Exposição “ALFREDO BEDIN: Entre o exercício e o ofício da arte”

Quando: de 16 de julho e 08 de agosto de 2021

Onde: Galeria de Artes do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho (Rua Luiz Antunes, 312 – Panazzolo)

Como: segunda, das 9h às 16h; terça a sexta, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h.

Descrito como autodidata e com um incansável labor de desenhar e pintar diariamente, o artista plástico caxiense Alfredo Bedin (1922 - 2000) deixou como legado um acervo superior a cinco mil produções entre pinturas, gravuras e desenhos divididos em originais ou exercícios de reprodução de obras de outros artistas. Armazenados pela família e até então nunca classificados, os “guardados” de Bedin passaram por um processo de catalogação e o resultado desse trabalho pode ser acompanhado durante a exposição “Alfredo Bedin: Entre o exercício e o ofício da arte”.

Para a exposição, foram selecionadas 30 obras que apresentam as três linguagens que Bedin trabalhava: desenho, pintura e monotipia. Foram investigados os primeiros trabalhos originais, produzidas entre os anos 1950 e 1960, e os temas que o artista se dedicava a desenvolver, como paisagens, figura humana, natureza-morta e alguns outros estudos. Entre as produções, destaca-se o uso de grafite, giz de cera, pincel, nanquim e têmpera. A iniciativa do projeto é da filha do artista, Isabel Inês Bedin, fiel depositária do acervo artístico.

Quando descobriu a produção de Alfredo Bedin, a curadora da exposição e professora de História da Arte da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Silvana Boone, iniciou um trabalho de análise do conjunto das obras, buscando resgatar, inicialmente, a qualidade técnica, mas principalmente, tentando encontrar uma criação mais genuína, para além das inúmeras releituras da história da arte. No acervo de cerca de cinco mil “exercícios”, guardados de forma aleatória, uma parcela de trabalhos apresentou-se como obras originais, concebidas na sua essência, pelo próprio artista.

“Ao conhecer a quantidade de exercícios que o artista produziu em cerca de 50 anos, percebe-se que ele queria alcançar a técnica de grandes mestres da arte, porém Bedin não obteve uma orientação técnica ou conceitual para desenvolver mais a sua obra, ficando à mercê de referências externas obtidas nos livros. Temos aqui uma história que pode ser vista com um exemplo para futuros artistas: a arte precisa das referências, mas ao artista é necessário ter a sua identidade e buscar a originalidade da sua criação. Assim, resgatou-se, nesta exposição, a essência criativa do artista”, afirma Silvana.

Ainda segundo ela, também é destacada na mostra dois estudos do artista a partir da obra “Lição de Anatomia do Dr. Tulp (1632)”, de Rembrandt, em pintura a óleo e monotipia. Ambos foram realizados na mesma folha de papel, frente e verso, e busca compartilhar com o público parte do processo criativo de Bedin, que envolvia o conhecimento que ele buscava nos livros, o exercício da técnica e o aproveitamento de material para os seus projetos.

Para a família, o projeto é uma importante lembrança ao legado do pintor. “O artista Alfredo Bedin teve poucas oportunidades para expor suas obras e ser reconhecido pelo seu talento. Essa exposição se torna um meio de divulgar e enaltecer o trabalho magnífico que ele desenvolveu ao longo da vida. Além disso, é totalmente inspirador para a nova geração de artistas devido à diversidade de técnicas e de materiais utilizados”, afirma Fernando Bedin, filho do artista.

Além da curadoria de Silvana Boone, a catalogação das peças é assinada pela artista e professora Jane De Bhoni, que classificou o acervo a partir das diferentes linguagens, técnicas e, principalmente, dos aspectos de originalidade. A produção cultural é de Claudio Troian.

A mostra segue em cartaz até 08 de agosto e a visitação presencial será mantida, seguindo os protocolos de segurança, nas segundas, das 9h às 16h; terças a sextas, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h. A exposição conta com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura de Caxias do Sul e o apoio cultural de Grupo L. Formolo.

Futuramente, a mostra também será apresentada em outros espaços da cidade, como o Campus 8, da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e no Memorial Crematório São José, na 6ª légua.

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