Exposição “KUNHUN, GÁ, JYKRE” (Retomada, terra, memória)”, Coletiva, com curadoria de Iury Fontes, Guilherme Maffei e Maurício Salvador

Quando: de 16 de julho a 08 de agosto de 2021

Onde: Sala de Exposições do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho

Como: segunda, das 9h às 16h; terça a sexta, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h.

Por quase dois séculos a política assimilacionista promoveu o esbulho das terras e a proibição da cultura dos povos indígenas do Brasil. Desprovidos de terra e dos meios de manter suas formas de existir vivas, os povos originários passaram por muitas mudanças e lutas. Durante a ditadura civil militar, os Kaingang fizeram retomadas em seus territórios que haviam sido invadidos por posseiros, no norte do Rio Grande do Sul liderados por Nelson Xangrê, Angelo Kretã e outros. Seus direitos de ir e vir, de viver sua cultura e em suas terras tradicionais foram garantidos na constituição de 1988, no retorno da democracia no país.

O ato de retomar é, para os povos originários, mais do que uma demanda por um território. Como disse a kaingang Cleci Shaun Pinto à antropóloga Clementine Marechal: "Retomar um território é não deixar morrer os ancestrais." A permanência na terra pressupõe as práticas que os ancestrais realizavam sobre esse mesmo território. Uma conexão entre esse mundo e o mundo dos espíritos (humanos ou não), se dá a partir do conhecimento vivo dos Kujã (xamã) e da sua relação com a floresta. A retomada vai também de encontro aos ancestrais.

Desde o falecimento de Zílio Jagtyg, seu filho Maurício tem liderado o retorno ao território ancestral. Atualmente o grupo está na aldeia Konhun Mág (erva grande) dentro de área indígena retomada na FLONA de Canela. Nesse local, se plantam as sementes para que as gerações futuras consigam manter viva a cultura Kaingang.

Essa exposição é uma coletânea de apenas alguns momentos dessa jornada de volta ao território e de fortalecimento da cultura. As fotografias da exposição contém personagens, lugares e acontecimentos que fazem da memória do contato entre estudantes, pesquisadores, apoiadores e os Kaingang.

Agradecimentos a todos os colegas que fizeram parte desses encontros e a todos os Kaingang de Konhun Mág, em especial a memória do guerreiro Faustino, que permanece vivo na retomada.

Ainda, no dia 31 de julho de 2021, sábado, às 16h haverá um encontro online com o cacique, os historiadores e convidados para falar sobre o processo de retomada, a luta pela terra, questões da cultura Kaingang, história indígena na Serra Gaúcha, e os ataques do governo a existência dos povos indígenas.

Sobre os curadores: Guilherme Maffei Brandalise: historiador e mestrando em História da UFRGS; Iury Fontes dos Passos: Graduando do curso de Licenciatura em História na UFRGS e Maurício Salvador: cacique da aldeia Kaingang Konhún Mág em Canela.

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