CARTAZ


Programação

23, 24 e 31 de janeiro de 2018 | Sala 301


31 janeiro, quarta-feira, 8h40

Táxi

Irão, 2015 - 82 min.

Jafar Panahi


Um táxi circula pelas ruas coloridas e vibrantes de Teerão. Vários passageiros entram no táxi e vão falando ingenuamente sobre as suas opiniões com o taxista, que é o próprio realizador Jafar Panahi. A câmara colocada no seu estúdio móvel permite capturar o espírito da sociedade Iraniana através desta viagem divertida e dramática.

Midas Filmes


Preso pela primeira vez em Julho de 2009, Jafar Panahi teve o passaporte apreendido e foi proibido de sair do Irão. Preso novamente em Março de 2010, ficou encarcerado em Evin, Teerão, até finais de Maio, saindo sob uma fiança de 145 mil euros; em Dezembro desse mesmo ano, foi condenado a seis anos de prisão e vinte anos de proibição de filmar ou de sair do país por, alegadamente, fazer “filmes críticos do regime”. Agora, neste falso documentário que decide fazer apesar das restrições legais que lhe foram impostas, Jafar Panahi instala uma câmara dentro de um táxi e segue pelas ruas de Teerão. À medida que vai encontrando clientes e os conduz ao destino, vai encetando conversa. Os assuntos abordados vão criando uma espécie de mosaico da sociedade iraniana e abrangem vários temas, desde a política nacional, os costumes locais ou mesmo a liberdade de expressão no Cinema.

Jornal «Público»

31 de janeiro, quarta-feira, 16h15

Recreio

Irão, 1972 - 14 min.

Abbas Kiarostami

«Este é Dara. Tem uma bola. Ele jogou à bola no recreio. Akbar passou-lhe a bola. Ele chutou em direção a uma janela. Dara quebrou a janela.».

Ficha técnica (início)

Trabalhos de Casa

Irão, 1989 - 71 min.

Abbas Kiarostami


Sobre Trabalhos de Casa referiu Kiarostami: «Masq-e Shab é o meu trabalho menos convencional. Nessa altura, não considerava este trabalho um verdadeiro filme, considerava-o antes uma pesquisa pessoal. Quando Trabalhos de Casa passou nas salas e, depois, na televisão, teve uma influência positiva na nossa sociedade, nos professores, nos pais, muitos dos quais admitiram ter alterado os seus comportamentos em relação aos miúdos; eu próprio, graças a este filme, conheci melhor os meus filhos. Se há filmes capazes de exercer uma ação benéfica sobre os espectadores, acho que Masq-e Shab é um deles. No Irão, o filme foi proibido aos menores de dezasseis anos; foram os pais que o viram e que decretaram a sua importância». É um filme notável sobre a aprendizagem da disciplina, e sobretudo sobre a noção de "castigo": vemos o medo espelhado no olhar dos miúdos que Kiarostami entrevista.

Cinemateca Portuguesa

24 de janeiro, quarta-feira, 16h15


O Pão e a Rua

Irão, 1970 - 11 min.

Abbas Kiarostami

O Pão e a Rua, primeiro filme produzido pela secção cinematográfica do Kanun e primeira obra de Kiarostami, é uma pequena fábula sobre um miúdo que tem que atravessar uma rua onde há um cão que lhe mete medo.

Cinemateca Portuguesa


O Viajante

Irão, 1974 - 70 min.

Abbas Kiarostami

Primeira longa-metragem de Abbas Kiarostami, O Viajante apresenta a história de um rapaz que abandona a sua aldeia natal e percorre sozinho um longo caminho para ir assistir a um jogo de futebol em Teerão.

23 de janeiro, terça-feira, 16h15


Persépolis

França, 2007 - 95 min.

Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud


Um dos filmes de animação mais célebres dos últimos anos, Persépolis (nome de uma antiga cidade persa) é baseado numa banda desenhada de Marjane Satrapi, a correalizadora do filme. A narrativa passa-se em flashback: no aeroporto de Orly, uma iraniana de cerca de 30 anos recorda a sua adolescência no Irão, depois da revolução islâmica, incluindo a longa guerra com o Iraque e os bombardeamentos de Teerão.

“Um filme maravilhoso e agridoce, que é ao mesmo tempo um romance de iniciação, uma lição sobre a História recente do Irão e uma alegre fábula feminista”, foi como Kate Stables definiu Persepolis na revista Sight & Sound. Um filme comovente sobre o obscurantismo e a intolerância.

Cinemateca Portuguesa



«(...) Gosto e creio que é importante um ritual, uma cerimónia de alguma intimidade. É necessária uma responsabilidade, uma seriedade na altura de filmar um plano. Não pode ser algo fácil, o cinema é muito difícil, muito cansativo. É um ofício, como ser pedreiro».

Pedro Costa



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