O projeto “Ela Mulher, água” apresentam mulheres que se expressem através da sua consciência ancestral, os movimentos não coreografados dos seus corpos, com ritmos musicais que dialoguem com cada personalidade eleita para dar vida a este projeto. O poder da mulher de cuidar, de gerar e alimentar, e todas as celebrações da vida estavam ligadas a energia poderosa feminina, na terra e na água. Houve um tempo em que a mulher, suas habilidades, seus conhecimentos, seus ciclos e seus atributos eram venerados por todos os seres.

A exposição terá abertura nas tradicionais Visitas Guiadas, mediada pelo fotógrafo no dia 03 de fevereiro de 2023, às 19h30min. O encontro que é gratuito e presencial visa aproximar o fotógrafo e seu trabalho do público oportunizando um contato direto com o processo criativo e a produção da mostra.

“A dança reafirma o relacionamento da mulher com a natureza, desperta para a alegria, vitalidade e liberdade. Estimula a vida a ser vibrante nos mundos interior e exterior, estendendo a capacidade de autopercepção e autoconsciência em contato com o corpo em seu estado vivo.

Na memória do nosso inconsciente, temos vínculos ancestrais, e são despertados por situações que na maioria das vezes desconhecemos ou não percebemos. A força da mãe natureza, permite o despertar, o levantar das sensações, como um guia; nossos instintos são um guia. Cada mulher que se conhece, se cura. Cada mulher que se cura, transborda e transcende, compartilhando o seu sagrado com o sagrado de outras mulheres, num ciclo de ordem e poder. Propomos provocar mulheres, para através da fotografia, expressar os seus movimentos espontâneos e livres, àqueles que vem do íntimo, que fluem  inconscientemente, ao ritmo de melodias que dialoguem com sua trajetória, com sua carga cultural, emotiva e prazerosa.

As mulheres que dançam em companhia da chuva, são pessoas que fazem parte das minorias urbanas e sociais, que darão voz e vez para sua alma e seu corpo. Mulheres que estão nas margens, no distanciamento, da periferia ou não, que se permitam dançar e se molhar, deixar o corpo expressar a sua essência. Mulheres pretas, indígenas, migrantes, moradoras de rua, mães de família, mães solteiras, mulheres jovens e idosas, mulheres rurais e urbanas.

O reencontro das energias arquetípicas fazem a mulher se empoderar como mãe, guerreira e sábia, pois todas as civilizações da humanidade trazem elementos comportamentais e envolvimentos que formam a teia das mulheres em conexão com a vida.” cita o fotógrafo.

A exposição é uma contrapartida da Chamada Pública N.o 186-2020 e poderá ser visitada até o dia  05 de março de 2023 nos seguintes horários: segundas, das 9h às 16h; terças a sextas, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h.