Exposição "Multiplicidade não tem sujeito nem objeto" do Coletivo UN

Quando: de 24 de  junho à 24 de julho de 2022

Onde: Galeria de Artes do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho

Como: segunda, das 9h às 16h; terça a sexta, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h.

A partir de sexta-feira, dia 24 de junho, a Galeria de Artes do Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho estará exibindo a exposição Multiplicidade não tem sujeito nem objeto, do Coletivo UN, composto pelos artistas Marina Rombaldi, Nicole Martinato e Nilton Dondé e com texto curatorial da artista e pesquisadora Glaucis de Morais, que vem acompanhando a produção do Coletivo desde a graduação, também tendo sido orientadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Artes Visuais: Pensamento e Produção Contemporâneos (UCS) realizado pelos artistas.

A exposição, selecionada pela Convocatória de Arte do ano de 2022, é a segunda mostra individual do grupo de artistas que vem em ritmo de constante produção desde 2018, ano em que o Coletivo UN foi criado. Partindo de uma relação orgânica e horizontal que foi se instituindo com o passar do tempo - e da colaboração e dos diálogos com o presente - este projeto expositivo é um recorte de trabalhos desenvolvidos entre os anos de 2019 e 2022, que tecem um olhar sobre a presença de diferentes sujeitos, seus estados e modos de habitação em diferentes espaços-tempo, buscando ativações que possibilitem a reflexão sobre a existência, a atuação e a subjetividade coletiva e compartilhada.

A partir de um modus operandis em fluxo, no qual os processos artísticos são desdobramentos de produções que estão em constantes reformulações, o recorte curatorial é pensado pelos próprios artistas a fim de reconfigurar os trabalhos até um possível esgotamento. Desta forma, cada projeto/obra constitui uma série de derivações em linguagens e formatos, atuando como disparadores e potencializadores naturais para próximas criações. Esse procedimento de retomar, reconfigurar, ressignificar, reapresentar e trazer à vista uma outra vez, é uma característica recorrente nas criações do Coletivo e que poderá ser percebida nesta mostra.

Multiplicidade não tem sujeito nem objeto reúne onze trabalhos em diferentes linguagens, dentre elas: instalações, vídeo performances e fotografias, sendo eles:

Tão fácil quanto tirar a camisa do cabide (2021), instalação pensada a partir da camisa social que é um elemento visual bastante recorrente na trajetória do grupo e que diz respeito aos hábitos cotidianos e a coexistência no coletivo social.

Aquilo que te entrego nunca é o que te entrego e sim outra coisa - Ato I (2022) é uma das instalações que se desdobra da videoperformance Tão complexo quanto operar em coletivo (2021) sendo uma subversão de um objeto cotidiano que convida à reflexão sobre individualidade e partilha.

Camadas do inconsciente (2019) é a terceira instalação e tangencia o processo escolhido pelos artistas para acessar as diferentes camadas subjetivas e concretas das relações em coletivo e no Coletivo, e, também, dos procedimentos artísticos.

Na videoperformance Caleidoscópio (2021), os artistas reconstroem, de forma imaginária, a vivência em uma ruína a partir da relação de seus corpos com as diferentes densidades de cada uma das Camadas do inconsciente (2019) refletindo sobre a consistência dos corpo e das matérias que se movimentam e se interconectam.

Em paralelo à Caleidoscópio (2021), O que é uma janela senão um espaço de ar? (2021), são fotografias que salientam enquadramentos de paisagens degradadas recobertas pela delicadeza da matéria instalada em meio às ruínas, aprisionando a temporalidade que outrora perpassa na vídeo performance e dando destaque para as matérias invisíveis que ali existem.

Por fim, a vídeo performance intitulada Incorporeografia (2020) materializa a relação de fio condutor como elemento do processo criativo do Coletivo: os artistas fazem um percurso inverso e incorporam em seus corpos as cartografias criadas na construção criativa e nas vivências.

Multiplicidade não tem sujeito nem objeto, que permanecerá aberta à visitação do público até 24 de julho no Centro de Cultura Ordovás também poderá ser conferida através da plataforma UAV DIGITAL.

Atividades Gratuitas: Durante o período da mostra, duas atividades integrantes da exposição serão oferecidas ao público. Na sexta-feira, dia 24 de junho, no evento de abertura da exposição, às 19h, acontecerá uma Mediação Guiada com os artistas do Coletivo UN. Já no dia 16 de julho, às 16h, ocorrerá uma ativação performática em grupo, intitulada Tão complexo quanto operar em coletivo, também ministrada pelos artistas, tendo início no Centro de Cultura Ordovás e percorrendo o centro da cidade de Caxias do Sul.

Ambas atividades necessitam de inscrição através do formulário Google que pode ser encontrado na página UAV DIGITAL - ATIVIDADES


SOBRE O ARTISTA:

O Coletivo UN (Um Nada) surgiu no ano de 2018 a partir da aproximação de três artistas, Marina Rombaldi, Nicole Martinato e Nilton Dondé, que se conectaram por suas temáticas e pesquisas em arte, e que atuam, desde então, de forma coletiva e experimental, buscando subverter as fronteiras, torcer os limites do sistema e espaços de arte e estreitar as distâncias entre arte e público. Em suas proposições artísticas dedicam-se a pensar a arte enquanto vivência e potência questionadora, estabelecendo laços afetivos entre o público e suas proposições, e também com os espaços - sejam eles públicos ou privados. Deslizam entre diferentes plataformas, sendo experimentais em sua essência, se utilizando de fotografias, desenho, pintura, colagens, performance, vídeo arte, arte sonora e ações no espaço urbano. Pelo viés da intervenção, transgressão e apropriação, mesclam conceitos e técnicas, propondo projetos artísticos que interrogam, também, o estado e a posição do artista e da arte no campo comum.


SOBRE O TEXTO CURATORIAL:

Glaucis de Morais (Lajeado, 1972) autora do texto curatorial, é artista plástica, pesquisadora e professora na área de vídeoarte e fotografia do curso de Artes Visuais, Campus 8, UCS. Doutora em Poéticas Visuais pelo Programa de Pós Graduação em Artes Visuais, Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestre em Artes Visuais, ênfase em Poéticas Visuais pela mesma Universidade e Mestre em Recherche en Arts Plastiques, mention Art Contemporain et Nouveaux Médias na Paris 8 - Vincennes - Saint Denis. Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi professora na Universidade Feevale (2007/11) e na Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) (2004/06). Recebeu Bolsa CAPES para Mestrado entre 2000-2002 e a Bolsa Luiz Aranha da Fundação Iberê Camargo em 2002. Participa de exposições de artes visuais e mostras de vídeo desde 1994. Realizou a curadoria da exposição (In)Transitório, da artista Angela Pimentel, apresentada na Sala de exposições do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás, em 2021. Integra o grupo de pesquisa Processos Híbridos na Arte Contemporânea, coordenado pela Dra Sandra Terezinha Rey e o grupo Cultura Arte e Patrimônio, coordenado pelo Dr Pedro Alcantara. Tem experiência na área de artes visuais com ênfase em artes digitais, fotografia, gravura, performance e vídeoarte.

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