofício, como ser pedreiro».

Pedro Costa



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