Iniciei o meu percurso escolar na Escola primária nº 128 (atual Fernanda de Castro) na Tapada das Necessidades em 1987 (pré-escolar) e completei a 4a classe em 1994. Daqui passei para a Escola Preparatória Padre Bartolomeu de Gusmão, onde fiz o 5º e 6º ano do Ensino Preparatório. Como ainda não existia Ensino Secundário nesta escola, transitei para a Escola Secundária Josefa de Óbidos onde no 10º ano (1999) escolhi seguir a via de Ensino das Ciências (sonhava em ser Veterinária em pequena) mas desde logo vi que não era o percurso certo para mim, não tinha notas suficientes a Matemática e Química para conseguir seguir esse percurso. Tentei mudar de Agrupamento ainda nesse ano (no final do 1º período) mas não tive sorte! As turmas estavam fechadas e já não haviam vagas! Fiz um ano sabático e no ano seguinte, ingressei na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, uma escola com melhor ranking académico, e ingressei no Curso de Humanidades - com vista a tirar um curso de Letras, pois as Línguas (principalmente o Inglês era o meu forte). Terminei o 12º ano em 2003 e logo veio a azáfama de conseguir vaga na Universidade. Fui a primeira pessoa da minha família direta a entrar na Universidade! A festa foi grande para quem de origens humildes conseguiu entrar para a Faculdade, algo inédito na família, como referi. Escolhi o curso de L.L.M. - variante Inglês/ Espanhol (Línguas e Literaturas Modernas) porque andava a romantizar ler e analisar Shakespeare e Cervantes em Literatura, mas o sonho depressa caiu por terra.... Se soubesse o que sei hoje tinha trocado de curso para Tradução, pois as minhas notas no Secundário eram fabulosas em Técnicas de Tradução de Inglês e eu adorava as aulas. Mas vivendo e aprendendo! O sonho caiu por terra pois a maneira como as aulas eram dadas, não me cativou. Senti uma grande diferença entre o modelo de Ensino do Secundário para a Universidade e não me adaptei. A falta de interesse e controlo por parte dos Professores onde éramos apenas números num auditório, onde não existia chamada nem controlo de entrada e saída, onde não existia interesse nenhum em particular pelos estudantes deixou-me sem vontade de continuar.... Comecei a passar o tempo na cafetaria da Universidade a debater assuntos com colegas e a pouco e pouco o sonho da Faculdade esmoreceu... Como as posses financeiras eram poucas, foi no primeiro ano que o Sonho Universitário para mim acabou, e passado um ano (2004) ingressei no mercado de trabalho.