Exposição “Paisagens Algorítmicas: Ecologias de um Mundo em Ruínas” de Matheus Montanari

Quando: de 11 de março à 10 abril de 2022

Onde: Galeria de Artes do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho

Como: segunda, das 9h às 16h; terça a sexta, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h.

A Galeria de Artes do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho apresenta, de 11 de março a 10 de abril de 2022, a exposição “Paisagens Algorítmicas: Ecologias de um Mundo em Ruínas” de Matheus da Rocha Montanari.

Através de uma série de instalações na galeria, o artista subverte inteligências artificias para criação de conteúdo poético, explorando o tema da paisagem, sua dimensão algorítmica e ecológica. Na exposição, Caxias do Sul e Paris, duas cidades geograficamente distantes, são aproximadas pela leitura algorítmica do espaço.

Matheus é artista visual e pesquisador das relações entre arte e tecnologia. Bacharel em Tecnologias Digitais (UCS), Mestre em Artes Visuais (USP), membro do grupo de pesquisa Poéticas Digitais. Atualmente, desenvolve sua pesquisa de doutorado na Universidade de São Paulo e no Laboratório de Antropologia Multimídia da University College London. O projeto “Paisagens Algorítmicas” faz parte da sua investigação de mestrado, já foi exibido na galeria.art no ars electronica, Áustria, no seminário “emergências*, em São Paulo, e premiado pelo 67º Salão Paranaense de Arte Contemporânea.

A exposição pode ser conferida presencialmente nas segundas, das 9h às 16h; nas terças a sextas, das 9h às 22h; e, finais de semana, das 16h às 22h.  Ainda a mostra poderá ser conferida também na plataforma da Unidade de Artes Visuais, a UAV DIGITAL no link sites.google.com/view/uavdigital.

Além da exposição, Matheus estará proporcionando atividade digital para a comunidade escolar: “As relações entre Arte, Ciência, e Tecnologia” voltado para estudantes do final do ensino fundamental e/ou ensino médio interessados para instituições de ensino cadastradas no Programa Educativo UAV. O  encontro acontecerá ao meio dia do dia 17 de março, quinta-feira e estão com inscrições abertas para ouvintes, até o dia 16 de março de 2022.

Para o público em geral, o artista convida para uma Visita Guiada pela exposição no dia da abertura, dia 11 de março, às 18h30min. No encontro, presencial, o artista apresentará questões conceituais e técnicas dos trabalhos, ressaltando as relações entre arte, ciência e tecnologia.

O encontro do dia 11/03 será presencial e para participar é necessário se inscrever até às 16h do dia 10 de março de 2022, pois terá vagas limitadas. Ambas inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui na plataforma da Unidade de Artes Visuais na aba Educativo.


GALERIA DE FOTOS

VISITA VIRTUAL

VÍDEOS INTEGRANTES DA EXPOSIÇÃO

Paisagens algorítmicas 

2019‑2022 - Instalação

(lâminas de acrílico, luz, sensor de presença, impressão digital, performance, inteligência artificial)

Neste trabalho, investigam-se os traçados cartográficos que mapeiam o território, e cristalizam o tempo e o espaço. Através de um confronto entre o uso generalizado da tecnologia global e a especificidade local, o trabalho realiza uma subversão de sistemas de inteligência artificial para sugestão de conteúdo, os reapropriando para a criação poética. A partir de uma lógica binária, realiza-se uma performance que aproxima, algoritmicamente, duas cidades geograficamente distantes: Caxias do Sul e Paris. Dessa performance, cria-se um banco de dados de imagens das cidades, em que um algoritmo busca os locais mais parecidos de uma cidade na outra. Dessa aproximação, com uma série de operações tecno-estéticas, revela-se o que existe entre os espaços, semelhanças e diferenças misturadas em uma nova imagem.

Monocultura, Monotécnica, Mononatura 

2022 - Instalação

(cerâmica, eucalipto, sensor ultrassônico, modelo 3D, vídeo em tempo real)

Trabalha a urgência de se explorar uma multiplicidade tecnodiversa para enfrentar os desafios do Antropoceno. A obra parte de uma reflexão com e sobre o Eucalipto, a árvore mais plantada no Brasil, apesar de sua origem Australiana. Enquanto o Eucalipto é responsável por manter boa parte da biodiversidade florestal em seu país de origem, no Brasil, o agronegócio o introduziu em um sistema lucrativo de monocultura e exploração extensiva, que deixa desertos ecológicos e rastros de destruição por onde passa. Potência cosmotécnica para as comunidades indígenas Australianas; fonte de conflito territorial e envenenamento para as comunidades indígenas no Brasil. O trabalho explora o contato como transformação através da relação (não) humano-vegetal, e a aproximação como alteração pela repetição vazia de cópias de modelos 3D. 

Era verão, mas não fazia sol em Shangri-lá

2022 - Vídeo

(vídeo e inteligência artificial)

Em “Era verão, mas não fazia sol em Shangri Lá”, o clima se torna um dos agentes artísticos, confronta-se a cidade literária utópica no alto do Tibet, a praia no litoral gaúcho e as montanhas do parque Yosemite nos Estados Unidos da América. O trabalho tensiona as relações do natural e do artificial. Entre grãos de areia e grãos de ruídos pixelados, utilizam-se redes generativas adversárias cíclicas (cycle GAN) para construir um conjunto imagético. As redes de inteligência artificial utilizadas no projeto são treinadas com imagens de diferentes estações do ano em um mesmo lugar. A partir desse conjunto de dados, elas competem entre si para alterar artificialmente as imagens com estações do ano contrárias, até que uma convença a outra da naturalidade de sua artificialização. Sem saber, o sistema replica as estações do hemisfério norte no hemisfério sul, criando cenas oníricas, em busca do sol de Shangri Lá. 

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