Para começar a entender mais do assunto, no Case de hoje trago uma situação que aconteceu na Smart, uma empresa de consultoria empresarial fictícia. Ela passava por alguns problemas com suas equipes de financeiro, contabilidade e economia, pois foi identificado que os consultores destas equipes estavam gastando tempo demais em suas atividades. As três equipes faziam parte do setor de valores monetários da Smart, sob a supervisão da coordenadora Helena.
A Smart possui, entre seus serviços, uma equipe de consultoria de análise da divisão do trabalho sob a coordenação de Juliana, que logo foi acionada para ajudar a equipe de Helena. Para um levantamento inicial, Juliana pediu para que Helena e seus liderados preenchessem um formulário de Análise de Tarefas Individuais, em que solicitou que todos anotassem as tarefas que eles executavam no dia a dia no atendimento aos clientes.
Após isso, Juliana convidou Helena para uma reunião para identificarem quais tarefas eram semelhantes e qual o tempo médio que deveria ser gasto em cada tarefa, em um formulário chamado de Análise de Tarefas Semanais. Feito isso, na mesma ocasião, foi preenchido o formulário chamado de Lista de Atividades, ou seja, a partir dos agrupamentos das tarefas parecidas ou interdependentes, e criada uma hierarquia de importância para todas.
Por fim, foi preenchido o Quadro de Divisão do Trabalho (QDT), que relacionava as atividades com as tarefas executadas por cada colaborador de cada setor, bem como o tempo previsto para cada tarefa e o total de tempo previsto para a atividade.
Em uma primeira análise, Juliana já identificou um problema que precisava de intervenção, pois nas atividades de atendimento ao cliente, Helena fazia uma triagem via telefone que durava em média 2 horas com cada cliente, e identificava qual o consultor que melhor atenderia aquela demanda.
Nas atividades do consultor, para atendimento ao cliente, existia também a tarefa de triagem via telefone, com tempo previsto de 2 horas. Ao examinar a atividade de atendimento ao cliente de Helena e seus liderados, ambos possuíam a tarefa de triagem, ou seja, um retrabalho de 2 horas por cliente.
A proposta de Juliana foi então solicitar aos consultores a construção de um formulário com todas as perguntas básicas que eles precisavam para iniciar um atendimento, este formulário seria preenchido por Helena no momento da triagem, e entregue junto com a atribuição da atividade para cada cliente.
Na primeira semana, já foi identificada uma diminuição do retrabalho em cerca de 30% com a utilização dos novos formulários. Além de que, com o tempo, foi identificado que as três equipes possuíam várias perguntas em comum e, com uma coleta de dados fluindo e de forma digital, foi possível, ainda, à Smart identificar quais eram as solicitações mais recorrentes de seus clientes, assim como aquelas que os clientes não mais procuravam com frequência, permitindo à Smart reestruturar seus processos e cargas de trabalho.